quinta-feira, 18 de março de 2010

A POESIA FAZ-SE NECESSÁRIA?



A poesia é algo mais filosófico e mais nobre do que a História...”.

Aristóteles (384 - 322 a.C), filósofo grego


Tentarei responder a questão apresentada traduzindo e transcrevendo uma passagem de um texto escrito pelo sociólogo francês Edgar Morin sobre o amor, encontrado em seu livro Introdução a uma política do homem, cuja edição que disponho foi publicada em 1969 pela editora Éditions du Seuil. Afinal, não ando inspirada nem com motivação para escrever. O que dirá refletir sobre a poesia e, aproveitando o ensejo, nem mesmo sobre o amor...

Nathalie Bernardo da Câmara


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O AMOR



(...) O amor (e eu não busco aqui interrogar as suas fontes, os seus componentes, as suas formas diversificadas) é a experiência fundamentalmente positiva do ser humano. Ela é a única reação imediata (não resposta) à angústia; a única reação imediata (não resposta) à morte. Se o amor não se fecha na possessividade; se ele não se fixa no fetiche e se manifesta seu caráter oblativo (de alguma forma o dom, a troca supera ou domina a possessão), é ressentido como comunicação e autenticidade, poesia e verdade. O amor porta em si uma fantástica virtude, que demanda se desvencilhar dos seus entraves, a transbordar a esfera da vida privada na qual ele é limitado e intensificado, entregando-se à espécie e ao mundo... (...)

E. M.

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