sábado, 1 de fevereiro de 2020

ERA UMA VEZ PAPEL...





Mais cedo, liguei para algumas papelarias de Natal em busca de um dado papel, com uma cor específica, para imprimir um projeto cultural meu. Liguei para não sei quantas e soube que o papel que precisava estava em falta nas prateleiras das papelarias locais. Motivo? Duas grandes escolas de Natal incluíram o referido papel – detalhe: na cor que eu queria –, na lista dos materiais escolares para as aulas de arte previstas nos seus respectivos currículos do ano corrente. Ora, se são aulas de artes, as escolas poderiam, no máximo, e olhe lá!, especificar o papel, mas não a cor. Isso porque até mesmo a cor do papel deveria ser uma iniciativa dos alunos, que, ao escolherem a cor de sua preferência, já estariam manifestando certa criatividade.

Daí, consultando na internet uma espécie de páginas amarelas, liguei para a loja ‘Arte e Papel’, achando que, com esse nome, o estabelecimento comercial provavelmente teria o que eu precisava. Ledo engano! Quando uma funcionária da tal loja atendeu, perguntei se a loja dispunha do papel pretendido, em formato A4 e... 

A jovem interrompeu a minha fala e disse que a loja não vendia papel, mas esquadros, lapiseiras, marca-texto, bichinhos de pelúcia, chaveiros, canecas, luminárias e artigos os mais diversos para presentes.  

Intrigada, questionei o motivo de a loja chamar-se ‘Arte e Papel’, já que ela não vendia papel. Sorrindo, a funcionária disse-me que, noutros tempos, já que a empresa existe há mais de 25 anos, eles vendiam, sim, papel, mas, em decorrência da demanda – papel era um dos itens menos procurado –, os donos do estabelecimento decidiram deixar de vender papel. Porém, como o nome ‘Arte e Papel’ é a marca fantasia registrada da empresa, eles o mantiveram. Diante do fato, pensei num plano B e resolvi escolher outro papel, indo, pessoalmente, noutra papelaria, onde encontrei “algo” parecido com o que eu queria – parece até piada, mas, como eu estava precisando rir...

Nathalie


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