“Tente colocar bom senso
na cabeça de um tolo e ele dirá que é tolice...”.
Eurípedes (480 - 406 a. C.)
Poeta grego.
Só pode ser mandinga,
ou praga... de gafanhotos! O fato é que, quando aceitou ser vice do finado
Eduardo Campos (PSB-PE), até então, candidato à presidência da República, Marina
Silva (PSB-AC) perdeu o meu voto, já que vice não apita, e decidi, portanto,
anulá-lo, o voto – e de cabo a rabo. Na semana passada, contudo, após a
tragédia que vitimou o pernambucano, com a acreana ascendendo à cabeça de
chapa, resolvi voltar atrás e, de coração, repetir a posição que assumi em
2010, que foi a de votar nela para presidir o Brasil. Ocorre que, com a confirmação
da notícia de que o vice da ambientalista será (é) o deputado federal Beto
Albuquerque (PSB-RS) – ele mantém, diga-se de passagem, laços estreitos com o
agronegócio, cuja “musa” é a famigerada senadora Kátia Abreu (PMDB-TO), líder
da bancada ruralista no Congresso Nacional e presidente da Confederação da
Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), por quem nutro sincera repulsa e
desprezo (ela já declarou, inclusive, que o povo tem de comer defensivos
agrícolas [link ao final da postagem]) –, eu me recuso, terminantemente, a
votar numa composição de chapa para lá de paradoxal – o que dirá esdrúxula! –,
desistindo, assim, pela segunda vez, por conferir o meu apoio à Marina nas
eleições de 2014, embora saiba que, coitada, está “engolindo”, engasgada, o seu vice, cujas posturas, aliás, ela já criticava desde a época em que
era ministra do Meio Ambiente. De qualquer modo, no que me concerne, pensei,
com a razão – claro –, e sem a menor das culpas, em duas alternativas: ou não
compareço as urnas, justificando a minha ausência do meu domicílio eleitoral,
ou compareço e #VotoNulo
Enquanto isso...
“Com o engodo de uma
mentira se pesca uma carpa de verdade...”.
William
Shakespeare (1564 - 1616)
Escritor e dramaturgo britânico
Como ninguém é de ferro –
pelo menos, não eu –, essa baboseira toda, essa falácia, que é a propaganda
eleitoral nada gratuita, pois a mesma é paga pelo contribuinte, ou seja, o eleitor, pode até me fazer rir, mas
rir muito – o leque de personagens hilárias parece não ter fim. O pior, contudo – grave, na verdade –, são as falsas
promessas dos candidatos, as propagandas enganosas, no intuito de ludibriar o
eleitor. Sei não, mas, esses candidatos deveriam ser enquadrados! Ocorre que,
infelizmente...
NA TERRA DOS PAPAGAIOS
José
Roberto Torero e Marcus Aurelius Pimenta
(Terra
Papagalli)
Circo dos horrores
“Nunca se mente tanto
como antes das eleições, durante uma guerra e depois de uma caçada...”.
Otto
Von Bismarck (1815 - 1898)
Político alemão
Ora, convenhamos que, se a legislação eleitoral não fosse tão
indecente e a legislação referente aos direitos do consumidor não fosse pelo
mesmo caminho, bem que todos os brasileiros poderiam abrir uma malha férrea de
processos no nem sempre pontual Programa de Orientação e Proteção ao Consumidor
(PROCON)...
Mau exemplo
“Em uma época de
mentiras universais, dizer a verdade é um ato revolucionário...”.
George
Orwell (1903 - 1950)
Escritor indiano
Como diria o filósofo e matemático grego
Pitágoras (570 a. C. - 480 a. C): — Educai as crianças para que não seja
necessário punir os adultos...
Enjoo
“Só os mendigos
conseguem contar as suas riquezas...”.
William
Shakespeare (1564 - 1616)
Escritor e dramaturgo
britânico
Em época de eleições, a
fila de candidatos pedintes, na maior cara dura, sem o menor dos escrúpulos, de
olho no voto do eleitor, é bem maior – não se espante o leitor – do que as mantidas
pelos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS), que, aliás, infelizmente, tem
sido descaradamente menosprezado pelas políticas públicas do Estado. Sei não,
mas, se um candidato, não importa qual, pede voto aos eleitores nas propagandas
eleitorais já nada gratuitas, e indiscriminadamente, é porque não tem a menor
das credibilidades – afinal, quando uma plataforma política é sólida, seja ela
não importa qual, o candidato limita-se a apresentá-la, confiante nos seus
propósitos, não se rebaixando, ou melhor, não se prestando a mendigar por votos
(não tem coisa pior do que ouvir algo, tipo: “Peço o seu voto...”). Como diria
o sábio Voltaire (1694
- 1778), filósofo e escritor francês: — A política tem a sua fonte na
perversidade e não na grandeza do espírito humano...
E o eleitor reage...
“É horrível assistir à
agonia de uma esperança...”.
Simone
de Beauvoir (1908 - 1986)
Escritora e feminista
francesa
Eu que o diga! Pior: só não rasguei ou queimei o meu ainda
devido as implicações decorrentes de tal gesto. De qualquer modo, continuemos,
sim, a lutar, mas pacificamente, pelo...
E isso porque o comparecimento as urnas deve ser facultativo,
não uma obrigatoriedade, sendo essa, portanto, uma das características de um regime
que se diz e se quer democrático. Porém, enquanto esse dia não vem, ingresso na
fila (sempre estive nela) daqueles que, assim como eu, defende tamanho avanço
político – avanço esse que, admitamos, garantiria a plena cidadania da
população brasileira.
“Mudar é difícil, mas é
possível...”.
Paulo
Freire (1921 - 1997)
Educador, filósofo marxista e patrono da
educação brasileira (lei de 13/04/2012).
Importante ressaltar que, como temos visto em não importa
qual o veículo de comunicação, incluindo, aí, as redes sociais, “não é pequeno
– como já cheguei a escrever numa das postagens do meu blog – o percentual
daqueles que estão visivelmente insatisfeitos. Indignados, eu diria!”,
inclusive eu (com 51% dos votos nulos, o cenário, com certeza, mudaria de figuras!)...
Ilustração
nada inocente
EM
TEMPO: link (imperdível!) para a postagem O
Veneno está servido... (16/8/2012), que fala da repercussão que teve a
reportagem Brasil envenenado,
publicada pelo Le Monde Diplomatique
em abril de 2010, cujo conteúdo – a contaminação dos alimentos no país do
agronegócio – foi duramente revidado pela senadora Kátia Abreu (PMDB-TO), a abominável (essa mulher deveria ser
enquadrada, pelas asneiras que diz e pelos crimes ambientais que comete...). Na
referida reportagem, ainda, ao final, o link para o documentário O Veneno está na mesa (na íntegra), do
cineasta brasileiro Silvio Tendler, lançado em 2011, que trata do mesmo tema,
contendo, inclusive, as declarações criminosas da senadora, e que, por isso,
logo conquistou o mundo: http://abagagemdonavegante.blogspot.com.br/2012/08/o-veneno-esta-servido.html
Link
(igualmente imperdível!) para a postagem Agrotóxico:
o tempero nada exótico do brasileiro (4/4/2014), publicada logo em seguida
a divulgação, na mídia, de que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária
(Anvisa), órgão governamental, liberou 19 tipos de agrotóxicos para serem
injetados no nosso já tão contaminado meio ambiente (a previsão é a de que o
Brasil passe a consumir 1 milhão de toneladas de veneno por ano) – não é à toa
que Marina Silva, uma das ambientalistas de maior notoriedade no mundo (essa sua porção é que me encanta, além da sua trajetória de vida, o que supera as nossas divergências em relação a certos temas, inclusive religião), esteja “engolindo”, atravessado, o vice que o seu atual partido
praticamente lhe impôs: http://abagagemdonavegante.blogspot.com.br/2014/04/agrotoxico-o-tempero-do-brasileiro.html
Nathalie
Bernardo da Câmara
(pelo visto, parece que, aqui, a única transparente sou eu...).
(pelo visto, parece que, aqui, a única transparente sou eu...).
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