sexta-feira, 12 de agosto de 2022

DE PERDAS E LEGADOS

 

Se o tráfico de órgãos é o crime do Séc. XXI

e a guerra ora em curso uma insanidade

– como o são todos os conflitos bélicos –

a fome é o maior flagelo da humanidade.

 

“Fruto” de desigualdades socioeconômicas,

apesar dos vastos campos férteis do planeta,

obscuros interesses ideológicos e políticos

entravam a erradicação da obscena tragédia.

 

No podium, ainda, outro flagelo é a covid-19:

afora os contágios incalculáveis

e milhares de vidas ceifadas pela pandemia,

a rejeição às vacinas só agrava a situação!

 

Já os que sobrevivem à doença

– a dimensão dos seus danos no organismo humano

permanece uma incógnita para a ciência –

convivem, impotentes, com indigestas sequelas.

 

Diante, portanto, de cenários desoladores,

desencadeando um pavoroso nevoeiro,

além de duplamente alvo do novo coronavírus,

o poeta segue sem animus, anima, ânimo...

 

Nathalie



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