De bocas-sujas e garatujas
Em decadentes e infectas
tribunas,
exalando bafos escrotais sem
decência e sem pudor,
finórios cabotinos flanam em
conjecturas abissais,
ignorando, bestiais, o alento
do seu último estertor:
não por casualidade, mas
intencionalidade,
cupins alojam-se, famintos e
sorrateiros,
nos apetitosos e palatáveis picadeiros.
Audazes e vorazes, deglutem,
desregrados,
cada centímetro dos pútridos estrados
– cadafalsos de estapafúrdios descompassos
amputando os punhos dos
gatafunhos.
Saciados e repletos de pungente
ardor,
os cupins ensinam a lição com
louvor;
algozes dos nossos algozes,
descortinam de facto o
derradeiro ato,
posto que, afinal, ora, ora,
ora,
de pé no chão faz-se a hora:
nos bolorentos pântanos dos
desenganos,
onde a terra é plana e o sol
nasce quadrado,
jazem a escatológica verve dos
vermes
e a empáfia das suas bulimias
mentais
– cloacas e bojos sanitários de atrésias anais...
Nathalie
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