sábado, 22 de outubro de 2011

A ROTA DA CÓPULA

“A carreira de prostituta é igual à de jogador de futebol:
chega uma hora que você tem de parar...”.

Gabriela Leite
Fundadora da ONG Davida


"A esperança é um urubu pintado de verde...".
Mário Quintana (1906-1994)
Poeta brasileiro

E amarelo. Daí o sol ser para todos, bem podendo ser o slogan de uma campanha de publicidade sobre turismo no extenso e diversificado litoral brasileiro, com as suas belas praias, as suas paisagens paradisíacas, os seus frutos do mar e, por que não, os seus frutos da terra... O seu caloroso povo, por exemplo! Porém, O Sol é para todos – em inglês, To Kill a Mockingbird – é o título do único livro da escritora norte-americana Harper Lee, publicado em 1960 e vencedor do Prêmio Pulitzer, em 1961, e conta a história de um homem negro injustamente acusado de estuprar uma criança branca, sendo, ao final da história, absolvido.


Um tocante drama. Uma ficção. Final feliz. No entanto, diferentemente do livro, a realidade é inexorável e nem sempre culmina em um desfecho palatável aos nossos românticos corações, sendo, contudo, um drama. Muitas vezes, um terrível e doloroso drama. Alguns com voltas; outros não. O Sol é para todos, portanto, como o título já sugere, remete-nos ao próprio sol e a sua socialização, iluminando a todos sem distinção. No caso, ressaltando as cores de um Brasil multicor, afrodisíaco de natureza – fato que só estimula uma atividade econômica em contínuo, vertiginoso e pernicioso crescimento, que é a do turismo sexual no país.






E isso independentemente da faixa etária de quem o pratica, cuja origem, inclusive, é a mais diversificada possível. Sim, um turismo sexual não somente de fronteira ou de vizinhança, infra-regional, nacional ou doméstico, mas, sobretudo, internacional, com estrangeiros não somente injetando todo tipo de moeda na economia brasileira, mas, também, sonhos em mentes puras. E, enquanto o livro O Sol é para todos vendeu mais de trinta milhões de exemplares no mundo inteiro e foi traduzido para mais de quarenta idiomas, o turismo sexual no Brasil já proporcionou prazer a mais de trinta milhões de adeptos de mais de quarenta nacionalidades.


Ou seja, um sucesso de bilheteria, igual o filme homônimo que foi adaptado as telas a partir do livro de Harper Lee, que, dirigido pelo diretor norte-americano Robert Mulligan (1925 - 2008), abocanhou vários prêmios importantes, igual os partidários do turismo sexual, que costumam abocanhar não somente mulheres maiores, adultas, aliciadas ou autônomas – é preciso saber distinguir –, mas, também – o mais grave –, adolescentes e crianças. Pior! Nem sempre são elas que decidem, imaturas que são para compreender a gravidade de vender o próprio corpo em sua idade.


O mais escandaloso é que elas acham a função
o jeito mais fácil de ganhar dinheiro. Isso quando,
por vários motivos, não são coagidas a fazê-lo
– prática que viola direitos humanos fundamentais...




1997. Praia de Ponta Negra, Natal, Brasil. Caminhando à beira-mar com um amigo que havia chegado da Itália, fomos surpreendentemente abordados por duas, três garotas, sumariamente vestidas. Novinhas, novinhas. De repente, sem que menos esperássemos, uma delas propôs um programa ao meu amigo, que recusou. Ela insistiu. Ele, mais uma vez, disse não! A garota, então – só pode ter pechinchado –, argumentou que dormiria com ele por apenas R$ 1,00, contanto que ele pagasse. Perplexo, o meu amigo retrucou, dizendo que até daria R$ 1,00 ou mais, se necessário, contanto que ela fosse para casa e não fizesse mais aquilo. Contrariada, a garota deu as costas e foi embora com as colegas. Nós? Perplexos com a situação... E que situação!





Made in Brazil



A revista Caros amigos, de junho de 2009, traz uma reportagem intitulada Degradação e violência no tráfico de mulheres, segundo a qual “o Brasil é um país predominantemente ‘fornecedor’ de pessoas para o tráfico”. Ainda segundo a reportagem, a Pesquisa Sobre o Tráfico de Mulheres, Crianças e Adolescentes Para Fins de Exploração Sexual Comercial no Brasil - Pestraf, organizada pelas sociólogas Maria Lúcia Leal e Maria de Fátima Leal, mas que contou com participação de diversos pesquisadores de todo o país e foi realizada em 2002, localizou “241 rotas de tráfico no Brasil, sendo 131 delas com destinos internacionais”.


Para a socióloga Maria Lúcia Leal: “De repente, a sociedade foi surpreendida com um dado dessa natureza, que vai contra a dignidade humana. Tráfico de pessoas em pleno século 21”. De acordo com informações fornecidas pela pesquisadora, a repórter Carolina Rossetti registrou que ”uma das imagens mais comuns associadas ao país é o tríplice clichê: praia, futebol e mulher bonita. Esse estereótipo está presente no imaginário dos estrangeiros que visitam o Brasil em busca do turismo sexual, em especial nas cidades litorâneas”. A pesquisa revela, também, o perfil das mulheres em situação de tráfico.




Comprovou-se que elas pertencem “as classes mais populares, com baixa escolaridade, moram nas periferias”, muitas vezes morando com familiares, além de terem filhos e algumas já com experiência no ramo. “Outras trabalham em serviços mal remunerados, sem carteira assinada, sem garantia de direitos, em funções subalternas com alta rotatividade, sem perspectiva de ascensão social e melhoria da qualidade de vida”, sendo as que mais despontam nas pesquisas as “afrodescendentes, com idade entre 15 e 25 anos”, com as adultas liderando o ranking no tráfico internacional e as adolescentes as mais procuradas para suprir o mercado interno.


Porém, Maria Lúcia adverte que não se deve associar pobreza à exploração sexual, embora reconheça que situações precárias potencializam o tráfico: “Se uma mulher sai daqui [do Brasil] para exercer a prostituição, não significa que ela está em uma situação de tráfico, que ela está sendo explorada ou violada. O que ocorre é que estão se fazendo grandes generalizações”. E finaliza, apontando, segundo a reportagem, “a deficiência da legislação nacional que da forma em que está redigida não faz diferenciação entre a prostituição autônoma e a prostituição forçada”, apontando a Europa e os Estados Unidos como os principais receptores do fornecedor Brasil.




É preciso combater a exploração sexual de crianças,

adolescentes e adultos por homens,

embora não se descuidando de que também

tem mulheres que praticam e estimulam

o turismo sexual, independentemente de faixa etária.

Outras são aliciadoras, agindo em nome de outrem,

corrompendo, inclusive, por inspirarem confiança,

membros da própria família, o que dificulta

a prisão dos verdadeiros mandantes das máfias

de tráfico de seres humanos.






... Tráfico de seres humanos... A versão moderna da escravidão. E com diferentes propósitos. Um deles, a indústria do sexo, a forma mais disseminada, denunciada e abominável de todos os tráficos. E foi sobre exploração sexual que optamos por falar. Estamos falando. Segundo documento da Organização Internacional do Trabalho - OIT, intitulado Tráfico de pessoas para fins de exploração sexual, os traficantes de seres humanos visam não somente mulheres adultas – a maioria –, crianças e adolescentes, mas, também, embora em menor número, homens...


Um fenômeno mundial e preocupante, o tráfico de seres humanos. Não é à toa que organizações internacionais, governamentais e não-governamentais estão se unindo, a fim de coibir esse crime. A Convenção das Nações Unidas Contra o Crime Organizado Transnacional, por sua vez, conhecida como Convenção de Palermo, define que a exploração inclui, no mínimo, “a exploração da prostituição de outrem ou outras formas de exploração sexual, o trabalho ou serviços forçados, escravatura ou práticas similares, a servidão ou a remoção de órgãos”.


A OIT diz, ainda, que é um equívoco apontar a pobreza como causa exclusiva do tráfico de seres humanos. A pobreza nada mais seria, de acordo com a instituição, um dos fatores circunstanciais que favorecem o tráfico. As raízes do problema residiriam mais na “demanda pela exploração de seres humanos do que nas características das vítimas. Essa demanda vem de três diferentes grupos: os traficantes, os empregadores inescrupulosos que querem tirar proveito de mão-de-obra aviltada e, por fim, os consumidores do trabalho produzido pelas vítimas.


Ainda no documento da OIT, um outro, elaborado em 2000 para a Organização das Nações Unidas - ONU, diz, nas palavras da relatora especial para a Violência Contra a Mulher, Radhika Coomaraswamy, que “a globalização pode ter conseqüências graves (...) em termos de erosão dos direitos civis, políticos, econômicos, sociais e culturais em nome do desenvolvimento, da estabilidade econômica e da reestruturação da macroeconomia”. Para Coomaraswamy, “a pobreza faz com que as pessoas se submetam as ações dos traficantes por força da necessidade de sobrevivência”.


E a relatora prossegue: “Assim como a pobreza, a falta de meios de garantir a subsistência a curto e médio prazo e de perspectivas de ascensão social impulsiona as vítimas nas direção dos traficantes”. Detalhe...




“A percepção da mulher como objeto sexual,
e não como sujeito com direito à liberdade,
favorece toda forma de violência sexual”.




O documento diz, ainda, que “o turista sexual pode interessar-se por mulheres ou adolescentes do local e, ao retornar ao seu país de origem, mantém o elo com o agente que arranjou o pacote turístico inicial e com a mulher ou adolescente até que ela seja enviada ao seu encontro ou, ainda, retorna de suas férias levando a mulher. Uma vez no país de destino, algumas vítimas são mantidas confinadas sob o disfarce de um casamento, ou de uma relação estável, e outras são colocadas no mercado do sexo local”. Como se vê...




“A escravidão não é um fenômeno social
que ficou em um passado distante...”.

Caros amigos, junho de 2009



Segundo Carolina Rossetti, repórter do periódico mencionado acima, “inúmeras formas de escravidão moderna geram grande volume de dinheiro para o crime organizado de tráfico de pessoas. É difícil precisar números exatos, justamente devido à ilegalidade com que essas máfias atuam, que contam com empresas de fachada para lavar o dinheiro do mercado de seres humanos”. E cita um relatório da OIT: “o lucro anual produzido pelo tráfico de pessoas gira em torno de US$ 32 bilhões, riqueza gerada pela exploração do corpo e da força-trabalho dos traficados”.


A reportagem registra, ainda, que, atualmente, “pela estimativa da OIT, são 2,4 milhões de seres humanos traficados no mundo”. Ninguém merece! Só que, segundo a reportagem da revista Caros amigos, “o Brasil foi uma das nações a assinar o Protocolo de Palermo e, em 29 de maio de 2003, o conceito ali disposto foi aprovado pelo Congresso Nacional, resolução n° 231, e, posteriormente, promulgado pelo decreto n° 5.107, em 14 de março de 2004, tornando-se lei ordinária federal, em âmbito nacional”. Que essa lei ordinária federal, então, faça-se valer...


 
Implode coração...



Por que o Brasil?


Segundo a Federação Internacional de Futebol Amador - FIFA, “o gosto pelo futebol parece ser uma das poucas unanimidades nacionais do Brasil. As diferenças sociais, políticas e econômicas, tão marcantes no dia-a-dia do país diluem-se quando a equipe verde-amarela entra em campo e entoa o hino nacional. De alguma forma, a nação brasileira somente se vê inteira durante as Copa do Mundo de Futebol”...


Eu não sei quem escreveu isso, mas, por favor, não me incluam nesse bloco de carnaval fora de época, com cento e pouco milhões em ação, gritando em uníssono a cada quatro anos – alguns, histericamente, só faltando rasgar os panos verdes e amarelos que os enrolam –, apenas porque doze homens entram em campo para correr atrás de uma bola. Eu, particularmente, além de não ser nacionalista, não tenho vocação para ser um Louro José da vida e tenho mais o que fazer... Mas, deixemos as minhas preferências de lado e vejamos, por região, quais as doze cidades brasileiras que irão sediar a Copa 2014.



Centro-Oeste
• Brasília
• Cuiabá



Nordeste
• Fortaleza
• Natal
• Recife
• Salvador



Norte
• Manaus



Sudeste
• Belo Horizonte
• Rio de Janeiro
• São Paulo



Sul
• Curitiba
• Porto Alegre




Para Lula, o Brasil tem mais potencial turístico que a Europa. E a copa 2014 alavancará o setor no Brasil. Segundo ele, “o país não era consciente desta força, o que mudou radicalmente nos últimos anos, e dá ao Brasil aspirações para se transformar em um dos principais destinos turísticos do mundo”. Dá mesmo! É só olhar o folder ou cartaz abaixo, divulgando uma das cidades que irá sediar a Copa 2014.




O povo é tão criativo que até já propôs
a confecção de uma camisinha verde e amarela
ao Ministério da Saúde, já que, quando da
Copa 2014, a população flutuante de
profissionais ou iniciantes do sexo deverá,
provavelmente, flutuar mais do que balão
em noites de São João. E haja fogos!
Jogos, gozos...



Afinal, qual é mesmo o lema?

Em tempo!


Eu e mais cento e poucos milhões – pelo menos no Brasil – de pessoas estão a especular a justificativa que teria para a cor vermelha do número 4 no 2014 da logomarca da copa a ser realizada na Terra dos Papagaios. Seria a cor do Partido dos Trabalhadores? O símbolo, embora estilizado, do socialismo, que é uma foice e um martelo? Ou, ainda, uma alusão ao símbolo de solidariedade aos portadores do vírus HIV e aos doentes de AIDS? Para descobrir, ou chamamos Hercule Poirot, o famoso detetive criado pela escritora britânica Agatha Christie (1890 - 1976) ou criamos o bordão: Pergunte pro Lula!



Pela estrada afora...





DE UTILIDADE PÚBLICA










DENUNCIE...
(Cidades/capitais, por ordem alfabética,
escolhidas para sediar a Copa 2014 no Brasil)










MINAS GERAIS
Superintendência da PRF:
4ª Superintendência Regional - MG
Praça Antônio Mourão Guimarães, 100
Belo Horizonte. CEP: 32210-170 Tel.:
(31) 3361-5650. Fax: (031) 3333-1584
Telefone do plantão:(31) 3333-2999
Superintendência Regional da
Polícia Federal
R. Nascimento Gurgel, 30, Belo
Horizonte. CEP: 30430-340. Tel.: (31)
3330-5200.
Procuradoria da República
R. Pouso Alto, 15, Belo Horizonte.
CEP 30240-180.Tel.: (31) 2123-9000.
ONGs
Amparo ao Menor Carente
(AMENCAR) - Regional Sudeste.
Centro-Oeste
Atendimento a crianças e adolescentes
vítimas de exploração sexual.
R. Goitacazes, 333, sala 1.101, Belo
Horizonte. CEP: 30190-911.
Tel.: (31) 3213-5606.








DISTRITO FEDERAL
Superintendência da PRF:
1º Distrito Regional - DF
BR 040 Km 01. CEP: 72433-000
Tel.: (61) 394-5112. Fax: (061) 394-5112
Telefone do plantão: (61) 394-3000
Superintendência Regional
da Polícia Federal
SAIS Quadra 7, lote 23, Setor Policial
Sul, Brasília. CEP: 70610-901.
Tel.: (61) 345-9500.
Procuradoria da República
SGAS 604, lote 23, Setor de Grandes
Áreas Sul, Brasília. CEP: 70200-640.
Tel.: (61) 313-5115.
ONGs
Centro de Referência, Estudos
e Ações sobre Crianças e Adolescentes
(CECRIA)
Av.W/3 Norte, Quadra 506, Bloco C,
mezanino, lojas 21 e 25, Brasília.
CEP: 70740-503. Tel.: (61) 274-6632.









MATO GROSSO
Superintendência da PRF:
2ª Superintendência Regional - MT
R. Joaquim Murtinho,1400 -Cuiabá - MT
CEP:78020-830 Tel.: (65) 619-3000.
Fax: (065) 624-9244
Telefone do plantão: (65) 322-0005
Superintendência Regional da
Polícia Federal
Av. Rubens de Mendonça, 909, Cuiabá.
CEP: 78008-000. Tel.: (65) 614-5600.
Procuradoria da República
R. Osório Duque Estrada, 107 - Araés,
ed. Capital, 2º andar, Cuiabá.
CEP: 78005-720. Tel.: (65) 612-5000.
ONGs
Centro de Organização e Defesa
dos Direitos da Criança e do
Adolescente
Av. Historiador Rubens de Mendonça,
s/n, Centro de Cidadania, sala 7,
Cuiabá. CEP: 78008-170.
Tel.: (65) 321-7926.









PARANÁSuperintendência da PRF:
7ª Superintendência Regional - PR
Av..Victor Ferreira do Amaral, 1500 -
Curitiba CEP: 82800-000 Tel.: (41)
3267-4446. Fax: (041) 3267-4446
Telefone do plantão: 191
Superintendência Regional
da Polícia Federal
R. Ubaldino do Amaral, 321, Curitiba.
CEP: 80060-190. Tel.: (41) 360-7500.
Procuradoria da República
R. 15 de Novembro, 608, Curitiba.
CEP: 80020-310. Tel.: (41) 219-8700.
ONGs
Centro de Convivência Menina
Mulher - CCMM
Atendimento a crianças e adolescentes
vítimas de exploração sexual.
R. Eugênio Parolim, 244, Curitiba.
CEP: 80220-340. Tel.: (41) 3027-7828.









CEARÁ
Superintendência da PRF:
16ª Superintendência Regional - CE
BR 116 Km 08. CEP: 60864-190
Tel.: (85) 295-3022. Fax: (085) 295-3256
Telefone do plantão: (85) 295-3591
Superintendência Regional
da Polícia Federal
R. Dr. Laudelino Coelho, 55, Fortaleza.
CEP: 60415-430.Tel.: (85) 277-4900.
Procuradoria da República
R. João Brígido, 1.260, Fortaleza.
CEP: 60135-080. Tel.: (85) 3266-7300.
ONGs
Associação Curumins
Atendimento a vítimas de violência.
R. Cel. Manuel Jesuíno, 112, Fortaleza.
CEP: 60175-270. Tel.: (85) 263-2172.
Associação Nacional de
Centros de Defesa da Criança
e do Adolescente -ANCED
R. Deputado João Lopes 83, Fortaleza.
CEP: 60060-130.Tel.: (85)253-0034.
Bem-Estar Familiar no Brasil -
BEMFAM
Atendimento a vítimas de violência.
R. Barão do Rio Branco, 1.985,
Fortaleza.
CEP: 60025-062. Tel.: (85) 252-5192.









AMAZONAS
Superintendência da PRF:
3º Distrito Regional - AM
Rua Recife, 2479. CEP: 69050-030
Tel.: (92) 642 3625. Fax: (092) 648
6520
Telefone do plantão: (92) 615 4850
Superintendência Regional
da Polícia Federal
Av. Domingos Jorge Velho, 40, Manaus.
CEP: 69042-470.Tel.: (92) 655-1525.
Procuradoria da República
Av.André Araújo, 358, Manaus.
CEP: 69060-000.Tel.: (92) 611-3180.








RIO GRANDE DO NORTE
Superintendência da PRF:
15ª Superintendência Regional - RN
Av. Bernardo Vieira. CEP: 59051-005
Tel.: (84) 203-1550. Fax: (084) 203-1551
Telefone do plantão: (84)203-1555
Superintendência Regional da
Polícia Federal
Av. Interventor Mário Câmara, 3.000,
Natal. CEP: 59074-600.
Tel.: (84) 205-2255.
Procuradoria da República
Av. Deodoro da Fonseca, 743, Natal.
CEP: 59020-600. Tel.: (84) 221-3814.
ONGs
Bem-Estar Familiar no Brasil -
BEMFAM
Atendimento a vítimas de violência.
R. Potengi, 737, Natal. CEP: 59020-030.
Tel.: (84)202-4400.
Casa Renascer
Atendimento a vítimas do turismo sexual.
R. Ana Neri, 345, Natal. CEP: 59020-
040. Tel.: (84) 211-1555.
Centro Brasileiro de Informação
e Orientação da Saúde Social
(CEBRAIOS) - Casa Renascer
R. Ana Néri, 345, Natal. CEP: 59020-040.
Tel.: (84) 2111555.








RIO GRANDE DO SUL
Superintendência da PRF:
9ª Superintendência Regional - RS
Av. A. J. Renner, 2701 – Porto Alegre
CEP: 90250-000 Tel.: (51) 3375-9700.
Fax: (51) 3375-9791
Superintendência Regional
da Polícia Federal
Av. Ipiranga, 1.365, Porto Alegre.
CEP: 90160-093. Tel.: (51) 3235-9000.
Procuradoria da República
Praça Rui Barbosa, 57, Porto Alegre.
CEP: 90030-100. Tel.: (51) 3284-7200.
ONGs
Centro de Defesa da Criança e
Adolescente Bertholdo Weber
Atendimento a crianças e adolescentes
vítimas de maus-tratos.
R. São Pedro, 968, São Leopoldo.
CEP: 93010-260. Tel.: (51) 592-1689.









PERNAMBUCOSuperintendência da PRF:
11ª Superintendência Regional - PE
Av.Antônio de Góes, 820 - Pina/Recife.
CEP: 51010-900 Tel.: (81) 3303-6600.
Fax: (081) 3303-6640
Telefone do plantão: (81) 3303-6623
Superintendência Regional da
Polícia Federal
Av. Cais do Apollo, 321, Recife.
CEP: 50030-230. Tel.: (81) 3425-4000.
Procuradoria da República
Av. Gov.Agamenon Magalhães, 1.800,
Recife. CEP: 51020-170. Tel.: (81)
2125-7300.
ONGs
Centro Dom Helder Câmara de
Estudos e Ação Social - CENDHEC
Atendimento jurídico a adolescentes
vítimas de violência.
R. Gervásio Pires, 921, Recife. CEP:
50050-070. Tel.: (81) 3222-6177/0378.
Centro das Mulheres do Cabo - CMC
Atendimento em casos de violência
doméstica e exploração de crianças.
R. Padre Antônio Alves, 20, Recife.
CEP: 54500-000. Tel.: (81) 3524-9170 /
3524-9162.
Coletivo Mulher Vida
Av. Ministro Marcos Freire, 4.243,
Olinda. CEP: 53040-010.
Tel.: (81) 3431-1196 / 3431-5777.
R. João Cardoso Aires, 1.005, Boa
Viagem. CEP: 51130-300.
Tel.: (81) 3341-7926 / 3461-9680.
Associação das Mulheres de
Nazaré da Mata - AMUNAM
R. Cel. Manoel Inácio, 129, Nazaré da
Mata. CEP: 55800-000. Tel.: (81) 3633-
1008.
Instituto Latino-Americano de
Promoção e Defesa dos Direitos
Humanos - ILADH
Assistência a vítimas de tráfico de seres
humanos.
Av. Dantas Barreto, 512, sala 1.008,
Recife. CEP: 50010-360.
Tel.: (81) 3224-2903.








RIO DE JANEIRO
Superintendência da PRF:
5ª Superintendência Regional - RJ
Endereço: Rodovia Presidente Dutra,
Km.163 Rio de Janeiro. CEP: 21240-000
Tel.: 21 3371 6812. Fax: 21 2489-0627
Telefone do plantão: (21) 2471-6111
Superintendência Regional da
Polícia Federal
Av. Rodrigues Alves, 1, 3º andar, Rio de
Janeiro. CEP: 20081-250. Tel.: (21)
3213-1400.
Procuradoria da República
Av. Nilo Peçanha, 23 e 31, Rio de Janeiro.
CEP: 20020-100. Tel.: (21 ) 2107-9300.
ONGs
Instituto Brasileiro de Inovações
em Saúde Social - IBISS
Av. Marechal Camara, 350, sala 807,
Rio de Janeiro. CEP: 20020-080.
Tel.: (21) 2232-3082 / 2252-4458.
Projeto Trama
Largo São Francisco Nº 34, 7º andar.
Centro – Rio de Janeiro /RJ
CEP: 20051-070 Tel.:(21) 2507-6464
Bem-Estar Familiar no Brasil -
BEMFAM
Atendimento a vítimas de violência.
Av. República do Chile, 230, 17º andar,
Rio de Janeiro. CEP: 20031-170.
Tel.: (21) 3861-2400.








BAHIA
Superintendência da PRF:
10ª Superintendência Regional - BA
Av. Frederico Pontes, 151.
CEP: 40460-000 Tel.: (71) 254-2200.
Fax: (071) 241-3987
Telefone do plantão: (71) 254-2201
Superintendência Regional
da Polícia Federal
Av. Oscar Pontes, 339, Salvador.
CEP: 40460-130.Tel.: (71) 319-6000.
Procuradoria da República
Av. Sete de Setembro, 2.365, Salvador.
CEP: 40080-002. Tel.: (71) 3338-1800.
ONGs
Centro de Defesa da Criança e do
Adolescente Yves de Roussan -
CEDECA
Atendimento a crianças
e adolescentes.
R. Conceição da Praia, 32, Salvador.
CEP: 40015-250.
Tel.: (71) 321-5196 / 3326-9878.
E-mail: cedeca@cedeca.org.br
Centro Humanitário de Apoio
à Mulher - CHAME
Desenvolve pesquisas e prevenção
ao tráfico de seres humanos.
R. do Cabeça, 10, ed. Marques de
Abantes, sala 607, Salvador. CEP:
40060-230. Tel.: (71) 321-9166.









SÃO PAULO
Superintendência da PRF:
6ª Superintendência Regional - SP
R. Engenheiro Ciro Soares de Almeida,
150-SP CEP:02167-000 Fone: (11)
6095 2300. Fax: (11) 6095 2340
Telefone do plantão: (11) 6095 2341
Escritório de Combate e Prevenção
ao Tráfico de Seres Humanos do
Estado de São Paulo
Assessoria jurídica a vítimas e oficinas
de sensibilização e conscientização.
Páteo do Colégio, 184, sala 22, São Paulo.
CEP: 01016-040. Tel.: (11) 3241-4291.
Superintendência Regional da
Polícia Federal
R. Hugo D’Antola, 95, São Paulo.
CEP: 05038-090. Tel.: (11) 3616-5000.
Procuradoria da República
R. Peixoto Gomide, 768, São Paulo.
CEP: 01409-904. Tel.: (11) 3269-5000.
ONGs
Serviço à Mulher Marginalizada -
SMM
R. Samuel Brenner, 13, São Paulo.
CEP: 01122-040.
Tel.: (11) 3228-4955 / 3228-6097.
Associação Brasileira de Defesa
da Mulher, da Infância e da Juventude
- ASBRAD


Fonte: Documento Tráfico de pessoas
para fins de exploração sexual, da OIT,
2ª edição, 2006.











Nathalie Bernardo da Câmara

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

UM SORRISO ALÉM DO TEMPO


“Pintar é libertar-se, e isso é o essencial...”.

Pablo Picasso (1881- 1973)
Pintor espanhol


Na semana em que se comemora o Dia Nacional do Pintor, 18 de outubro, homenageio o italiano Leonardo da Vinci, nascido no dia 15 de abril de 1452, que viveu praticamente toda a sua vida na Itália, embora, em 1516, tenha aceitado o convite do rei da França Francisco I, se transferindo para uma das propriedades do monarca, o castelo de Cloux, atualmente Clos-Lucé, perto de Amboise, onde veio a falecer no dia 2 de maio de 1519.

A sua tela mais polêmica, La Joconde, também conhecida por Monna Lisa, pintada, ao que tudo indica, entre 1503 e 1505, foi adquirida pelo rei e é tida como a mais célebre do planeta. Pintada a óleo e com 53 centímetros de altura por 43 de largura, La Joconde encontra-se, hoje, no Museu do Louvre, onde tive o prazer de conhecê-la e, apesar de ser proibido, fotografá-la. O surpreendente, contudo, foi tomar conhecimento de que Leonardo não tinha sido apenas pintor.

Em visita ao castelo de Cloux, transformando em museu, tive o privilégio de conhecer algumas das maquetes de invenções concebidas por Leonardo. Engenheiro, arquiteto e cenógrafo, ele foi responsável por inventos militares, marítimos, hidráulicos, mecânicos e aeronáuticos, entre outras descobertas – fato que, até hoje, muita gente desconhece –, sendo, por seus feitos, considerado o maior de todos os gênios da História da civilização humana.

Nathalie Bernardo da Câmara



segunda-feira, 17 de outubro de 2011

RATOS E HOMENS


“Se tens um coração de ferro, bom proveito;
o meu fizeram-no de carne e sangra todo dia...”.

José Saramago (1922 - 2010)
Escritor português



Definitivamente, diferentemente da jovem alemã judia Anne Frank (1929 - 1945) – em seu pungente diário, redigido durante a Segunda Grande Guerra Mundial (1939 - 1945), quando a sua família sofreu perseguições sistemáticas dos nazistas, ela narrou detalhes das atrocidades cometidas pelo ditador alemão Hitler (1889 - 1945), um dos maiores psicopatas da História da dita humanidade –, eu não acredito na bondade humana...

Ao longo da minha vida, contudo, iludida pela ingenuidade e generosidade do meu coração poético, eu até acreditava que o ser dito humano era capaz de ações edificantes. Infelizmente – não faz muito tempo –, descobri a maldade, cruel. Não a maldade deliberada, aquela cometida conscientemente por mentes de natureza perversa, mas a maldade decorrente de gestos supostamente imbuídos de boas intenções, em nome do amor.

Ora! O nome já diz: amor deveria gerar vida. Infelizmente, há o amor obsessivo. Eu, particularmente, não quero esse tipo de amor para mim. É repulsivo, sobretudo quando ele provoca danos irreversíveis na vida do objeto amado, não importa a natureza da relação. Afinal, quem ama não deve fazer o mal, mas o bem. Caso contrário, fere. E ferida dói. O tempo passa, assim como as estações. Só a dor não passa. E o coração sangra, vergando de dor...

O fato é que ninguém enfarta só porque o colesterol está alto não. Pode enfartar por tristeza, desgosto, infelicidade, ressentimento, ódio... Pode morrer, sobretudo, por saudade! E saudade não se cura com intervenções cirúrgicas. Cirurgias curam feridas, legando cicatrizes que apenas ressaltam a dor. Como muito bem o disse a humanista norte-americana Rose Kennedy (1890 - 1995), nem o tempo cura a dor. As feridas permanecem lá, gritando.

Segundo ela, a dor pode até diminuir, mas nunca desaparece... Afinal, existem dores incomensuráveis, provocadas por excesso de amor. Infelizmente, tem gente que acha que, por amar, tem direito de posse do ser que diz amar, muitas vezes, inclusive, chegando a interferir em sua vida, embora ninguém seja propriedade de outrem. Só que o amor egoísta não pensa assim e vira algoz do ser que diz amar – vítima em potencial do sentimento narcisista que o oprime.

Na verdade, o amor egoísta só pensa em seu sentimento doentio e, dependendo da gravidade dos seus atos, pode gerar sequelas inimagináveis na vida da sua vítima, que precisa de muita sanidade, física e mental, para não sucumbir, já que a sensação que se tem é a de uma traição, mesmo não tendo sido essa a intenção, porque o amor egoísta é autoritário, agindo sob as suas próprias leis, já que desconhece as leis do coração e, muitas vezes, as jurídicas.

O pior é que, nos dias de hoje, contrariando uma das fábulas do elefante e da formiga, quem vence o embate não é o diálogo, mas o peso da arrogância, a do amor egoísta. Sem falar que vivemos em uma sociedade majoritariamente cristã – não conheço um cristão que não veja no sofrimento uma virtude, como se isso fosse, digamos, uma condição sine qua non para a conquista do perdão dito divino por eventuais pecados cometidos.

O mais grave disso tudo é que, segundo o cristianismo, temos de perdoar o nosso algoz. Quanta sandice! De qualquer modo, deixa para lá. Cada um sabe de si. Daí que, para concluir esta postagem, cito o teólogo e historiador alemão Karlheinz Deschner:

“Cada vez que ouço um cristão falar de moral, sinto revoltar-me o estômago...”.

Nathalie Bernardo da Câmara




domingo, 16 de outubro de 2011

CALA A BOCA, BEM-TE-VI!



“Os poemas são pássaros que chegam não se sabe de onde e pousam no livro que lês...”.
(1906 - 1994)
Poeta brasileiro


Pássaro, o que você viu que eu não vi para cantar tão profundamente?
Mas... Justo às 4h da madrugada, quando se está em sono profundo (hoje eu estava, combatendo uma insônia), é barra! Para não dizer outra coisa. Pior! Acordando a gente. E leve os seus amigos boêmios para bem longe, porque também vivem cantando. Não tirem onda, como diria o meu queridíssimo poeta gaúcho Mário Quintana, caso ainda fosse vivo. Felizmente, caiu a chuva e vocês - a trupe toda - foram embora...

Nathalie Bernardo da Câmara



quinta-feira, 6 de outubro de 2011

ONDE FOI PARAR A LANTERNA?*


“Se a luz é o primeiro amor da vida, não será o amor a luz da vida?”.

Balzac (1799 - 1850)
Escritor francês


Por Públio José
Jornalista Brasileiro




Os tempos antigos nos encantam com a história de um homem que deu uma demonstração impressionante de lucidez num momento tempestuoso da vida de um povo. Os tempos eram de escuridão. Principalmente na mente dos homens, das elites, dos cabeças pensantes. Escuridão de idéias, escuridão nos costumes, nas práticas políticas, econômicas, sociais e familiares. A bagunça imperava nesse período. Apesar disso, as elites não relaxavam no que elas sabem fazer muito bem: levar vantagem. Os ricos ficavam cada vez mais ricos e os pobres cada vez mais pobres, enquanto honestidade e outros nobres atributos eram mercadoria rara. O chique nessa época era ser sabido, perspicaz. (Por acaso, alguma semelhança em tal cenário com os dias de hoje?) Homem de princípios, e sabedor de que não se pode oprimir os menos favorecidos eternamente, ele pensava. Onde estava a solução? Como contribuir para mudar as coisas?

O terremoto social se aproximava das elites, porém elas não estavam nem aí. Como alertar aquelas lideranças desmioladas de que não se brinca com a dor coletiva de um povo? A quem recorrer? Com quem interagir na busca de um projeto que contemplasse a todos com o fruto das riquezas do trabalho coletivo? Recolhido ao seu espaço doméstico, indagava, preocupado, até onde aquela situação subsistiria. Em qual momento sobreviria o caos, o choque ensandecido das massas sofredoras com as elites alheias aos problemas que estavam criando. De quem estamos falando? Diógenes era seu nome. Rabugento, circunspecto, grego de Atenas, discípulo de Antístenes - o fundador da Escola dos Cínicos – viveu em 437 a 375 a.C. Era amante da natureza e um desprendido em termos materiais. Desprezava as riquezas e as convenções sociais. Sua visão de vida era libertar-se dos desejos e reduzir as necessidades ao mínimo.

Tudo leva a crer, pelo seu pensar, pela engenharia interior que formava seu caráter, pela sua constituição intelectual, que era um homem profundamente preocupado com os anseios dos menos favorecidos. Um escultor, enfim, da virtude, da decência, da moralidade. Certo dia, diante de um turbilhão de sentimentos, e num ápice de intensa reflexão, saiu pelas ruas de Atenas, em plena luz do dia, com uma lanterna na mão. Acesa! Ação fulminante. As raposas, as dondocas, os dândis, os sanguessugas ficaram estupefatos. Um homem sábio, íntegro, com uma lanterna acesa na mão – em plena luz do dia! Estaria louco? A resposta, de uma lógica chocante, veio depois de muita indagação, depois de ter espicaçado a curiosidade, principalmente, dos poderosos: “Estou à procura de um homem honesto”. Recado transmitido, missão cumprida, recolheu-se satisfeito. Estou me utilizando da história de Diógenes para me reportar ao que se passa em nosso país.

Os costumes, os hábitos, as práticas de nossas lideranças precisam de um choque de moralidade. Precisamos urgentemente de uma nova lanterna, de um novo Diógenes que invada as mentes dos homens levando a luz da racionalidade, das decisões em benefício do povo. A lanterna de Diógenes precisa iluminar os espaços legislativos, governamentais, jurídicos, para clamar em favor dos pobres. A estrutura interior das nossas lideranças precisa passar por uma reciclagem, por uma nova onda de lucidez. Porque, atualmente, o que vemos? Falta de pudor público, exame superficial das questões sociais, desvios de verbas públicas, cinismo coletivo, crimes de toda ordem. Meu Deus, onde vamos parar? Estamos todos perplexos com o cenário atual, no qual a grande maioria dos agentes públicos está crucificando as instituições – simplesmente para levar vantagem. Onde estará Diógenes? Onde guardou sua lanterna? Dióóóógeeeneeesss!


* A ilustração e a epígrafe foram escolhas minhas.

Nathalie Bernardo da Câmara 
 

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

O ESPÓLIO DE UM PSICOPATA


“De fato, a palavra falada, por motivos psicológicos, é a única força capaz de provocar grandes revoluções...”.

(1889 - 1945)
Ditador alemão


Segundo informações do G1, baseadas, por sua vez, na Globo News, o Museu de Tolerância de Los Angeles, nos Estados Unidos, “começou a exibir uma carta inédita de Adolf Hitler, datada de 1919. O documento mostra que o ódio pelos judeus já fazia parte do mentor do holocausto desde que ele era apenas um cabo do Exército alemão. A veracidade da carta, de quatro páginas, assinada por Hitler, na época um sobrevivente da 1ª Guerra Mundial, foi comprovada por um especialista em caligrafia. Na carta, o futuro ditador alemão afirma que um governo poderoso poderia reduzir a ameaça dos judeus se negasse a eles os seus direitos. Mas o objetivo final seria a eliminação de todos os judeus juntos. Sobreviventes do holocausto foram os primeiros a ver a carta exibida no museu”.

Fico a me perguntar: Quem encontrou o referido documento? E quando, já que só agora ele se tornou público? Ah! E de qual revolução falou Hitler? Afinal - todos sabem -, o que ele promoveu foi um genocídio. E não somente contra judeus. Os campos de concentração, ou melhor, de extermínio humano, falam por si só...

Nathalie Bernardo da Câmara


domingo, 2 de outubro de 2011

PASSANDO UM RECADO...


“Queremos aumentar a consciência pública sobre esta doença [mucopolissacaridose] e prestar apoio e informação as famílias que lidam com este diagnóstico devastador...”.

Instituto Eu Quero Viver


Outro dia, recebi um release que me foi encaminhado por Bárbara Ferraz, da Agência de Notícias do Terceiro Setor, para leitura e eventual publicação. O tema? Mucopolissacaridose - MPS, que, segundo informações fornecidas pelo site Instituto Eu Quero Viver, presidido pela atriz brasileira Bianca Rinaldi desde maio de 2011, é uma doença genética, rara e progressiva causada por uma deficiência enzimática. Abaixo, portanto, a logomarca da instituição e um texto que veio anexado ao release.


Nathalie Bernardo da Câmara



Brasil, um país de incoerências





Por Eduardo Menga
Empresário e executivo argentino da Advantage Brasil e voluntário do Instituto Eu Quero Viver


Nem vou discutir as incoerências absurdas como, por exemplo, a dedicação de um vereador, sem função, buscando a aprovação do "dia do orgulho hétero" como se alguém, nesta terra, chegou a sofrer qualquer tipo de preconceito por não ser gay.

Ou os ensinamentos religiosos de líderes de igrejas e a não aplicação prática destes.

Os pré-julgamentos, de importantes assuntos, com total desconhecimento por parte de vereadores, deputados e ministros, que nos representam e conduzem este país por meio dos mapas da manipulação e dos interesses próprios. Assim como as determinações legais impostas pelos juízes da União e que sem punição, não são cumpridas pelos representantes do governo, como se nada tivesse acontecido.

Sendo um pouco mais específico, faço para você leitor a seguinte pergunta:

Você sabe qual é um dos motivos que um tratamento, por mais caro que possa custar para um paciente, mesmo que provado ser este um medicamento efetivo, não faz parte da lista do SUS?

"Porque não se tem um número suficiente de portadores" é o que você vai ouvir do Ministério da Saúde. Ou seja: precisamos de mais doentes para conseguir que um tratamento de mais de R$ 50 mil por mês faça parte da lista do SUS.

Isto é uma incoerência ou não?

O SUS, sistema público de saúde, foi criado em 1988 pela Constituição brasileira e tem como tripé de sustentação a universalidade, integralidade e equidade.

A universalidade determina que todos os cidadãos devem ter acesso aos serviços e cuidados da saúde, sem qualquer forma de discriminação, com relação à cor da pele, renda, classe social, sexo ou qualquer outra variável.

A integralidade estabelece que a saúde do cidadão, entre outras coisas, tenha acesso e qualidade dos serviços de saúde, com direito ao pleno e completo cuidado, incluindo prevenção, tratamento e reabilitação.

E finalmente a equidade declara que as políticas da saúde devem estar orientadas para a redução das desigualdades entre os indivíduos e grupos populacionais.

Então por que tanta dificuldade para se evitar as mortes que têm ocorrido?

Divergência ou vontade política? As favas com isso! Pura Incoerência quando estamos falando de vidas.

Quanto tempo e dinheiro os portadores e seus familiares das doenças genéticas, raras e degenerativas terão que gastar em processos judicias contra o governo?

E quanto dinheiro está sendo "gasto" pelo próprio governo com as compras feitas via distribuidoras nacionais, quando o medicamento poderia ser comprado diretamente do fornecedor estrangeiro? E por que o não cumprimento de uma determinação judicial não é punido como estabelece a lei (a lei determina prisão ao infrator)?

Claro que são respostas que nunca iremos saber, até o dia em que o paciente seja o filho de um político influente.

Enquanto isso, a população morre ou se mobiliza como pode, como é o caso do "Instituto Eu Quero Viver, criado e presidido pela atriz Bianca Rinaldi, não porque ela tenha um filho doente, pois não tem ninguém na família com problemas dessa grandeza, mas pela indignação ao ver como os portadores de Mucopolissacaridose, por exemplo, estão invisíveis aos olhos da sociedade enquanto imploram por aquilo que é constitucionalmente um direito: VIVER!

Hoje, por meio do seu site, o "Instituto Eu Quero Viver", que tem como principal missão angariar fundos para apoiar as investigações de tratamentos inovadores e possíveis curas de doenças genéticas, melhorando a qualidade de vida dos portadores e de suas famílias, procura apoio da sociedade com um abaixo assinado, que será encaminhado ao Ministro da Saúde, solicitando a inclusão dos medicamentos para o tratamento da Mucopolissacaridose na lista do SUS.

A petição precisa de mais de um milhão de assinaturas para "sensibilizar" o Ministério da Saúde e seu conselho, mas todo esse trabalho e energia poderiam ser economizados se o próprio governo cumprisse o que determina a Constituição.

A solução é simples assim!

Assine você também a petição: http://www.newsdoplaneta.com.br/



sábado, 1 de outubro de 2011

1º DE OUTUBRO: DIA NACIONAL DO IDOSO


“O segredo de uma velhice agradável consiste apenas na assinatura de um honroso pacto com a solidão...”.

Gabriel García Marquez
Escritor colombiano
Prêmio Nobel de Literatura (1982)


Segundo o Blog do Paraíso, do jornalista brasileiro José Roberto Paraíso, o Dia Nacional do Idoso, que antes era celebrado no Brasil em 27 de setembro – no mundo em 1º de outubro –, desde o dia 28 de dezembro de 2006, quando o então presidente Lula sancionou a lei 11 mil e 433, alterou o Dia Nacional do Idoso para a data de publicação do Estatuto do Idoso, ou seja, 1º de outubro, embora muitos desconheçam esse fato: “A culpa dessa confusão, diz o jornalista, é do Governo Federal, que não está cumprindo a lei que mudou o dia do idoso, pois, segundo a lei, cabem aos ‘órgãos públicos responsáveis pela coordenação e implementação da Política Nacional do Idoso, a promoção, a realização e a divulgação de eventos que valorizem a pessoa do idoso na sociedade. Se os órgãos estivessem fazendo isso, com certeza estaria popularizado entre jornais e entidades dos idosos” a data certa a ser comemorada.


Enquanto isso...





Estatuto do idoso

Lei nº 10.741, de 1º de outubro de 2003






16 de agosto de 2011




Vetando o artigo da Lei de Diretrizes Orçamentárias - LDO, que previa reajuste acima da inflação a aposentados e pensionistas do INSS que recebem benefício com valor superior ao do salário mínimo, la presidenta Dilma Rousseff provocou uma reação curiosa em Belo Horizonte. Contra o veto, no dia 6 de setembro, aposentados distribuíram sardinhas assadas aos transeuntes que passavam por uma das avenidas mais movimentadas da capital mineira.




De acordo com o jornal Hoje em dia, o presidente do Sindicato dos Aposentados, Carlos Moreira de Abreu, declarou: — O Governo está agindo como se fosse um tubarão e nós somos engolidos como sardinhas. O pior é que o golpe não parou por aí. A intenção de la presidenta e dos seus nobres conselheiros é a de aumentar ainda mais o tempo de serviço dos trabalhadores.


Eu só espero que a declaração abaixo seja uma ironia...



Haja indignação! O jornalista brasileiro José Roberto Paraíso disse: — O que se podia esperar no país aonde o aposentado [já] foi chamado de vagabundo pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso?



No Brasil das desigualdades...


“A consciência do homem comum mora no bolso. Eis tudo...”.

Monteiro Lobato (1882 - 1948)
Escritor brasileiro


Nathalie Bernardo da Câmara