quinta-feira, 6 de agosto de 2009

TREME, TREME, TREME...



Venho observado certo tremor nas mãos do senador José Sarney (PMDB-AP), esteja ele sentado ou de pé. Seria de nervoso, refletindo um esgotamento por tantas mentiras, como se toda uma nação fosse idiota, ou sintomas já evidentes do Mal de Parkinson, nada secreto? Quiçá, o pobrezinho sofre de Alzheimer. Ou, então, com a graça da medicina, inventando nome para a esquizofrenia e outros distúrbios mentais, é bipolaridade mesmo. Sim, porque tem de ter uma explicação para tanta cara de pau! Nada mais a declarar...



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De onde vem?,
por Elizete Feliponi*


Recentemente, um desses muitos e-mails que circulam diariamente pela internet me chamou a atenção. A mensagem eletrônica trazia uma menina, por volta dos cinco anos, ajoelhada aos pés da cama e rezando. Na oração, ela pedia, de olhinhos fechados, para que o “Papai do Céu” providenciasse roupas para as mulheres nuas do computador do papai. Engraçado? Seria, se não fosse trágico.

Tornaram-se rotina as notícias de pedofilia no País. A sociedade, alarmada, questiona a natureza de ato tão promíscuo e vergonhoso para um povo que acredita ser civilizado, em pleno século 21. De onde vem tal comportamento doentio ou criminoso? O que leva um adulto, próximo da família ou não, a violentar a integridade física e moral de uma criança, tão dependente, em todos os aspectos, de formação e sobrevivência, daqueles considerados aptos para a autonomia da vida em sociedade?

Para cada caso em particular, buscamos o fio condutor da explicação, se é que essa existe. No entanto, existem fatores no tecido social que, de uma forma geral, formam a consciência coletiva e modelam comportamentos. Um desses fatores são aquelas atitudes ocultas, nem sempre consideradas ou percebidas como construtoras da personalidade de cada sujeito.

Instituiu-se, nas relações humanas, um círculo vicioso de erotismo precoce ou não tão precoce assim. Cenas dessa qualidade são corriqueiras, mas altamente estimuladoras para um ambiente propício para a pedofilia.

Quantas vezes o adulto, na categoria de pai, tio, avô, padrasto ou outro, segurando a criança pela mão, para em frente a uma banca de revista e admira, boquiaberto, a capa da “Playboy” do mês? Quantas vezes, o adulto – mulher ou homem –, em poder do controle remoto da televisão, viaja entre os canais e para naquele que exibe cenas pornográficas?

É comum, também, o pai ou outro adulto próximo admirar com entusiasmo as belas dançarinas que esbanjam “saúde” em pleno horário nobre da televisão. A menininha olha de soslaio e, para associar admiração com amor, é um passo. “Se meu pai acha essa moça linda, quero ser assim também. Logo, meu pai também me amará”.

O que está acontecendo no atual momento histórico é grave e merece uma postura ética e coerente com os valores de cada família, desde que sejam íntegros e contribuam para o bem comum. Invadir a mente e o físico de uma criança é retroceder na escala da evolução humana. Quando é feito por meio da violência sexual, o caso é pior. Dizemos que os tempos são outros, mas parece que caminhamos em direção às cavernas. Quem casava com 14, 13 ou 12 anos eram nossas avós, numa época em que a única possibilidade de vida existente era cuidar da casa e ter filhos, muitos filhos. Numa época em que a média de vida era bem mais baixa que a que temos agora.

Hoje, temos a palavra pedofilia presente em nosso vocabulário, em nossas vidas. É um mal do nosso século. Se antes existia, era na surdina ou não recebia a conotação de violência, até porque casar era uma bênção, antes que as mocinhas ficassem velhas demais.

Ainda bem que nossas avós fizeram isso por nós. Hoje, podemos nos desenvolver física e intelectualmente, de forma mais completa, antes de iniciar a vida sexual, mas parece que isso não está muito claro.

O primeiro namorado, aos 13, 14, 15 anos, já dorme em casa, com consentimento da família, tendo como validação para o fato a violência que ronda as ruas. Meninas, antes dos dez anos, fazem as unhas, usam maquiagem e tamanquinhos. Tudo para ficar bonita, igual àquela moça da televisão que rebola e é admirada.

Meninas de 11 anos dão à luz outras crianças. Corpos de mãe e feto competem em nutrientes, pois ambos estão em formação. A questão dos nutrientes até que se resolve. A de sonhos, relação familiar e social, é bem mais complicada.

Pobres crianças! Vítimas de uma cultura vulgar e hipócrita, na qual o povo que a possui condena a quem, delinquentemente, estraçalha com sonhos. Enquanto condena, esquece de perceber sua própria contribuição, mesmo que sutil, a um ato que corrói nossa história e evolução humana.


feeling_ef@yahoo.com.br
*PROFESSORA E ESTUDANTE DE NEUROPSICOPEDAGOGIA


Transcrito do jornal A Notícia.
Joinvile, 31 de julho de 2009. N° 479



PEDOFILIA É CRIME!
DENUNCIE!
DISQUE 100!



Nathalie Bernardo da Câmara
Registro profissional de jornalista:
578 - DRT/RN, desde 1989

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