domingo, 3 de abril de 2011

DENGUE NO BRASIL: EPIDEMIA QUE NÃO DÁ TRÉGUA...


“Enxugue bem a cintura depois do banho, pois o mosquito da dengue e da febre amarela reproduz-se em pneus molhados...”.

Um internauta espirituoso


Evolução, pelo que se sabe a seu respeito e pelos exemplos da História, é algo, de certa forma, duvidoso. A da espécie humana, então! No caso, contudo, da evolução dos tipos do vírus da dengue, transmitida pelo mesmo mosquito que transmite a febre amarela, ou seja, o aedes aegypti, nem se fala! Agora, segundo alardeia a mídia, temos a dengue do tipo 4, mais uma variação do microorganismo, que, de certa forma, aumenta o risco de contágio, embora não mais nem menos perigosa do que os tipos 1, 2 ou 3, sendo, igualmente, uma ameaça à saúde pública no Brasil. Segundo o infectologista do Hospital Sírio-Libanês, Marcelo Litvoc, tais variações, “do ponto de vista clínico, são absolutamente iguais, vão gerar o mesmo quadro”.

Ocorre que reside no sistema imunológico do corpo humano a explicação para o problema. Quem já teve dengue, por exemplo, causada pelo tipo 1 do vírus, se for novamente contaminado será por um tipo diferente, acima da escala, ou seja, o tipo 2, 3 ou 4. Para o infectologista, a possibilidade da reincidência da doença é preocupante. Afinal, em casos de um segundo episódio de dengue, a manifestação dos sintomas é mais severa: “Existe certa sensibilização do sistema imunológico e ele dá uma resposta exacerbada”, podendo causar inflamações e, consequentemente, aumentar o risco de lesões nos vasos sanguíneos, desencadeando a dengue hemorrágica. Um terceiro episódio seria ainda mais grave e um quarto deveras perigoso.

O infectologista e consultor do programa Bem Estar, da TV Globo, por sua vez, Caio Rosenthal, disse que “quanto mais vírus existirem, maior a probabilidade de haver uma infecção”. Segundo ele, se houvesse só um tipo de vírus, ninguém poderia ter dengue duas vezes na vida. Quanto aos sintomas da dengue, independentemente das suas variações, no caso da versão clássica da doença, eles continuam os mesmos: fortes dores de cabeça; febre súbita e alta (acima de 40 °C); manchas vermelhas (parecidas com sarampo) na pele; dor atrás dos olhos (piora com o movimento ocular); falta de apetite e paladar; náuseas e vômitos; moleza e cansaço no corpo, bem como dor nos ossos e articulações. Quanto à dengue hemorrágica, os sintomas são outros.

Ou seja, perda de consciência; confusão mental, agitação e insônia; dificuldade de respiração; sangramento na boca, nas gengivas e no nariz; boca seca e muita sede; vômitos intensos; pulso fraco e fortes dores abdominais contínuas (não como cólicas), além de pele pálida, fria e úmida. No que diz respeito ao tratamento, seja o da dengue clássica como o da hemorrágica, aos primeiros sintomas, de uma ou da outra, a orientação é procurar imediatamente atendimento médico; tratar os sintomas até que o ciclo do vírus se conclua; beber muita água; repousar; usar medicação indicada e não tomar nenhum remédio à base de ácido acetil-salicílico, o famoso AAS. Enfim! Deve-se, antes de tudo, prevenir. Mas, como fazer para se prevenir da dengue?




Não esqueçamos, contudo, de que estamos no Terceiro Mundo, que contempla um país, que é o Brasil, classificado de tropical, totalmente vulnerável a todo tipo de doenças infecto-contagiosas. Daí, no mínimo, tentarmos minimizar as nossas infelicidades e desgraças, com ou sem dengue...


Nathalie Bernardo da Câmara

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