— AQUI, NÃO É GENEBRA!
“A paz é o caminho...”.
Gandhi (1869 - 1948)
Líder religioso indiano
O título deste post foi pescado de uma fala de uma personagem do filme A Guerra de Hart, que, esta madrugada, revi. O filme, do diretor norte-americano Gregory Hoblit, lançado em 2002, traz o ator alemão Bruce Willis, sempre impecável, a desafiar um pau-mandado de Hitler (1889 - 1945), revelando, mais uma vez, uma das faces da sandice humana. Cenário? Não poderia deixar de ser: II Grande Guerra Mundial, campos de concentração... Mas, não estou a fim de falar sobre coisas tão desagradáveis e acabar com o meu dia, ainda mais sendo, hoje, uma sexta-feira 13. De agosto. Sim, apesar de a cultura popular considerar o dia algo de nefasto, não vejo problema algum na data. Afinal, tudo não passa de superstição. E não acredito nisso. Por isso mesmo o dia só não está melhor porque estamos sob o auspício da lua nova, não da lua cheia, com bruxas a vagar, voando em suas vassouras e amargando um chá de ervas qualquer. Sem falar no bichano preto, seu companheiro, que estaria miando mais do que a mais histérica das mulheres.
Então, a fala: — “Aqui, não é Genebra”... Nunca! Nem poderia. Lugar nenhum poderia. Mas, foi o que ouviu a personagem de Bruce Willis ao reivindicar os direitos humanos de muitas das vítimas do infeliz nazista. Coitada de Genebra, considerada a Cidade da Paz, acolhendo sedes de inúmeras organizações humanitárias do planeta. Sei não, mas, a cada dia, percebo que anda faltando nas pessoas um componente tão básico para todos, que é o da decência. E inveja nunca fez bem a ninguém. Nem a burocracia, o câncer do que chamam sociedade. Mas, não vou me prolongar, pois ando sem muita paciência para certas mesquinharias. Sem falar da televisão, gritando, todo momento, que, se for o caso, temos de comparecer aos tribunais regionais eleitorais para regularizar qualquer situação aparentemente fora do comum, tendo em vista as próximas eleições. Fora do comum para quem? Eu não elaborei lei alguma! Se tivesse elaborado, já tinha, por exemplo, retirado, das que regem o Brasil, a obrigatoriedade do voto.
Afinal, sou da opinião de que o voto seja facultativo, ou seja, que o comparecimento as urnas seja uma decisão pessoal. Isso, sim, chama-se democracia. Não obrigar alguém a sair de casa para votar. Que o alguém saia de casa para votar se quiser. E se houver um candidato que esse alguém tenha o menor dos desejos em eleger. Mas, de livre e espontânea vontade. Não sob pressão. Daí que não faço a menor questão em comparecer ao TRE de lugar nenhum. Não vou mesmo votar em ninguém! Sim, porque, a última vez em que fiz isso, me arrependi. Nem preciso dizer o nome da criatura. Depois, veio o tal Referendo do desarmamento. Quanto dinheiro público derramado em vão. À época, anulei a minha opinião, pois não concordei com essa farsa. Se eu estiver errada, diga-me, alguém, então, se esse tal referendo mudou em alguma coisa a situação das armas no Brasil, da ilegalidade, das baixas... O Rio de Janeiro, por exemplo, continua sendo a Cidade Maravilhosa, mas, hoje, nesse dito Paraíso, morre, por dia, mais gente do que em Israel.
Nathalie Bernardo da Câmara
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