segunda-feira, 16 de março de 2020

ERA UMA VEZ QUALQUER COISA...


Se tu me amas, ama-me baixinho
Não o grites de cima dos telhados
Deixa em paz os passarinhos
Deixa em paz a mim!
Se me queres,
enfim,
tem de ser bem devagarinho, Amada,
que a vida é breve, e o amor mais breve ainda...

Mário Quintana (1906 - 1994), poeta brasileiro, in Bilhete
 Arte de Laerte


Estava a conversar ao telefone com uma amiga de décadas. Inusitadamente, ela me perguntou: — E aí, Nathalie, quantos anos você acha que fulano (prefiro não citar o nome) tem?

Respondi que não fazia a menor ideia, pois, já faz tempo, não consigo mais adivinhar a idade das pessoas – “antigamente”, eu tinha mania de adivinhar a idade alheia. Por diversão e sempre acertando – como também nunca perdi uma aposta, embora, uma única vez, empatei: Eliana Castela, lá do Acre, estava passando uns dias aqui em casa e, num dado momento, apostou algo comigo e empatamos, trocando camisetas. Quis a dela, um souvenir de uma viagem que ela fez com o Mané do Café, do Rio, a Machu Picchu, no Peru, e ela me pediu uma das que criei com versos meus, cuja estampa é um poema que escrevi para o poeta português Fernando Pessoa (1888 - 1935), ilustrado por Rice Araújo. Daí, hoje, a pergunta inusitada. Para sacanear, citei Xuxa Meneguel, conhecida dos brasileiros como a ‘Rainha dos Baixinhos’ e que, atualmente, apresenta um programa musical num certo canal de televisão: eu era criança e Xuxa já era top model. Vou fazer 52 anos em abril – se, claro, o extrato de própolis e a homeopatia afastarem o corona e a carona de mim – e a mulher não envelhece. Sei, entretanto, que ela deve pagar uma fortuna em cremes e sabe-se lá mais o q. Quanto a mim, sem prolixidade, mas outro exemplo: não uso certos cremes nem, muito menos, recorri a certas intervenções cirúrgicas com fins estéticos e, mesmo assim, não tenho sequer uma ruga ao redor dos meus olhos. Nem em lugar nenhum, apesar do cenho sempre franzido, de preocupações: ora existenciais, ora políticas. Para piorar, temos, agora, essa guerra biológica, igual quando, criminosamente, os Estados Unidos difundiram o HIV mundo afora. Quem, de todos nós, já não perdeu um parente, amigo e/ou conhecido que o seja, ou ouviu dizer, por causa desse vírus de origem africana “reinventado” em laboratório? E o HIV persiste até hoje, desde que, oficialmente, teve o seu primeiro caso identificado em humanos nos anos 1980. Extraoficialmente? Sugiro a leitura do texto abaixo, além de sugerir que não entremos em paranoia, já que – sem minimizar o problema – não vale a pena: a paranoia desencadeia distúrbios outros e justifica os hospícios, tão combatidos pela maravilhosa psiquiatra brasileira Nise da Silveira (1905 - 1999). Sem falar que o Brasil já tem o seu próprio vírus. No caso, o da maldade, “encostado” no Executivo. Sim, porque, segundo o espiritismo, apesar de ser ateia, essa criatura é o próprio encosto, querendo eu saber quantos anos o Brasil ainda terá de aguentar esse estrupício...: https://veja.abril.com.br/ciencia/aids-surgiu-no-congo-da-decada-de-1920-revela-historia-genetica/

Nathalie Bernardo da Câmara

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