“Renda-se, como eu me rendi. Mergulhe no que você não conhece como eu mergulhei. Não se preocupe em entender, viver ultrapassa qualquer entendimento...”.
(10 de dezembro de 1920 - 09 de dezembro de 1977)
Escritora e jornalista nascida na Ucrânia, mas naturalizada brasileira, considerada pela crítica literária do Brasil como uma das maiores escritoras do século XX.
Em 1976, apesar dos boatos de que Clarice Lispector não concederia mais entrevistas, o intrépido escritor, jornalista e crítico literário brasileiro José Castello, à época no jornal O GLOBO, marca um encontro com a escritora, já de antemão, contudo, tendo sido prevenido pelo escritor e jornalista brasileiro Otto Lara Resende (1922 - 1992), q, no ano anterior, lhe havia dito: "Você deve tomar cuidado com Clarice. Não se trata de literatura, mas de bruxaria...". Desse modo, portanto, no referido encontro, José Castello pergunta à escritora:
José Castello: Por que você escreve?
Clarice Lispector: Vou lhe responder com outra pergunta: — Por que você bebe água?
J. C.: Por que bebo água? Porque tenho sede.
C. L.: Quer dizer que você bebe água para não morrer. Pois eu também: escrevo para me manter viva...
A filósofa, escritora e crítica literária francesa Hélène Cixous, por sua vez, a maior especialista europeia da obra de Clarice Lispector, ao observar a singularidade de sua escrita foi longe: “Clarice não escreve em português, mas em ‘lispector’...”
NBC
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