quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

OUTRA DE DIREITA DO PREFEITO DE BAÍA FORMOSA, LITORAL SUL DO RN

 “Para a ganância, toda a natureza é insuficiente...”.
Sêneca (4 – 65 a. C.)
Filósofo e escritor romano.


Indignada com a decisão do atual prefeito de Baía Formosa, município localizado no litoral sul do Rio Grande do Norte, o empresário José Nivaldo Araújo de Melo (PSB), em urbanizar a orla da cidade, sobretudo descaracterizando o Pontal, local internacionalmente conhecido como um point de surf – mais um dos vários crimes ambientais que andam a devastar a integridade da paisagem natural da região e a sonegar o direito do cidadão a bens que lhes são conferidos pela própria natureza –, a jornalista brasileira Eliade Pimentel redigiu uma carta-denúncia e a divulgou para a imprensa e redes sociais. No dia 27 do corrente, o Blog do BG postou o protesto da jornalista. Infelizmente, não é a primeira vez em que o político, também empresário, comete certos desvarios contra o meio ambiente, fazendo cortesia, como reza o dito popular, com o chapéu alheio. Tempos atrás, com a omissão de órgãos ambientais, ele teve a ousadia de construir uma pousada em cima de uma duna – empreendimento esse, aliás, que, até hoje, não para de crescer e que é considerado o maior crime ambiental na região. 



Photo: NBC – Da coleção Perspectiva angustiante, 2013. 


Photo: NBC – Da coleção Perspectiva angustiante, 2013. 


Detalhe: como desgraça pouca é bobagem, não demorou e lá estava o empresário plantando um trator na praia a fim de afastar as pedras e construir uma piscina natural exclusiva para os seus hóspedes, nem mesmo recuando quando nativos e amigos de Baía Formosa decidiram ficar na frente do trator e evitar a invasão. Em vão! Tanto que, desde então, os abusos contra o meio ambiente já se tornaram lugar comum naquela que, carinhosamente, muitos chamam de BF. Fiscalização de órgãos ambientais? Isso não existe em Baía Formosa – um segredo, talvez, que nunca será revelado, já que deve estar enterrado no antigo cemitério da cidade. Enquanto isso, esgotos a céu aberto são despejados na baía que dá nome ao município – a única, inclusive, no Rio Grande do Norte. Enfim! Eu, particularmente, acredito que determinadas pessoas, no seu afã impressionante por acumular riquezas, só não constroem no mar porque, junto com as suas obras, elas também findariam por afundar... 

Nathalie Bernardo da Câmara






Melhor pico de surf do RN, um dos melhores do Nordeste e do Brasil, corre sério risco de ser destruído a título de uma urbanização descabida e sem propósito.
  
A jornalista Eliade Pimentel, com o objetivo de colaborar com a população de Baía Formosa para o movimento de preservação da paisagem natural do Pontal, o mais famoso pico de surf de BF, considerado um dos melhores do Nordeste e do Brasil, que corre sério risco de ser urbanizado pelo prefeito e empresário Nivaldo Melo, fez um apelo (texto abaixo) através de uma petição online (após o texto) pela preservação do local definido como paraíso. “Não vamos deixar que um capricho do gestor apague e história de Baía Formosa no surf mundial. Não à urbanização do Pontal. Chamo a atenção para a situação do Pontal, cuja foto atual já o revela descaracterizado, e com pedras que demonstram o quanto a pavimentação já alcançou níveis absurdos. E tende a  se encontrar numa situação irreversível se o prefeito realmente empreender sua obra amalucada”. Veja texto abaixo:


De Eliade Pimentel para o Movimento Não à Urbanização do Pontal de Baía Formosa.


O prefeito e empresário Nivaldo Melo (PSB), cujo hotel fica ao lado do Pontal de Baía Formosa, ao longo de suas duas gestões tem devastado o point dos surfistas descaracterizando a paisagem natural com obras de pavimentação que já alcançaram um limiar bem perigoso. No entanto, ainda não satisfeito com o estacionamento feito para os ônibus de turismo que diariamente levam clientes (lucro) exclusivamente até seu estabelecimento, ele pretende executar um projeto de urbanização no Pontal de Baía Formosa, com direito a retirada de coqueiros e construção de muro de contenção, além de outras modificações a título de “melhorias” e “urbanização”.

Isto é: muito concreto por nada. Pra quê? A natureza agradece permanecer do jeito que está e a comunidade de surfistas e de veranistas também. População, veranistas, surfistas, turistas e vereadores de oposição são favoráveis à preservação do meio ambiente e dizem em coro: Não à urbanização do Pontal de Baía Formosa. Os problemas são muitos: até agora, não foi apresentado nenhum estudo da necessidade do muro, muito menos quanto ao comprometimento que com certeza a obra trará à ondulação natural do mar, que rende as melhores direitas (ondas) do Nordeste.

As pessoas que frequentam Baía Formosa gostam de natureza, de paisagens naturais, da tranquilidade que lhe é peculiar. O interesse em urbanizar por urbanizar é exclusivo do prefeito e de seus interesses como empresário. A cada ano, o seu hotel – que é localizado irregularmente em cima de dunas – é ampliado paulatinamente, o que nos oferece uma clara visão do quanto irresponsável e devastador da natureza ele é. Além disso, o esgoto do enorme estabelecimento escorre para o mar, exatamente para o Pontal. O muro de arrimo seria uma forma de esconder essa prática completamente absurda. Portanto, em vez de asfaltar as praias, ele deveria fazer obras de saneamento básico. Até porque outro esgoto forma uma grande cachoeira que mina água diariamente para a famosa Baía, na praia do Porto. Não à urbanização e sim ao saneamento básico.

DIREITAS MAIS FAMOSAS DO NORDESTE – O pico Pontal de Baía Formosa foi descoberto na década de 70 e, desde então, tem atraído atletas de todo o mundo, durante o ano inteiro, devido à constância das ondas. O surfista Fábio Gouveia (PB), que já foi campeão mundial, praticamente aprendeu a surfar em BF, como é conhecida carinhosamente a cidade que é linda por natureza e não merece tanto desrespeito. O histórico de Nivaldo Melo como prefeito e como empresário é de destruição da paisagem natural. Desde o primeiro mandato, ele empreendeu obras que descaracterizam as ruas, praças e praias, como é o caso da antiga praça Elisa Carlota, que era um mirante natural e hoje é uma imensidão de concreto na falésia. Uma obra de risco, além de medonha de tão feia.

O fato é que o prefeito não trabalha em consonância com as reais necessidades da cidade e da população. Ora, se Baía Formosa é conhecida mundialmente no meio surfista devido à qualidade de suas ondas, por ser um celeiro de excelentes profissionais, como é o caso de Alan Jhones, Ítalo Ferreira e José Júnior Chupeta, atletas que vivem exclusivamente do surf, e outros, como Israel Júnior e Vitória Rodrigues, a lógica seria investir em qualidade de vida, em melhorias ambientais, em educação ambiental. E não em concreto, em asfalto. Nivaldo Melo é pernambucano, de Recife, mas esquece que administra uma cidade litorânea conhecida pela qualidade das ondas e pela Mata Estrela, o maior remanescente de Mata Atlântica de todo o Rio Grande do Norte.


Peço encarecidamente aos colegas da imprensa que nos ajudem nessa batalha contra o projeto de urbanização do Pontal de Baía Formosa, que além desse pico, conta com o Picão (praia do Porto), Mar Aberto (também localizado nas proximidades do hotel do prefeito e que recebe o esgoto do estabelecimento) e o Point Secret, situado após a praia do Farol. Baía Formosa, que é um reduto de surfistas, veranistas e turistas antenados com a natureza, não pode se acabar devido a um capricho de um gestor irresponsável. Ajudem-nos a salvar e preservar as praias de Baía Formosa. A natureza agradece. E todas as comunidades que a compõem também.


ASSINE A PETIÇÃO DA AVAAZ CONTRA A URBANIZAÇÃO DA ORLA DE BF!


https://secure.avaaz.org/po/petition/IDEMA_IBAMA_PREFEITO_DE_BAIA_FORMOSA_Pedimos_que_os_senhores_salvem_nossas_praias/



LEI ANTICORRUPÇÃO: SER OU NÃO SER...


Pense uma lei interessante, unilateral por excelência: pune empresas por atos de corrupção contra a administração pública, mas não pune a administração pública por atos de corrupção com o povo...

Clique no link abaixo:

Entenda o que é a Lei Anticorrupção, que entra em vigor nesta quarta-feira - ISTOÉ Dinheiro


GANDHI E A SAUDADE DA PAZ

Saudade (a nostalgia do francês): — Uma das mais belas palavras da língua portuguesa, utilizada quando sentimos certo pesar por estarmos sós, distantes de alguém ou de algum lugar... De certa forma, não passa de um pesar suportável, nada tão grave. No entanto, se formos mais longe, ou melhor, se pensarmos na África, encontraremos a mais dramática de todas as saudades... Na verdade, para o povo africano, a saudade expressa um sentimento arrebatador de perda, solidão e tristeza. Até mesmo porque, na África, ela é conhecida como banzo, um derivado do substantivo banzar, oriundo do quimbundo, língua falada em Angola, que seria, digamos, uma nostalgia mortal. Então... Pelo que se sabe, a palavra banzo começou a ser difundida em outros países quando o negro africano, sobretudo o angolano, foi transformado em escravo, traficado do seu país de origem e subjugado algures. Assim, distante de seu povo, da sua cultura, dos seus hábitos e costumes, sem nenhuma possibilidade de retorno, muitos não conseguiam resistir à dor da opressão, manifestando inicialmente certa apatia, seguida de fastio, inanição e, por fim, da própria morte...


(Fala da personagem Lyra no roteiro – registrado, embora inédito – Olhos em chamas, de minha autoria). 



Hoje, 30 de janeiro, é o Dia Nacional da Saudade, das Histórias em Quadrinhos e o Dia Internacional da Não violência, criado pela ONU em homenagem a Gandhi (02/10/1869 - 30/01/1948), pacifista indiano assassinado há exatos 66 anos...

NBC

quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

BRASIL SEM MISÉRIA...



EM ALGUM LUGAR DO PASSADO... “A luta mais obstinada do meu governo será pela erradicação da pobreza extrema [jargão economista para a miséria] e a criação de oportunidades para todos. (...) Não vou descansar enquanto houver brasileiros sem alimentos na mesa, enquanto houver famílias no desalento das ruas, enquanto houver crianças pobres abandonadas à própria sorte...”. – Trecho extraído do discurso de posse de la presidenta Dilma Rousseff, proferido no dia 1º de janeiro de 2011.

NBC


segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

REDE DE INTRIGAS

Dora Kramer - O Estado de S.Paulo - 26 de janeiro de 2014

Pergunte-se a um aliado de Marina Silva que tenha os pés plantados no chão e a cabeça firme no pescoço se há alguma chance de a ex-senadora vir a ser a candidata do PSB a presidente, trocando de lugar com o governador Eduardo Campos com base nas pesquisas de opinião - onde ela aparece sempre à frente dele - e o que se ouve é o seguinte: trata-se de um sonho de uma noite de verão.
"Mal dormida", acrescenta o deputado federal Alfredo Sirkis (PSB-RJ), para resumir a ópera. Fosse para ser candidata, Marina teria se filiado a algum dos partidos que lhe ofereceram a vaga quando a Justiça Eleitoral recusou o registro da Rede Sustentabilidade a tempo de disputar a eleição deste ano.
De onde, a realidade é que o partido não existe de direito. E, como de fato seu único ativo é a figura de Marina Silva, há muito mais espuma que consistência nessa onda toda em torno das exigências que a Rede estaria fazendo ao PSB em relação às alianças eleitorais nos Estados, inclusive ameaçando não ocupar o lugar de vice na chapa de Campos.
Há de tudo um pouco na Rede: ecologistas, esquerdistas, evangélicos, correntes para todos os gostos com cada qual querendo dar seu palpite. Falar alto e em tom impositivo para também não capitular à condição de mero coadjuvante de segunda linha do PSB sem direito a voz, voto e veto.
Um exemplo foi a recente manifestação do grupo de Minas Gerais, prontamente desautorizado pela direção nacional, exigindo que o PSB se afastasse do PSDB no Estado, onde ambos mantêm uma relação longeva e na qual se embute uma espécie de acordo de cavalheiros entre mineiros e pernambucanos.
O senador Aécio Neves sabe que Pernambuco é território de Eduardo Campos, que tampouco tem a pretensão de disputar Minas com o tucano.
De exigência real o que existe mesmo é uma candidatura própria ao governo de São Paulo, com o consequente rompimento da aliança com o PSDB de Geraldo Alckmin. A avaliação é a de que o "conservadorismo" de Alckmin não faria bem ao projeto da "nova política" e que para Campos seria essencial correr em faixa exclusiva no maior colégio eleitoral do País, ao menos no primeiro turno.
De divergência objetiva que provocou obstáculos concretos houve a manifestação de Marina contra o apoio de Ronaldo Caiado, feita para marcar posição para o público interno. Resultou em avarias sérias com o setor do agronegócio.
No restante do País, inclusive no terceiro colégio eleitoral (Rio de Janeiro), o debate sobre as alianças ainda está no início, sem escolha de nomes, mas sob a égide de uma evidência: o PSB é um partido e a Rede, por ora, um símbolo.
Efeito retardado. Alguns tucanos não gostaram de ouvir o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso dizer no fim da semana passada que prefere que Aécio Neves vá para o segundo turno com Dilma Rousseff, mas, se a vaga na etapa final for de Eduardo Campos, tudo bem também.
FH disse exatamente a mesma coisa no dia 8 de novembro do ano passado, a declaração virou manchete e não houve reação alguma. Esquisito.
Faca nos dentes. Em atenção ao DEM - aliado tradicional e que já concordou em não fazer grandes exigências - o PSDB oficialmente fala em apoiar Paulo Souto para o governo da Bahia.
Extraoficialmente, porém, os tucanos torcem para que Souto não seja candidato porque prefeririam se aliar ao ex-ministro da Integração Nacional Geddel Vieira Lima. Pelo perfil combativo, pelo fato de ser um dissidente do PMDB e pela gana dele em derrotar o PT.

sábado, 25 de janeiro de 2014

AS MENTIRAS QUE ELES CONTAM

Por Rafael Duarte, jornalista, em artigo publicado no Novo Jornal, dia 24 de janeiro de 2014.

A cobertura da Copa pela imprensa é vergonhosa. O jornalismo sério e crítico – uma trincheira importante da democracia – foi jogado na caçamba do lixo pela maioria dos jornais, TVs e rádios daqui e de fora. Gosto muito da frase que diz que a imprensa que torce, distorce. Mas o que vemos em alguns casos é a mentira pura e simples, indiscreta e abjeta, contada com o objetivo claro de transformar um pesadelo num conto de fadas.

Muita gente não vê surpresa no comportamento da imprensa, sempre mais atenta a seus interesses particulares do que ao interesse coletivo. O jogo sempre foi jogado assim, dizem os amigos do senso comum. E que assim seja, repetem os conformados e conformistas de plantão.

Agora nesse debate todo, o que também chama a atenção é a divulgação dessas mentiras por uma gente esclarecida, outrora crítica, mas que confunde o apoio ao evento com a defesa do governo. Para os governistas, se a crítica é sobre os gastos públicos em estádios privatizados (ah, são concessões de 20 anos, perdoe a nossa falha) é como se o endereço fosse a principal inquilina do Palácio do Planalto. E quanto mais se aproximam as eleições, a neurose chega a níveis de faniquitos.

O governismo é uma doença. Não ataca a todos, é verdade. Mas seu principal sintoma é a falta de memória, a cegueira política e ideológica. Dilma Rousseff veio a Natal, foi bajulada, ficou ‘en-can-ta-da’ e ratificou todas as mentiras que o governo vem contando e compartilhando desde que a Fifa definiu o Brasil como sede. Até Nelson Rodrigues, defensor categórico da construção do Maracanã no final dos anos 40, deve ter levado uma cutucada do Sobrenatural de Almeida quando foi citado como exemplo diante de tanta informação falsa.

Dilma comemorou com orgulho o fato da Arena das Dunas ter custado 3% a menos do que o valor estimado inicialmente. Talvez seja por isso que Guido Mantega, o ministro da Fazenda, esteja a perigo no cargo. O preço inicial do estádio – uma olhada nos jornais de quatro anos atrás é suficiente – era de R$ 320 milhões. Se o empréstimo junto ao BNDES a juros baixíssimos fosse pago à vista, o que também não vai acontecer, a Arena sairia hoje por R$ 423 milhões. Só nessa brincadeira são R$ 123 milhões a mais de diferença. Porém, ao longo dos 20 anos de privatização (digo, concessão) a conta será de R$ 1,3 bilhão.

É inacreditável, faltando cinco meses para o início do torneio, que ainda há quem sustente que não existe dinheiro público investido nos estádios da Copa.

Ouço de colegas e amigos que as críticas à Copa não me levarão a lugar nenhum. É murro em ponta de faca, jogo perdido. Afinal, a Arena das Dunas está concluída (segundo a nossa imprensa en-can-ta-da, por sinal, a concluiu três vezes de dezembro para cá). Faz mal não, gente. Não vou mentir para vocês: é um prazer estar ao lado dos que perderam essa batalha.


E HAJA MENDICÂNCIA!



E haja déjà vu! Se hoje é Criança Esperança, com sacolinhas vermelhas repletas de ovinhos dourados; na década de 60 (séc. XX) foi logo um Caminhão da Esperança, que, para quitar uma astronômica dívida do notório político norte-rio-grandense, o populista Aluízio Alves (1921 - 2006), recolhia incontáveis sacos verdes recheados de dinheiro do povo, que, por sua vez, na maior inocência, ainda entoava o bordão da época: — Pagou e não roubou, ainda sobrou para enterrar o velho fechador! 

Moral da história: quanto maior a dívida, maior a esperança...


NBC


sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

CARTÃO VERMELHO



Literalmente, sim, cartão vermelho. E não é nenhum slogan bobo, não, mas, de fato, o brasileiro não precisa de Copa nem de nenhum outro supérfluo que o valha, mas de saúde, moradia, emprego e demais necessidades essenciais a qualquer cidadão do mundo, sobretudo, escola – só para rimar. Porém, ao invés de seguir o bom exemplo da Suécia, que, decidindo privilegiar o bem-estar do seu povo, não cedeu as falácias da FIFA e, portanto, se recusou a sediar a Copa de 2022, o que faz o Brasil? Marca feio! E ponha feio nisso... Uma vinda dispendiosa, a de Dilma Rousseff e a do seu staff – gastos estratosféricos e desnecessários, portanto, não justificáveis –, apenas para um chute numa bola. E, ainda, de salto alto! Sei não, mas, talvez, seja como disse um amigo bastante espirituoso: — Só faltaram as chuteiras... Bom! Segundo a própria Dilma Rousseff, ela recebeu aulas com Cafu... – coitado do jogador. Bom! Segundo a própria Dilma Rousseff, ela recebeu aulas com Cafu... – coitado do jogador.




Enfim! Dando uma olhadela na edição de capa do Novo Jornal desta quinta-feira, 23, eis que, de repente, aquele espanto!...




VIA TIO AURÉLIO – Encantado. [Part. de encantar.] Adj. 1. Que tem ou sofreu encantamento, sortilégio: casa encantada. 2. Seduzido, enlevado, arrebatado. 3. Muito contente; satisfeitíssimo. 4. Bras. Gír. Entre ladrões, diz-se do cofre cujo segredo se desconhece...

Pense um vocábulo mais traiçoeiro!


Nathalie Bernardo da Câmara

quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

ATRÁS DAS PORTAS, O ÁS DE COPAS (atualizado)

Edição de hoje, 22 de janeiro de 2014, do Novo Jornal.


Pode-se dizer que, hoje, finalmente, a Arena das Dunas é nossa! Nada dispendiosa – foram “investidos” (que se saiba), aproximadamente, R$ 400 milhões oriundos – tudo indica – dos fundos do BNDS (e a danada ainda tem retoques por fazer) –, a arena receberá nesta gloriosa e pavoneada noite nada mais, nada menos do que la presidenta Dilma Rousseff, que, para o desespero dos ambientalistas de plantão, dará o primeiro dos muitos chutes que ainda virão num dos exemplares do indefeso tatu-bola (Tolypeutes tricinctus), ameaçado de extinção, ali, parado, feito um dois de paus, no centro do gramado, oficializando aquele que, de longa data, já é considerado o pior dos pesadelos da fauna potiguar – cadê o IBAMA? Ah! Para quem ignora, a escolha de tão nobre horário deu-se em respeito aos hábitos noturnos da espécie silvestre, quando ela sai da toca, apesar de saber que, para sobreviver, sempre terá de driblar o assédio da sua maior predadora, ou seja, a jaguatirica – outra que é noctívaga –, cuja brabeza, aliás, até os colombianos temem. Enfim! O fato é q o circo está armado e, como não poderia deixar de ser, a cidade está em romaria, alerta, de prontidão, igualmente à espera: na capital potiguar, estão previstos piquetes, protestos, palavras de ordem, mascarados por toda parte, todos à espreita – na verdade, apenas querendo dá um rolé...


Nathalie Bernardo da Câmara




Uma explicação pertinente...


Durante o dia de hoje, sempre que, no facebook, inclusive neste blog (o texto acima), postei algo referente à bola da Copa de 2014, chamei-a de tatu-bola. Só que o fiz conscientemente. E por dois motivos: nunca simpatizei com Brazuca, o nome verdadeiro do objeto de forma circular, nem, muito menos, com Fuleco, nome da mascote do evento que, além de brega, é para lá de pejorativo, embora a sua composição, saibamos, tenha sido inspirada, esta sim, no tatu-bola. Daí que na postagem Copa de 2014: um gol contra o Brasil, publicada no meu blog no dia 10 de maio de 2012 (http://abagagemdonavegante.blogspot.com.br/2012/05/copa-de-2014-um-gol-contra-o-brasil.html), eu já ter dito que tais escolhas foram infelizes. Desse modo, apenas para contrariar, todas as vezes em que me refiro à bola, chamo-a de tatu-bola, mesmo porque, convenhamos, se seguirmos certa lógica...




NBC

terça-feira, 21 de janeiro de 2014

HITCHCOCK E O HOLOCAUSTO


Filme demasiado chocante de Hitchcock sobre o Holocausto esperou 70 anos para ser lançado


Memória dos Campos é conhecido como o documentário nunca visto de Alfred Hitchcock sobre o Holocausto.  A película, realizada em 1945 para mostrar aos alemães as atrocidades nazis e vetada pelos aliados devido à brutalidade das suas imagens, está finalmente pronta para ser mostrada ao público. 


Reprodução / YouTube
Produzido por Alfred Hitchcock [(1899 – 1980), cineasta britânico naturalizado norte-americano] em 1945, o filme Memória dos Campos apenas agora será oficialmente projetado.

Por Aline Flor, ZAP
16 de janeiro de 2014 


Em 1945, Alfred Hitchcock ficou em choque. O mestre do suspense ficou tão horrorizado ao ver as imagens da chegada das tropas aliadas aos campos de concentração, no fim da Segunda Guerra Mundial, que ficou uma semana sem conseguir voltar aos estúdios. Em seguida, empenhou-se na produção do filme, que editaria as imagens chocantes para mostrar aos alemães a dimensão dos horrores do Holocausto.

No entanto, as autoridades britânicas consideraram o filme tão forte que não permitiram o seu lançamento oficial. Numa época em que as potências vencedoras estavam interessadas em reconstruir a Alemanha, uma obra que  apontasse o dedo e atribuísse responsabilidades à população alemã em geral, de forma tão poderosa, não seria a melhor solução.

O jornal Independent conta que as bobinas de Memória dos Campos, como se chamou a obra, ficaram durante anos armazenadas no Museu Imperial da Guerra. Em 1984, uma versão incompleta foi projetada no Festival de Cinema de Berlim. No ano seguinte, foi transmitida nos EUA, pela cadeia de televisão PBS, uma versão de baixa qualidade.

Foi apenas para os 70 anos da libertação da Europa do poder nazi, que se completam em 2015, que o museu decidiu restaurar o filme de forma a mostrá-lo, oficialmente, ao mundo.

Afinal, que filme é este?
São imagens da chegada das tropas aliadas aos campos de concentração, sendo recebidos pelos sobreviventes e, em seguida, recuperando os debilitados e encontrando os corpos dos que morreram por doença ou extermínios em massa.

Filmadas por soldados britânicos e soviéticos, as imagens revelam campos de concentração como Auschwitz, Bergen-Belsen (cerca de metade do filme), Buchenwald Dachau.

Toby Haggith, curador principal do Museu Imperial de Guerra, descreve ao Independent que um dos comentários mais comuns entre os que viram as primeiras versões do filme era que o filme “era terrível e brilhante, ao mesmo tempo”.

A ser transmitido na televisão britânica em 2015, as projeções do filme serão acompanhadas de um outro documentário, The Night Will Fall, de André Singer.

Veja aqui a versão incompleta do filme (contém imagens fortes):


 


VARRE, VARRE, VARRE VASSOURINHA...



Campanha de limpeza


Por Marina Silva
Ex-senadora e ex-ministra do Meio Ambiente, em artigo publicado na Folha de S. Paulo, em 17 de janeiro de 2014.


É intolerável a situação que vivemos em anos eleitorais, marcados por uma degradante agressão verbal contra candidatos e lideranças políticas. Não bastassem a indústria dos dossiês, as notinhas maldosas nos jornais e as “reportagens” encomendadas para expor fraquezas reais ou inventadas, temos agora a guerrilha virtual que cria territórios inóspitos na internet. Calúnia, difamação, injúria e ofensas formam uma espécie de enxurrada que arrasta o Brasil para o atraso onde prosperam várias modalidades de protofascismo.

Todos sabemos quem são os responsáveis por essa guerra. Eles estão na direção dos partidos mais poderosos, cujos militantes, geralmente remunerados, seguem sua pauta e comando no ataque aos alvos definidos. E chamam isso de tática e estratégia numa disputa supostamente ideológica entre esquerda e direita.

No final, todos perdem. O Brasil é derrotado. Quando as multidões foram às ruas no ano passado disseram claramente: essa política não nos representa. Na verdade, os que a fazem não representam nem a si mesmos. Não adianta ficarmos dois ou três anos nos tratando com cortesia diante das câmeras e preparando novos ataques para o período eleitoral.

Também sobre isso o Brasil necessita de um acordo, um pacto de não agressão. Críticas e divergências expostas com firmeza e veemência ajudam. Ninguém precisa ficar melindrado, o debate é próprio da democracia. Mas a linguagem chula dos desaforos anônimos ou “fakes” não devem ser estimulados nem acobertados. Assumimos um compromisso assim em 2010 e o levamos a cabo durante toda a campanha, insistindo que era um debate, não um embate. Por isso sei que é possível.

As cenas de violência que vemos nos presídios e nas ruas, o drama de milhões de pessoas nas enchentes, o caos do transporte urbano, tudo isso nos mostra a realidade e a urgência da crise civilizatória e deveria ser suficiente para nos dar um mínimo de consciência. Quem sabe, até um novo sentimento que, como ouvi do psicanalista Ricardo Goldenberg, tenha menos culpa e mais vergonha.

Ainda há tempo para o entendimento. A primeira condição é que os dirigentes assumam a responsabilidade, que de fato têm, sobre a ação de seus companheiros. A segunda é de que a decisão de manter o bom nível seja incondicional, nada de “responder na mesma altura”, quer dizer, na mesma baixeza. O foco deve estar nas ideias e propostas.

Lembro de antigas campanhas, com Lula e o PT enfrentando calúnias e preconceitos em boatos, panfletos apócrifos e pichações nos muros. No Acre, pelos idos dos anos 90, criamos uma “campanha de limpeza da campanha” para combater a baixaria. Precisamos de uma assim, no Brasil.

sábado, 11 de janeiro de 2014

BRASIL: VENDO O SOL NASCER QUADRADO...



Imagens do horror

Por Marina Silva
Ambientalista, ex-senadora e ex-ministra do meio ambiente, em artigo publicado na Folha de S. Paulo, no dia 10 de janeiro de 2014.


O que os olhos não veem, o coração não sente. Seguindo o dito popular, O Brasil pretendeu não sentir a dor que acumulava em suas penitenciárias. Hoje, a realidade salta aos olhos em contraste com a Copa do Mundo e outros eventos em que o país se expõe na vitrine internacional.

São cerca de 550 mil presos, grande parte em condições terríveis: amontoadas, sob temperaturas que superam os 50 graus, sem água e circulação de ar, entre fezes e ratos. O ministro da Justiça, em novembro de 2012, disse que preferia morrer a cumprir pena em lugares assim. Já era titular da pasta há dois anos. Outro ano se passou desde aquela afirmação pública corajosa, mas preocupante, por não ser acompanhada de ações correspondentes à magnitude do drama. As prisões continuam sendo "sucursais do inferno" e "escolas do crime", expressões da falência do sistema.

Agora novas crises nos Estados mobilizam a opinião pública e a dramaturgia política repete a cena já conhecida: o governo se cala, a oposição grita. Será porque a crise mais evidente está no Maranhão, dirigido por aliados incômodos de uns e adversários cômodos de outros?

Não podemos deixar que se naturalize a insensibilidade na visão de que o Maranhão é assim mesmo e não tem jeito. De fato, o drama local é antigo. Circula na internet o filme de Glauber Rocha feito na posse de José Sarney como governador em 1966. Criticado na época, o genial cineasta é hoje saudado pelo contraste entre as imagens duras da realidade social e um discurso desprovido de ação efetiva para mudar a realidade, que só se agrava 50 anos depois.

Mas não é só no Maranhão, e as responsabilidades envolvem Estados e União, Executivo e Judiciário – e também o Legislativo, cuja função é fiscalizar.

A população carcerária cresce rapidamente: em 20 anos passou de 140 mil presos para mais de meio milhão. A maioria é pobre e tem baixa escolaridade, 65% são negros. Tuberculose e outras doenças contagiosas, inclusive sexualmente transmissíveis, afetam mais da metade.

Dois terços cumprem pena por crimes contra o patrimônio ou tráfico; cerca de 12%, por homicídios. Essa é uma grande distorção. Cerca de 50 mil pessoas são assassinadas por ano no Brasil e apenas 8% dos casos são investigados com êxito. Gastamos R$ 1.500/mês para enjaular as pessoas e devolvê-las piores à sociedade.

As conclusões são óbvias: é preciso transformar o sistema de segurança e Justiça criminal em seu conjunto, não basta repassar verbas e jogar água no mesmo moinho.

E, atenção: esgotou-se o tempo das platitudes. A tarefa requer a ousadia e a urgência de um pacto nacional.

sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

CLÃ SARNEY NA CORDA BAMBA



Enquanto isso...




Crônica de uma intervenção anunciada


INTERVENÇÃO FEDERAL NO MARANHÃO JÁ!

Petição (circulando na internet) da AVAAZ (a maior e mais efetiva comunidade de campanhas online para mudanças) a ser entregue para: Rodrigo Janot, Procurador-Geral da República.

A barbárie está instalada no Maranhão por completa ausência de governo.

A incapacidade de dar solução à falência do sistema prisional maranhense, aos altos índices de violência e de desbaratar as quadrilhas do crime organizado para o tráfico de drogas evidencia também que o próprio governo estadual está falido.

Barbárie que emerge pelos números de mortos em São Luís em 2013: 983; pelo número de homicídios em cadeias no Maranhão – 62 (quase o dobro dos executados por aplicação da pena morte nos Estados Unidos, em 2013); pela superlotação dos presídios, o Maranhão tem a sexta pior situação, com índice de lotação que beira os 90%: há 2.500 presos ocupando um espaço para 1.700 nas prisões. O Maranhão apresenta o mais alto índice de assassinatos de presos. Com apenas 1% da população carcerária do país, responde por aproximadamente 30% de mortes no sistema prisional do país. 

No Complexo Penitenciário de Pedrinhas, três facções mandam: Primeiro Comando do Maranhão, Anjos da Morte e Bonde dos 40. Lá comandam estupros, decapitações e escalpelamentos; de lá determinam ações de terror que amedrontam a cidade, como incêndio de coletivos, que vitimou uma criança de 06 anos, queimada em ataques a ônibus em São Luís.

ESSE É O RESULTADO DE ANOS DE MANDO DE UMA CARCOMIDA OLIGARQUIA SARNEY!

Por tudo isso, reivindicamos: INTERVENÇÃO FEDERAL NO MARANHÃO! AFASTAMENTO DA GOVERNADORA ROSEANA SARNEY, inoperante no exercício do Governo do Maranhão!!

A Constituição garante ao Procurador-Geral da República que faça o pedido junto ao Supremo Tribunal Federal (STF) de INTERVENÇÃO FEDERAL por parte da União a fim de garantir os "direitos da pessoa humana" e "pôr termo a grave comprometimento da ordem pública" (artigo 34 - incisos III e VIII - alínea "d" da Constituição Federal) a que as organizações criminosas estão submetendo o povo maranhense


É o que pedimos!

Postado: Janeiro 7, 2014

Link para assinar assinar a petição:



Em tempo...


Deu no Estadão (13 de janeiro de 2014)

Atualizado: 13/01/2014 19:06 | Por Fabio Leite, estadao.com.br

Advogados de direitos humanos vão pedir impeachment de Roseana

Denúncia responsabiliza governadora do Maranhão por suposta omissão no Complexo Penitenciário de Pedrinhas, que registrou 62 detentos mortos desde 2013

DE SÃO PAULO - Um grupo de oito advogados de direitos humanos deve apresentar nesta terça-feira, 14, ao presidente da Assembleia Legislativa do Maranhão, Arnaldo Melo (PMDB), um pedido de impeachment da governadora Roseana Sarney (PMDB) por causa das violações e dos crimes cometidos no Complexo Penitenciário Pedrinhas, em São Luís, que registrou 62 homicídios desde 2013.

A denúncia se baseia no artigo 75 da Lei 1.079/50 para responsabilizar Roseana pela superlotação das celas e pela suposta omissão do governo nas disputas de faccções dentro dos presídios. A Assembleia terá 15 dias para analisar o pedido e instaurar uma comissão especial para apurar o caso, mesmo prazo dado à defesa da governadora, que tem maioria entre os 45 deputados estaduais.

"Muita gente tem falado que a crise no sistema penitenciário é geral, e de fato é. Mas o que aconteceu em Pedrinhas é um ponto fora da curva. A quantidade de mortos e o nível de violência, com decapitações, não podem ser tratados como algo inerente aos presídios", disse advogada Eloísa Machado de Almeida, professora da Escola de Direito da Fundação Getúlio Vargas (FGV-SP) e uma das autoras da ação.

Segundo ela, este é o primeiro pedido de impeachment que se fundamenta em direitos humanos. "A Lei do Impeachment prevê a hipótese de perda do cargo quando o chefe do executivo, no caso de violação flagrante dos direitos fundamentais, deixa de responsabilizar o subordinado vinculado ao fato. E foi o que ocorreu. A governadora, como chefe do Executivo, não pode sair isenta dessas violações graves" afirmou Eloísa.

Caso a comissão especial da Assembleia do Maranhão acolha os argumentos da denúncia e casse o mandato de Roseana, a governadora fica suspensa do cargo por 180 dias até o julgamento do caso pelo Tribunal de Justiça do Estado. Além do impeachment, os advogados pedem a perda dos direitos políticos de Roseana, que ficaria impedida, por exemplo, de disputar uma vaga no Senado, já que ela não pode mais tentar a reeleição.

Em nota, o governo Roseana Sarney afirma que "tem dado prioridade às questões que envolvem a solução para os problemas do Sistema Penitenciário do Maranhão".


Descaramento pouco é bobagem...
Governadora do MA, Roseana Sarney, disse que está "até agora chocada" com mortes em Pedrinhas.

10/01/2014 - 10h29

Violência acontece porque Maranhão está mais rico, diz Roseana

DE SÃO PAULO

A governadora do Maranhão, Roseana Sarney (PMDB), justificou a violência no Estado com o aumento da riqueza entre os maranhenses. De acordo com ela, o Maranhão está mais rico e isso faz com que a segurança piore.
"É um Estado que está se desenvolvendo, que está crescendo. E um dos problemas que está piorando a segurança do nosso Estado é que nosso Estado está mais rico, mais populoso também", disse Roseana.
A governadora também disse não acreditar na intervenção federal no Estado. E justificou: "Não acredito que [o procurador-geral da República] vá pedir intervenção, porque estou cumprindo com o meu dever no Maranhão. O Estado está indo muito bem", disse, citando a seguir o avanço do PIB, melhoria das estradas e dados da educação e indústria.
Em entrevista nessa quinta-feira (9) em São Luís, a governadora Roseana disse que a violência no complexo de Pedrinhas, com 62 mortos desde o ano passado, é "algo inexplicável".
"O que aconteceu me chocou, e a todo o Maranhão, porque o povo do Maranhão não é violento. O que aconteceu lá é algo inexplicável. Estou até agora chocada com o que aconteceu lá, porque o que existe são brigas de facções. E elas são muito violentas. Acaba havendo problemas de morte no presídio."
Roseana também relacionou a violência ao crack. "É uma disputa praticamente por causa do crack, que tem uma força muito grande, uma disputa de espaço. O que aconteceu em São Paulo, no Rio de Janeiro, no Rio Grande do Sul não é diferente do que está acontecendo aqui."


E o que ninguém merece!


Atualizado: 09/01/2014 02:04 | Por BASTIDORES: Débora Bergamasco, estadao.com.br

Dilma estuda cada passo para não atingir família Sarney


Todos os movimentos do governo federal para tentar ajudar a governadora do Maranhão, Roseana Sarney (PMDB), a conter a onda de barbárie iniciada na Penitenciária de Pedrinhas, em São Luís, são milimetricamente estudados para não causar nenhum tipo de melindre à família Sarney. O cuidado excessivo tem motivo: garantir o apoio dos peemedebistas maranhenses durante a campanha da presidente Dilma Rousseff à reeleição.

Dilma tem em mãos um mapa dos delegados do PMDB em todo o País. O levantamento mostra quantas pessoas de cada Estado têm direito a votar nas reuniões da executiva do partido. É o grupo que orienta as decisões nacionais do PMDB. E o Maranhão está entre os campeões de delegados: são mais de 40.

Trocando em miúdos: o PT não pode sair culpando o clã Sarney pelo caos do sistema prisional no Estado porque não pode se dar ao luxo de comprar briga com a turma do Maranhão. Assim, arriscaria perder dezenas de votos que podem levar o PMDB a tomar decisões que contrariem os interesses do Partido dos Trabalhadores em ano eleitoral. Até porque, há muitos problemas ainda para resolver com a sigla aliada em Estados também muito representativos, como Rio, Ceará e Bahia.

Anteontem, Dilma não gostou quando a ministra dos Direitos Humanos, Maria do Rosário, responsabilizou Roseana Sarney pela violência nos presídios estaduais. E calculou que o estrago poderia até ter sido maior, caso a declaração tivesse sido feita em um mês politicamente mais animado do que janeiro.