LÁGRIMAS DE CEDRO
Em época de pandemia,
flagelo mundial,
quarentena é
cantilena
de origem medieval.
Sistema de criação
de bovinos,
confinamento, no
caso, de humanos,
é muito mais do que tragédia,
causando infinitos danos.
Isolamento social, então?!
– atalho para a
depressão.
Que o digam os misantropos,
sem ponto de intercessão.
Postas assim as
restrições,
um termo quiçá
indulgente,
retiro domiciliar
espera uma cura
urgente.
No mandato do vírus
atroz,
temos de nos
proteger:
ficar em casa é a
opção
– ensaio para sobreviver.
E ignorar um sem
noção,
igualmente bestial,
que de carona no
corona,
ficou ainda mais
letal.
No charco que ora arrebenta,
óbitos marcham em torrente,
soterrando, de fila em fila,
um sonho belo e inocente.
Só que no teatro da vida,
retiro aperta mais do que anel.
E se for para contar histórias,
que o seja a de um cordel.
Nathalie
Natal (RN), durante retiro domiciliar em 2020,
ano em que uma pandemia assolou o planeta Terra.
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