domingo, 15 de novembro de 2015

DE TRAGÉDIAS

“A real tragédia da vida é quando os homens têm medo da luz...”.

Platão (428 - 348), filósofo grego.


Tragédia é tragédia. O único ponto em comum entre as tragédias é que são tragédias. E cada um, cada pessoa, lamenta e chora pela tragédia que bem entender: seja por uma ou por outra, ou pelas duas juntas; por uma terceira etc – antipatia é quererem controlar o lamento e o choro de alguém pela dor do outro, não importa qual.

Noutros tempos, falava-se de patrulhamento ideológico, cabresto político, religioso... Hoje, na era das redes sociais, quando as emoções navegam virtualmente, até um ‘bom dia’ que você dá passa por um crivo surpreendente: se a saudação vier com um ponto, significa uma coisa; com exclamação, outra; se colocar, então, 3 pontinhos, aí é que a coisa complica-se; sem pontuação alguma, um deus nos acuda!

Gente, vamos parar com isso! Coisa feia. Afinal, como diria Caetano Veloso: “Cada um sabe a dor e a delícia de ser o que é”. E cada um verte as suas lágrimas na direção que quiser – patrulha das emoções de outrem, agora, fiscalizando? A que ponto chegamos! Isso é ridículo.

E a ponto de o jornal Sensacionalista – debochado por excelência – , “anunciar”, ironicamente, que, para evitar polêmicas, o Facebook vai criar um avatar com bandeiras da França e de Minas Gerais – lembrando que, no rol das bandeiras, se é para ser assim tão nacionalista e patriótico, ou melhor, bairrista, nada global (globalização não é só a da economia nem a da informação, mas igualmente a das emoções), também deveria entrar a do Espírito Santo...

Ora, ora!

Como diria um provérbio francês – sim, francês, qual o problema? Ou alguém vai querer que eu conte uma piada de mineiro, já que Minas Gerais é um Estado Brasileiro, consequentemente, geograficamente, está mais perto? Ou os dois juntos? Lamento, mas não darei esse gostinho.

Então... Como diria um provérbio francês: “Des goûts et des couleurs, il ne faut pas discuter”. Ou seja – sim, tem de traduzir, né? Afinal, a França está longe, do outro lado do Atlântico, faz parte da Europa – nada a ver com a nossa cultura tupiniquim – e ninguém tem a obrigação de saber francês.

Então... Cada um é livre para pensar, de agir segundo as suas preferências”.

Se ainda houver alguma dúvida, gentileza seria marcar consulta com o moço lá do divã...






Nathalie Bernardo da Câmara


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