AQUECIMENTO GLOBAL
é preciso entender o que já aconteceu...".
Maquiavel (1469 - 1527), político, escritor e filósofo italiano
Nunca uma saudade bateu tão forte quanto a que ando sentindo do frio e dos dias cinzentos de Paris. Afinal, o calor que anda fazendo é para tirar o juízo de qualquer um, sobretudo para quem não suporta altas temperaturas, que é o meu caso, e nem de sol gosta. Os seus raios envelhecem e irritam, sem falar no excesso da sua luminosidade. Ninguém merece tanta luz. A não ser a luz do conhecimento, que, aliás, nunca é demais.
Para se ter uma idéia, o calor tem sido tanto que, parece, está por afetar o discernimento de certas pessoas. Dias atrás, por exemplo, ao saber da minha intenção de anular o meu voto nas eleições de 2010, uma amiga quase me crucificou, como se, além de ser obrigada a comparecer as urnas, a gente também fosse obrigada a votar não importa em qual político. Ora, cadê a democracia? Mesmo porque votar ou não é uma questão de foro íntimo.
Como eu disse... Sou obrigada a comparecer as urnas? Sou, infelizmente, já que, no Brasil, o voto não é facultativo. Assim sendo, já saio de casa contrariada. Afinal, quem é que gosta de fazer alguma coisa obrigada? Isso sem falar que, não é de hoje, quem assume o poder, qualquer que seja ele, sempre deixa um lastro de corrupção, desprovido que é de ética. E eu não me permito mais ser conivente com nenhum tipo de irregularidade política.
Sim, porque quando elegemos um político qualquer e esse político comete crimes contra o erário, por exemplo, somos co-responsáveis por isso, já que o elegemos. Assim, como todos, sem exceção, em algum momento traem a confiança dos seus eleitores, de há muito decidi não votar em mais ninguém. E esse direito ninguém me tira. Nem sob a mira de um canhão. Ainda bem que, felizmente, não vivemos mais subjugados à maldita ditadura militar.
A minha amiga, então, estranhando a minha posição, como se só eu pensasse assim na face da terra e a sua forma de pensar fosse a única válida, disse que, após refletir, vai votar para a presidência do país, por exemplo, no candidato que, a seu ver, é o menos ruim, declarando o seu voto, que, aliás, não vem ao caso eu dizer qual será. Afinal, não tenho nada a ver com isso nem me interessa saber do voto de ninguém. Só me importa anular o meu voto.
Enfim! Além de me criticar, a minha amiga citou o líder pacifista norte-americano Martin Luther King (1928 - 1968), que, em 1964, recebeu o Prêmio Nobel da Paz e que teria dito: “O que me preocupa não é o grito dos maus, é o silêncio dos bons”, como se anular voto fosse silenciar. Ao contrário! Anular voto é uma postura política extremamente consciente. Revela a nossa insatisfação com muita coisa. A começar pelos candidatos que aí estão.
Vejamos... Meses atrás, até cheguei a fazer campanha antecipada para Dilma Rousseff – recebi críticas por isso –, mas, devido algumas posturas assumidas por ela diante de certos temas, fui, aos poucos, perdendo o encanto. Depois, surgiu a ambientalista Marina Silva, aparentemente, a salvação literal da lavoura, sobretudo em tempos de aquecimento global, fazendo-me vislumbrar uma alternativa viável para curar os males da política brasileira.
Ocorre que, ao pesquisar sobre a biografia de Marina, fiquei sabendo que ela tornou-se evangélica. Desisti, portanto, de apoiar a sua candidatura. Não que eu tenha preconceito de credo, mas não simpatizo com os evangélicos contemporâneos, orientados que são pelo bispo Edir Macedo, cujo caráter me dá arrepios, diferentemente do idealismo do teólogo alemão Martinho Lutero (1483 - 1546), que, em 1517, desencadeou a Reforma, fundando o protestantismo.
Tanto que não gosto nem de pensar, caso Marina Silva seja eleita, na influência que Edir Macedo terá em seu governo. Quanto aos demais candidatos, prefiro nem cogitar a possibilidade de votar em um deles. Nenhum me apetece. Assim, diante do caos na política brasileira, talvez o melhor a fazer seja nos preocuparmos com as tragédias ambientais e buscar alternativas para tentar minimizar os efeitos do aquecimento global. Isto é, se quisermos nos salvar...
Para se ter uma idéia, o calor tem sido tanto que, parece, está por afetar o discernimento de certas pessoas. Dias atrás, por exemplo, ao saber da minha intenção de anular o meu voto nas eleições de 2010, uma amiga quase me crucificou, como se, além de ser obrigada a comparecer as urnas, a gente também fosse obrigada a votar não importa em qual político. Ora, cadê a democracia? Mesmo porque votar ou não é uma questão de foro íntimo.
Como eu disse... Sou obrigada a comparecer as urnas? Sou, infelizmente, já que, no Brasil, o voto não é facultativo. Assim sendo, já saio de casa contrariada. Afinal, quem é que gosta de fazer alguma coisa obrigada? Isso sem falar que, não é de hoje, quem assume o poder, qualquer que seja ele, sempre deixa um lastro de corrupção, desprovido que é de ética. E eu não me permito mais ser conivente com nenhum tipo de irregularidade política.
Sim, porque quando elegemos um político qualquer e esse político comete crimes contra o erário, por exemplo, somos co-responsáveis por isso, já que o elegemos. Assim, como todos, sem exceção, em algum momento traem a confiança dos seus eleitores, de há muito decidi não votar em mais ninguém. E esse direito ninguém me tira. Nem sob a mira de um canhão. Ainda bem que, felizmente, não vivemos mais subjugados à maldita ditadura militar.
A minha amiga, então, estranhando a minha posição, como se só eu pensasse assim na face da terra e a sua forma de pensar fosse a única válida, disse que, após refletir, vai votar para a presidência do país, por exemplo, no candidato que, a seu ver, é o menos ruim, declarando o seu voto, que, aliás, não vem ao caso eu dizer qual será. Afinal, não tenho nada a ver com isso nem me interessa saber do voto de ninguém. Só me importa anular o meu voto.
Enfim! Além de me criticar, a minha amiga citou o líder pacifista norte-americano Martin Luther King (1928 - 1968), que, em 1964, recebeu o Prêmio Nobel da Paz e que teria dito: “O que me preocupa não é o grito dos maus, é o silêncio dos bons”, como se anular voto fosse silenciar. Ao contrário! Anular voto é uma postura política extremamente consciente. Revela a nossa insatisfação com muita coisa. A começar pelos candidatos que aí estão.
Vejamos... Meses atrás, até cheguei a fazer campanha antecipada para Dilma Rousseff – recebi críticas por isso –, mas, devido algumas posturas assumidas por ela diante de certos temas, fui, aos poucos, perdendo o encanto. Depois, surgiu a ambientalista Marina Silva, aparentemente, a salvação literal da lavoura, sobretudo em tempos de aquecimento global, fazendo-me vislumbrar uma alternativa viável para curar os males da política brasileira.
Ocorre que, ao pesquisar sobre a biografia de Marina, fiquei sabendo que ela tornou-se evangélica. Desisti, portanto, de apoiar a sua candidatura. Não que eu tenha preconceito de credo, mas não simpatizo com os evangélicos contemporâneos, orientados que são pelo bispo Edir Macedo, cujo caráter me dá arrepios, diferentemente do idealismo do teólogo alemão Martinho Lutero (1483 - 1546), que, em 1517, desencadeou a Reforma, fundando o protestantismo.
Tanto que não gosto nem de pensar, caso Marina Silva seja eleita, na influência que Edir Macedo terá em seu governo. Quanto aos demais candidatos, prefiro nem cogitar a possibilidade de votar em um deles. Nenhum me apetece. Assim, diante do caos na política brasileira, talvez o melhor a fazer seja nos preocuparmos com as tragédias ambientais e buscar alternativas para tentar minimizar os efeitos do aquecimento global. Isto é, se quisermos nos salvar...
Nathalie Bernardo da Câmara
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