sábado, 19 de novembro de 2011

BRASIL: CAMPO DE PESQUISA


“Brasília... Uma prisão ao ar livre...”.
 (1920 -1977)
Escritora brasileira, nascida na Ucrânia


Se há algo que me causa nojo e revira o meu estômago é a barata. Há certos humanos que eu até engulo, consigo perdoar, mas, barata, é algo inaceitável! Dá até motivo para terapia. E não sei onde vi, mas, segundo eu soube, a barata, o escorpião e a tartaruga são as três únicas espécies que remontam à época dos dinossauros. Tudo passa! Menos eles... Dos três, só aprecio a tartaruga, mas escorpião, barata... Nem coragem eu tenho para matar uma barata, devido o mau cheiro, quando ela é esmagada. É nojo, mesmo! Não passo nem perto de Clarice Lispector, que, um dia, audaciosamente, matou uma barata e comeu a sua gosma – ficcionalmente falando – em um dos seus livros. Nojento! Coisa de terceiro mundo. Afinal, só como exemplo, quando vivi em Paris, nunca vi uma, bem como nunca vi uma mosca. Afinal, a barata é asquerosa. E Clarice só podia ter delirado para escrever uma ficção tão grotesca – o pior é que o livro A Paixão segundo GH, publicado em 1964, onde ela se deleita com uma barata, é considerado uma das suas obras primas. Não recomendo. No entanto, falando em barata, temos, hoje, um novo Lula, igualmente parasita, mas que está com câncer – nessas horas, todos se compadecem... Exemplo? Um chargista, que eu adoro, sempre opositor de Lula e do PT, sempre presente neste blog, mas que, ao saber da doença do ex-presidente, declarou, embora errando na pontuação e na escrita:



Mudando radicalmente de assunto... Quem assiste TV? Já viram a quantidade de propaganda de carros, novos lançamentos e linhas, desinfetantes e perfumes franceses? Quem consome tudo isso? Muda-se de carro, agora, por exemplo, a cada mês? Quanto as bactérias... Deixem as bichinhas! Vamos interagir e adquirir imunidade. No quesito perfume, embora tenha nascido em Paris, fico com o meu, exclusivamente brasileiro, há mais de vinte anos. Só não digo a marca para não fazer propaganda de graça. O que me incomoda, contudo, são os carros – a arma que mais anda matando. Os motoristas, incorporando o espírito de Airton Senna, pegam pesado e, aí, é cada um por si. Dois exemplos disso? Brasília e Natal, sem falar de São Paulo. Não existe mais como escoar tal quantidade de veículos. E os acidentes no trânsito? Ninguém respeita faixa de pedestres, com exceção de Brasília. Lá, dá cadeia para o motorista que não respeitar uma. Porém, no Brasil afora, faixa de pedestre é um zero à esquerda. Tinham é que colocar lombadas eletrônicas, multando os incautos por seus deslizes, sem direito a favores nos DETRANS da vida. Quer um carro? Pode pagar por ele? Compre, mas, antes, faça um teste psicológico, para saber se tem condições de pegar uma direção. Faça terapia. Afinal, quem mais mata, hoje, são acidentes de trânsito. Alguma dúvida?
 
Nathalie Bernardo da Câmara
 
 

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