“O uso de plantas
medicinais faz parte do conhecimento tradicional da humanidade e desde os
tempos mais remotos vem sendo utilizada na prevenção e tratamento de seus
males. O resgate desses valores culturais aliado aos conhecimentos científicos
é recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS)” - Walter Radamés
Accorsi, professor da Escola Superior Luiz de Queiroz - ESALQ/USP.
Todo domingo, na
feira, uma de Natal, dita popular, é uma surpresa ou fico sabendo de uma
novidade: a de hoje, foi demais! Ou de menos. Saí em busca de um ramo de arnica
para fazer uma infusão com álcool de cereais, igualmente medicinal, usado,
inclusive, pela homeopatia, da qual sou adepta desde criança. Detalhe, por
possuir substâncias tóxicas, a única arnica que pode ser ingerida, via
oral, pois a família é grande, é a Montana – arnica é adstringente; analgésica; anti-inflamatória; antiespasmódica, estimulante circulatório; é hipotensora;
sedativa; tônico cerebral etecetera, ou seja, uma das maravilhas da natureza: dá uma imunidade incrível! – na última vez em que morei em Brasília, o pessoal
entrava nos ônibus vendendo ramos de arnica. Cansei de comprar os tais ramos.
Então... Chegando à
banca da mangueira, ela disse que não vende mais e que eu não encontraria arnica
nem na feira do Carrasco, que acontece toda quarta-feira, no bairro das
Quintas. Fiquei querendo entender e a senhora ainda disse que, se eu quisesse
arnica, fosse a uma farmácia qualquer, comprá-la em comprimidos. Revoltei-me:
eu sou lá mulher de comprar arnica em comprimido?! Não sou astronauta.
De
volta para casa, pensei em ligar para uma grande amiga farmacêutica, da
Officinalis, que, entre outras fórmulas, produz arnica Montana, para ingerir.
Só que é caro demais! Por isso que queria fazer em casa. E também pensei que,
nos anos noventa, quase não acreditei quando, em Paris, numa rua que dava para
a Praça d’Italie, vi uma vitrine que praticamente estampava toda a floresta
amazônica: eram os mais variados produtos naturais made in Brazil. Sim, tipo copaíba, andiroba e por aí vai...
Na verdade,
a Amazônia não é somente o "refrigerador" do planeta, mas também onde reside toda uma farmacopeia
capaz de curar os males da humanidade. Tanto que, no quesito aroma, reza a
lenda que o segredo do perfume mais famoso do mundo, o Chanel nº 5, veio das
nossas florestas – não sei de nada. Enfim! Ontem, um amigo carioca postou uma
matéria sobre o Camapu, uma planta amazônica com o poder de criar
novos neurônios e ajudar no tratamento do Alzheimer. Que o seja!
Nathalie Bernardo
da Câmara
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