quinta-feira, 5 de julho de 2018

GENOCÍDIO NO BRASIL


“Há algo errado num país que proíbe os alimentos orgânicos e libera o veneno...” – Miguel Rossetto, sociólogo brasileiro.

“Em nome da produtividade, os agrotóxicos estão sendo permitidos...” – Eduardo Galeano, jornalista e escritor uruguaio, criticando a política agrícola do Brasil.

 “Não há um único brasileiro que não esteja consumindo agrotóxico. Viramos mercado de escoamento do veneno recusado pelo resto do mundo...” – Guilherme Franco Netto, médico, assessor de Saúde Ambiental da Fundação Osvaldo Cruz (Fiocruz).

Brasil é recordista mundial no uso de agrotóxicos...” – Paulo Kliass, especialista brasileiro em Políticas Públicas e Gestão Governamental e doutor em economia. 


Estou ainda a matutar sobre o “estímulo” que levou os donos de supermercados, que são empresas privadas, a concordar com a lei que restringe a venda de produtos orgânicos em seus estabelecimentos... Sim, porque algum benefício os empresários tiveram, já que os orgânicos são normalmente mais caros do que os produtos não orgânicos e transgênicos!

Não estudei direito, não advogo e, até hoje, ainda não tive paciência para ler toda a Constituição brasileira, a de 1988, claro, supostamente vigente, pois, a cada dia, os celerados golpistas atropelam a ferro e fogo os seus artigos, mas sei que a referida lei é inconstitucional e que só foi aprovada com a conivência dos empresários.

Tal estímulo, portanto, deve ter sido, por exemplo, a anistia de dívidas de muitos desses empresários para com o Estado brasileiro, ou quiçá a promessa de isenção de impostos daqui para frente, ou, ainda, algo parecido – coisa semelhante aconteceu quando, antes de trocar a Câmara dos Deputados por uma cela de prisão, passando a ver o sol nascer quadrado, o então famigerado parlamentar Eduardo Cunha, um dos maiores bandidos que já pairou por essas plagas, foi o responsável pela anistia, ou “perdão”, das dívidas dos planos de saúde para o mesmo Estado brasileiro.

Quando dizem que o Brasil está descendo ladeira abaixo, digo que já desceu e que, agora, anda a debater-se num estreito poço profundo, lúgubre e aparentemente sem fim...

NBC


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