“Há
algo errado num país que proíbe os alimentos orgânicos e libera o veneno...” – Miguel Rossetto, sociólogo brasileiro.
“Em nome
da produtividade, os agrotóxicos estão sendo permitidos...” – Eduardo
Galeano, jornalista e escritor uruguaio, criticando a política agrícola do
Brasil.
“Não
há um único brasileiro que não esteja consumindo agrotóxico. Viramos mercado de
escoamento do veneno recusado pelo resto do mundo...” – Guilherme Franco
Netto, médico, assessor de Saúde Ambiental da Fundação Osvaldo Cruz
(Fiocruz).
“Brasil é recordista mundial no uso de agrotóxicos...”
– Paulo Kliass, especialista brasileiro em Políticas
Públicas e Gestão Governamental e doutor em economia.
Estou
ainda a matutar sobre o “estímulo” que levou os donos de supermercados, que são
empresas privadas, a concordar com a lei que restringe a venda de produtos
orgânicos em seus estabelecimentos... Sim, porque algum benefício os
empresários tiveram, já que os orgânicos são normalmente mais caros do que os
produtos não orgânicos e transgênicos!
Não
estudei direito, não advogo e, até hoje, ainda não tive paciência para ler toda
a Constituição brasileira, a de 1988, claro, supostamente vigente, pois, a cada
dia, os celerados golpistas atropelam a ferro e fogo os seus artigos, mas sei
que a referida lei é inconstitucional e que só foi aprovada com a conivência
dos empresários.
Tal
estímulo, portanto, deve ter sido, por exemplo, a anistia de dívidas de muitos
desses empresários para com o Estado brasileiro, ou quiçá a promessa de isenção
de impostos daqui para frente, ou, ainda, algo parecido – coisa semelhante
aconteceu quando, antes de trocar a Câmara dos Deputados por uma cela de
prisão, passando a ver o sol nascer quadrado, o então famigerado parlamentar Eduardo Cunha, um dos maiores bandidos que já pairou por essas plagas, foi o responsável pela anistia, ou “perdão”, das dívidas dos planos de saúde
para o mesmo Estado brasileiro.
Quando
dizem que o Brasil está descendo ladeira abaixo, digo que já desceu e que,
agora, anda a debater-se num estreito poço profundo, lúgubre e aparentemente
sem fim...
NBC
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