Mané do Café by Antero
Interessante a iniciativa
do projeto Quarta Cultural do
Mercado Municipal de Petrópolis de Natal, que, no dia 20 de novembro de 2013, além
de homenagear o Dia da Consciência Negra, com uma exposição referente ao tema,
uma discotecagem e show musical do norte-rio-grandense Ismael Alves (Dumangue)
Trio, contou com a presença do artista Mané do Café (nome artístico do carioca
Jorge Carlos Amaral de Oliveira), que, à ocasião, realizou um sarau poético e
musical, além de lançar dois livros e um calendário poético nos quais teve
participação:
Cafeopeia (2013), elaborado em
parceria com o jornalista, teatrólogo e ator gaúcho Edison Nequete (1926 – 2010), no qual a saga do café é contada em
versos decassílabos, entremeados por ilustrações feitas com café e cantigas
originais. Publicado pela Editora Sapere, o livro é ilustrado por Mané, sendo
uma obra para todos os amantes do café, colecionadores e não colecionadores.
Padre Emílio... ou A Romanesca Vida do Padre Emílio em Crônicas de Noninhas da Silva Com a Prestimosa Colaboração da Senhora Ednéia Gomes (2013) de Jorge Carlos (Mané do Café) e Eliana de Castela, atriz e produtora cultural acreana, além de geógrafa, com especialização em História da Amazônia e mestrado em extensão rural, que esteve presente ao evento. Uma crônica (as personagens são fictícias), o livro é uma edição dos autores.
Folhinha Poética de 2014, com organização de Mané do Café e Eliana de Castela. Com um poema, ilustrado ou não, reservado para cada dia do ano, a Folhinha Poética, na sua edição de 2014, rende homenagem ao escritor, jornalista e sociólogo pernambucano Alberto da Cunha Melo (1942 - 2007). De temática variada, os poemas são de inúmeros autores, das mais diversas nacionalidades e línguas.
Sobre Mané do Café: aos 61 anos de vida, alternados entre o Rio de Janeiro, Brasília, Acre e Portugal, o artista debutou no teatro em 1977, quando, em Rio Branco, no Acre, substituiu, de improviso, um dos atores do musical infantil Os Saltimbancos, com letras de Sergio Bardotti e música de Luis Enríquez Bacalov – adaptação de Chico Buarque –, numa montagem de Cícero Farias. De ator, tornou-se encenador, chegando a exercer funções de figurinista, manipulador de bonecos, compositor musical, cartazista, iluminador, cenógrafo, cenotécnico, maquiador, sonoplasta, contra-regra, assistente de produção, coreógrafo e produtor. Foram, ao todo, atuações e participações diretas em mais de 60 montagens teatrais. Como autor, escreveu mais de uma dezena de peças.
Na literatura, participou de coletivas,
escreveu e publicou poemas, contos, crônicas e romances, entre outros gêneros,
inclusive um roteiro ficcional para o cinema – longa-metragem (inédito).
Autor de charadas e de composições
musicais, ele tem registrado, ainda, exposições de fotografias, produtos
plásticos, gráficos, artesanato e o que ele chama de invenções práticas –
produções que já lhe valeram prêmios nacionais e internacionais.
Nathalie
Bernardo da Câmara
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