SOLIDÃO, ARTE E AMOR
"As obras de arte são de uma infinita solidão.
Só o amor consegue entendê-las...".
Rainer Maria Rilke (1875-1926)
Cartas a um jovem poeta
Só o amor consegue entendê-las...".
Rainer Maria Rilke (1875-1926)
Cartas a um jovem poeta
Eu pensei em escrever sobre o Dia Nacional da Poesia, comemorado no dia 14 de março, data escolhida em homenagem ao nascimento do escritor baiano Castro Alves (1847-1871). Porém, eu acho que a referida data deveria se chamar Dia Nacional do Poema, visto que poemas, versos tecidos com poesia, bem como a prosa, é que são literatura. Porém, a poesia também pode está presente em todas as outras formas de arte: música; dança; pintura; fotografia; cinema; artesanato etc.
Além disso, intrínseca que é à estética do belo, à sensibilidade e ao bem-estar, a poesia pode igualmente ser encontrada nas coisas mais simples e cotidianas, como, por exemplo, no nascer de uma criança; no do sol; no despontar da lua; no perfume exalado por uma rosa; em um "bom dia" gentil; em um afetuoso "eu te amo", mas, sobretudo, na própria vida. O poema, contudo, é fruto da mais pura solidão interior do poeta, assim como o amor, que brota, fervorosamente, de um coração apaixonado. Um compreende o outro.
O amor e a arte, por sua vez, como já disse a escritora Lygia Fagundes Telles, têm o poder não somente de tornar os seres humanos felizes, mas, principalmente - o maior mérito de ambos -, o de curar todas as dores, não importa a natureza do mal. Inspirada, portanto, no tema desta breve crônica, eis, abaixo, um poema, de minha autoria, em homenagem ao dia de hoje, disposto, harmoniosamente, em uma aquarela de cores, sabores, odores, sons e tons...
Além disso, intrínseca que é à estética do belo, à sensibilidade e ao bem-estar, a poesia pode igualmente ser encontrada nas coisas mais simples e cotidianas, como, por exemplo, no nascer de uma criança; no do sol; no despontar da lua; no perfume exalado por uma rosa; em um "bom dia" gentil; em um afetuoso "eu te amo", mas, sobretudo, na própria vida. O poema, contudo, é fruto da mais pura solidão interior do poeta, assim como o amor, que brota, fervorosamente, de um coração apaixonado. Um compreende o outro.
O amor e a arte, por sua vez, como já disse a escritora Lygia Fagundes Telles, têm o poder não somente de tornar os seres humanos felizes, mas, principalmente - o maior mérito de ambos -, o de curar todas as dores, não importa a natureza do mal. Inspirada, portanto, no tema desta breve crônica, eis, abaixo, um poema, de minha autoria, em homenagem ao dia de hoje, disposto, harmoniosamente, em uma aquarela de cores, sabores, odores, sons e tons...
MATIZES
O dia nasce; nasce a poesia...
Embalada por uma doce melodia,
a do balé do beija-flor em brisa matinal,
e pelo perfume suave da manhã,
uma tristeza renasce na solidão.
Os passarinhos diversos,
sem medo de um vôo liberto,
desfraldam tempo e espaço
e cantam de peito aberto,
rogando por um abraço.
Flores desabrocham,
revelando o gineceu.
Saudade e dor batem à porta
e penso no amor que a vida me deu.
Desejada felicidade: difícil tê-la, fácil perdê-la...
O dia nasce; nasce a poesia...
Embalada por uma doce melodia,
a do balé do beija-flor em brisa matinal,
e pelo perfume suave da manhã,
uma tristeza renasce na solidão.
Os passarinhos diversos,
sem medo de um vôo liberto,
desfraldam tempo e espaço
e cantam de peito aberto,
rogando por um abraço.
Flores desabrocham,
revelando o gineceu.
Saudade e dor batem à porta
e penso no amor que a vida me deu.
Desejada felicidade: difícil tê-la, fácil perdê-la...
Obs.: Este poema foi revisado no dia 17 de março de 2009.
Nathalie Bernardo da Câmara
nathaliebernardo@hotmail.com
Natal (RN) - Brasil, 14 de março de 2009.
nathaliebernardo@hotmail.com
Natal (RN) - Brasil, 14 de março de 2009.
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