“A corrupção não é uma invenção brasileira, mas a impunidade
é uma coisa muito nossa...” – Jô Soares,
humorista, escritor, dramaturgo, ator e músico brasileiro.
Há + ou - 37 anos,
apesar das ruas de barro – quando chovia, tudo alagava –, das poucas casas e do
mato, além das mangueiras a perder de vista, morar numa determinada área
pertencente ao bairro de Lagoa Nova, em Natal (RN), era uma tranquilidade... Com
o tempo, essa realidade aos poucos foi mudando, mas, mesmo assim, de certa
forma suportável, até que, não faz muito tempo, com a construção da Arena das Dunas, construída em função da
Copa de 2014, e dos “acessórios” em seu entorno – viadutos, túneis e alterações
de sentidos de muitas ruas –, instalou-se o caos: aqui e acolá, considerando
que a totalidade das obras não foi concluída a contento até hoje, um problema
no solo interfere no maldito trânsito e, infelizmente, respinga nos moradores
da região.
Hoje,
segunda-feira (9), constatou-se isso mais uma vez: ontem (8), o rompimento de
uma adutora da Companhia de Águas e Esgotos do Rio Grande do Norte (Caern)
provocou a interdição de um trecho de uma das principais e mais movimentadas
avenidas da cidade, a Prudente de Morais, que passa defronte ao tal estádio.
Resultado: “sobrou” para as vias alternativas para quem trafega pelo perímetro –
sem falar que o fornecimento de água foi interrompido para alguns bairros
adjacentes.
Então...
É mais do que público e notório que, quando da construção da Arena das Dunas, outras
obras foram empreendidas para “receber” a copa de 2014, inclusive, para isso, a
desativação de outras – caso do Aeroporto
Augusto Severo, em Parnamirim, na Grande Natal, que passou a funcionar para a
sociedade civil em 1951, embora com um histórico anterior, mas, mesmo tendo
passado por uma reforma que consumiu R$ 16,4 milhões e deixou o terminal pronto
para operar até na Copa do Mundo, desativado sem o menor constrangimento pelas
ditas autoridades do Estado.
Desse modo, desnecessária a construção de um novo aeroporto, em
São Gonçalo do Amarante, a 30 quilômetros de Natal – outra obra, aliás, ainda
não conclusa e que só foi iniciada, já que ainda não é dada como pronta, só
serviu de bode expiatório para desvios de recursos supostamente destinados a
sua edificação.
E
eu perguntaria: em quais bolsos e contas bancárias de determinados políticos,
no Brasil e no exterior, foram parar os tais recursos previstos a não importa
qual obra?
RN: DESCASO
PARA COM O PATRIMÔNIO E A HISTÓRIA NACIONAL:
Nathalie Bernardo
da Câmara
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Aceita-se comentários...