segunda-feira, 27 de dezembro de 2021

NOVO CORONAVÍRUS: DE OLHO NAS AGLOMERAÇÕES, VETOR AMBULANTE DE CONTAMINAÇÕES

Arte: Osmani Simanca

 

Para a Organização Mundial de Saúde (OMS), uma pandemia é definida como “uma epidemia que ocorre em todo o mundo, ou em uma área muito ampla, cruzando fronteiras internacionais e geralmente afetando um grande número de pessoas”.

 

 

“Pandemia é quando uma doença espalha-se e avança em quadro epidêmico por várias regiões do planeta, em diferentes continentes e com transmissão local fixada.” – Gisele Leite, pedagoga e advogada brasileira, conselheira do Instituto Nacional de Pesquisas Jurídicas (INPJ).

 

Por Nathalie Bernardo da Câmara

Natal (RN), 27/12/2021

 

Prólogo

No dia 1°/11/2021, apesar do contador do Centro de Ciência e Engenharia de Sistemas (CSSE) da Universidade Johns Hopkins (JHU), em Baltimore, nos Estados Unidos, que monitora casos do novo coronavírus em tempo real, marcar 5.000.425 mortes pela covid-19 no planeta, pouco antes das 6h (horário de Brasília) – estatística estabelecida a partir dos balanços oficiais diários de cada país –, superando, oficialmente, 5 milhões de óbitos – uma marca simbólica –, a Organização Mundial de Saúde (OMS) estimou que, na verdade, esse número era duas ou três vezes maior. Tanto que, partindo desse parâmetro, os cálculos da revista The Economist correspondiam a 17 milhões de perdas fatais. À ocasião, o epidemiologista francês Arnaud Fontanet declarou à AFP que o balanço do periódico britânico parecia-lhe “mais confiável”.

 

Um mês depois (1°/12), a marcação do contador da Universidade Johns Hopkins estava acima de 5 milhões e 200 mil mortes pela covid-19 no mundo; nesta segunda, 27, por volta das 05h, acima de 5 milhões e 400 mil mortes. No Brasil, ontem, 26, foram registrados 618.484 óbitos e 22.236.892 casos de infecção desde o início da pandemia, com uma média móvel de 92 mortes nos últimos sete dias, segundo o consórcio de veículos de imprensa, que atua de forma colaborativa com as secretaria estaduais de Saúde dos 26 estados da União e o Distrito Federal, diariamente divulgando, às 20h, um balanço nacional, embora o Distrito Federal e mais seis estados não tenham divulgado os seus respectivos dados: Bahia (BA), Minas Gerais (MG), Mato Grosso do Sul (MS), Rio Grande do Sul (RS), Roraima (RR) e Tocantins (TO).

 

E isso ocorreu ainda em decorrência de um ataque hacker que atingiu o site oficial do Ministério da Saúde (MS) na madrugada do dia 10/12...



Arte: Jean Galvão

Folha de S. Paulo, 12/12/2021

 

 

Afetando todos os portais virtuais do MS, incluindo o aplicativo e a página do ConecteSUS, o ataque prejudicou não somente a captação de dados de casos e de mortes pelas secretarias estaduais de Saúde, fazendo com que, alternada e diariamente, elas deixassem de repassá-los, com um número significativo de novas informações ficando de fora do balanço nacional diário divulgado pelo consórcio de veículos de imprensa, mas também, por exemplo, comprometeu o acesso dos vacinados aos seus respectivos comprovantes de vacinação contra a covid-19. Em 12/12, o MS comunicou que os registros da população brasileira vacinada foram recuperados na íntegra, mas, no dia seguinte, o próprio ministro da Saúde, o cardiologista Marcelo Queiroga, anunciou um novo ataque cibernético.

 

Entre um e outro batimento cardíaco, a previsão de que o sistema seria estabilizado no dia 14, mas, ao contrário do que se esperava, o prazo não foi cumprido...



Arte: Cazo

 

 

Na noite do dia 23, o MS declarou que o sistema, fora do ar por mais de dez dias, já estava disponível. Porém, problemas ainda ocorrem – durante o episódio, além de a Polícia Federal (PF) instaurar um inquérito para investigar o fato, o Ministério Público Federal (MPF) solicitou à Procuradoria-Geral da República (PGR) que se inteirasse junto ao MS sobre o ataque. O consórcio de veículos de imprensa, por sua vez, que, todos os dias divulga os novos casos de contaminação e os de vítimas fatais em todo o território nacional, foi uma iniciativa que surgiu como a uma resposta à arbitrariedade do governo federal em restringir o acesso a informações sobre a pandemia já no seu início e vigora desde 08/06/2020. Curiosamente, há três noites, enquanto eu atualizava os dados desta postagem, foi a vez do meu computador entrar em pane e adiar a sua postagem...

 

Não “tire onda” da pandemia

Estudos realizados já mostraram que pessoas assintomáticas, ou seja, sem sintomas, no caso, da covid-19 carregam em seus corpos carga viral semelhante à de pessoas pré-sintomáticas e à das que manifestam sintomas da infecção, além de possuírem um potencial igualmente capaz de transmitir a doença e que o tempo de permanência do vírus no organismo humano é igualmente semelhantes nas três situações.

 

Considerando, portanto, que, apesar das oito bilhões e mais de 900 milhões de vacinas já administradas no mundo, ainda segundo o  contador da Universidade Johns Hopkins (27/12/2021); da escassez de doses em dezenas de países pobres caracterizar-se um drama; dos que recusam as vacinas consistir num problema; dos que ainda não completaram o esquema vacinal; da comprovação da ineficiência da proteção com apenas duas doses, sendo preciso uma terceira; da eficácia das vacinas ser relativa; dos que ainda ignoram medidas sanitárias de prevenção – o uso de máscara e o distanciamento social, por exemplo; da necessidade da testagem para a covid-19, com a transmissão do vírus da doença impulsionada por suas variantes – mutações do vírus durante o seu processo de replicação –, e do surgimento de novas variantes, comprometendo a eficácia das vacinas, o mundo, para quem, após quase dois anos, ainda não se deu conta, vive uma pandemia, fato que deve ser reconhecido como tal – a Europa, inclusive, já navegando em sua quinta onda...

 

Metamorfose ambulante

Confirmando os prognósticos da comunidade médica e científica global, tudo indica que a variante delta “ganhou” uma concorrente à altura, que é a B.1.1529, identificada na África Austral, primeiramente em Botsuana (11/11), e, em seguida, na África do Sul, que reportou o fato à OMS no dia 24. Em entrevista coletiva, o pesquisador brasileiro Tulio de Oliveira, diretor do Centro para Resposta Epidêmica e Inovação da África do Sul, declarou, segundo a BBC News (25/11), que a nova variante, chamada de ômicron – nome da letra ‘o’ no alfabeto grego –, possui uma “constelação incomum de mutações”, sendo bastante diferente de outras já conhecidas. “Ela [a variante] deu um grande salto na evolução [e traz] muito mais mutações do que esperávamos” – 50 no total, informou o pesquisador, podendo ter uma capacidade maior de propagação... 



Arte: Rodrigo Brum

Tribuna do Norte, Natal (RN), em 27/11/2021

 

 

Na rede social Twitter (23/11), Tom Peacock, virologista do Imperial College em Londres, mostrou-se preocupado pelo número “extremamente alto” de mutações, podendo comprometer o sistema imunológico das pessoas. Os especialistas acreditam que a nova variante pode, ainda, comprometer a eficácia das vacinas atualmente existentes, que, por seu turno, não respondem como o esperado ao novo coronavírus. “Certamente parece uma preocupação significativa com base nas mutações presentes”, disse Ravi Gupta, professor de microbiologia clínica da Universidade de Cambridge, no Reino Unido, ao periódico britânico The Guardian (24/11), ressaltando que uma propriedade-chave do vírus que é desconhecida é a sua capacidade de infecção.




Arte: Emad Hajjaj (Jordânia)

Jornal Alaraby Aljadeed, Londres, em 28/11/2021

 

 

Em reunião de emergência no dia 26, a OMS concluiu que a ômicron era “uma variante de preocupação” e, mediante evidências preliminares, representava um risco maior de reinfecção de covid-19, passando a ser “amplamente monitorada pelos sistemas de vigilância genômica do vírus de diversos países” (CNN Brasil, 27/11/2021). No Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) passou a buscar meios para identificar eventuais riscos da disseminação da ômicron no país a partir do dia 26 novembro. Em entrevista coletiva (14/12), o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom, alertou que, apesar de menos letal, “a ômicron está se propagando a um ritmo que não vimos em nenhuma outra variante”, com essa velocidade de disseminação podendo sobrecarregar os sistemas de saúde do mundo em poucas semanas, mas que as doses de reforço das vacinas são uma importante arma contra o agravamento da doença (Rede Brasil Atual).

 

Ocorre que, no dia 23/11, um dia antes dos pesquisadores sul-africanos reportarem a OMS a descoberta da nova variante, dois missionários brasileiros, que desembarcaram em Guarulhos, São Paulo, vindo da África do Sul, foram ao laboratório Israelita Albert Einstein, montado no aeroporto, e realizaram um exame de RT-PCR, teste que detecta o novo coronavírus. E foi justamente a análise genética da amostra colhida nesse teste que deram resultado positivo para a ômicron – fato oficialmente confirmado pelo Instituto Adolfo Lutz e pela secretaria de Saúde do governo de São Paulo no dia 30 do mesmo mês. Já o terceiro caso de contaminação pela ômicron em solo brasileiro apenas confirmou as evidências preliminares da OMS de que a nova variante representa um risco maior de reinfecção.

 

Chegando igualmente em Guarulhos num voo vindo da Etiópia no dia 27/11, um homem de 29 anos de idade já tinha sido vacinado com duas doses da Pfizer, mas, testado ainda no aeroporto, deu positivo para a ômicron, embora o resultado do seu exame só tenha sido confirmado em 1° de dezembro – até o dia 24/12, já foram confirmados 45 casos no país. No mundo, a primeira morte causada pela nova variante aconteceu no Reino Unido, em 13/12. Segundo a OMS, a ômicron está presente em todos os continentes e, até o dia 22/12, chegou a ser detectada “em 110 países e continua a propagar-se rapidamente, duplicando o número de casos em dois a três dias” (RTP, 24/12/2021), com muitos deles, inclusive o Brasil, enfrentando transmissões comunitárias e cancelando voos em seus aeroportos e aumentando as restrições de um modo em geral...




Arte: Edgar Vasques

 

 

Não à toa, chega a ser intrigante, causando espanto e perplexidade, a realização de eventos que promovem aglomerações – solo fértil para a disseminação do vírus e tema desta postagem –, sejam elas de pequeno, médio ou grande porte, quando o planeta ainda está “submerso” numa pandemia. E não importa se os organizadores desses eventos assumem o compromisso de cumprirem com protocolos sanitários a fim de evitarem riscos de contágios, porque, no frigir dos ovos, tais protocolos, querendo ou não, são, invariavelmente, desrespeitados e, na maioria das vezes, quando isso acontece, os (ir) responsáveis sequer são punidos – sem falar nos eventos realizados a bel prazer dos seus organizadores, que menosprezam os mesmos protocolos sanitários.

 

Importante ressaltar que, ainda durante a quarentena, medida adotada pelas autoridades mundiais para conter o avanço da pandemia, e em meio as suas paulatinas flexibilizações, ocorridas devido à pressão de setores econômicos, dando-se, contudo, em momentos distintos ao longo do território nacional, precedendo, vale salientar, a “chegada” das vacinas, muitos infringiram certas proibições e, em nome de uma causa política ou porque já estavam exaustos da condição, digamos, de reféns, sofrendo de falência da quarentena, ou falência adaptativa, esgotamento explicado por Ricardo Sebastiani, especialista em psicologia clínica e saúde pública (El País, 24/06/2020), apenas bastando um “gatilho” – no caso, a flexibilização – para saírem de suas casas, desafogando, apesar de aparentemente, a opressão circunstancial, embora ciente dos riscos, ou, então, por ser mesmo sem noção e/ou possuir uma caráter duvidoso, tornaram-se vetores migratórios...  



Arte: Cazo




Arte: Jean Galvão




Arte: Zé Dassilva




Arte: Jean Galvão




Arte: Guilherme Bandeira




Arte: autor não identificado




Arte: Jean Galvão




Arte: João Marcos Mendonça




Arte: Adnael

 

 

O fato é que, falemos do Brasil, como relembram as artes acima, há os que deram uma escapadela da quarentena em prol de “um bem maior”, embora uma parcela considerável da população brasileira nunca tenha realmente encarado a pandemia e a quarentena de frente, mas com tapa-olhos, desdém, chacotas, piadas, minimizando a gravidade do problema, ou ignorando mesmo, por desinformação ou por incapacidade de discernir, a sua magnitude, não assimilando-a, como se fosse necessário desenhar ou soletrar PAN-DE-MIA para que, de uma vez por todas, se entenda que o mundo encontra-se numa situação atípica, com milhões de vidas já ceifadas precocemente, mas que, um dia, essa realidade mudará.

 

Exemplo disso foi a gripe espanhola (1918-1920), que, aliás, nada tinha de espanhola, considerada “a mãe das pandemias”, posto que o vírus influenza do tipo A (H1N1), causadora da gripe pandêmica e “um dos maiores carrascos da humanidade”, nas palavras das pesquisadora Gisele Leite, dizimou, à época, de 50 a 100 milhões de pessoas nos quatro cantos da Terra. Já o motivo de a gripe letal receber a curiosa alcunha deu-se pelo fato de a Espanha não participar da Primeira Grande Guerra Mundial (1914-1918). Sendo assim, a imprensa espanhola tinha liberdade para divulgar informações sobre a pandemia, ao contrário do que acontecia nos países envolvidos no conflito bélico, onde as suas autoridades, hipócrita e levianamente, proibiam as suas respectivas imprensas de tornarem públicas qualquer notícia a respeito, a fim de que populações e tropas não entrassem em pânico – censura essa que, por sua vez, contribuiu para a rápida disseminação da mais mortífera das pandemias. 




Arte: Voltolino

A Gazeta, São Paulo, em 19/10/1918

 

 

De há muito, apesar do vírus da gripe espanhola ser combatido por antibióticos e vacinas, a influenza do tipo A (H3N2) vem, atualmente, pululando Brasil afora, com epidemias espalhando-se pelo território nacional. De qualquer modo, enquanto a pandemia de influenza do início do século passado teve três ondas, a pandemia do novo coronavírus, que continua evoluindo com variantes mais transmissíveis, já entrou, como foi dito, em sua quinta onda na Europa, que se tornou o seu novo epicentro. Para a diretora-geral adjunta de Acesso a Medicamentos e Produtos Farmacêuticos da OMS, a médica brasileira Mariângela Simão, na conferência de abertura do 11° Congresso Brasileiro de Epidemiologia, promovido pela Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco), realizado de 22 a 26/11/2021. Segundo avaliação da diretora-geral adjunta, a OMS entende que “é provável que a gente tenha uma transmissão continuada do vírus por conta das variantes”. Entre os fatores que continuam influenciando na transmissão do Sars-Cov-2 [novo coronavírus], Simão deu destaque a quatro.

 

O primeiro seriam as variantes mais transmissíveis; o segundo, o fato de grande parte da população mundial seguir sem acesso às vacinas. Para a médica, “a inequidade no acesso à vacina é o maior desafio ético do nosso tempo”. Já o terceiro fator diz respeito ao aumento das interações sociais, isto é, as aglomerações. Por fim, a desinformação em relação as formas de lidar com o vírus e de “mensagens contraditórias que são responsáveis por matar pessoas” – em contrapartida, a opinião de Simão é a de que “a mensagem correta, no momento certo, em formato adequado, vinda da pessoa certa (...) pode auxiliar muito”. Tal avaliação, por seu turno, apenas confirma a avaliação do consultor brasileiro em saúde pública, Eugênio Vilaça Mendes, de que há duas correntes de pensamento em relação ao novo coronavírus e à pandemia, o que gera conflitos na comunidade médica e científica.

 

Segundo Mendes, a própria OMS defende que a pandemia é caracterizada por apenas uma onda – um tsunami? –, embora com altos e baixos e, por fim, “um achatamento”, como se fosse, digamos, um pocinho à beira-mar. Isso porque a OMS “baseia-se no fato de que esse vírus não é sazonal, o que o difere de vírus como o da influenza”, fazendo dele um patógeno singular, já que “se adapta a diferentes tipos de clima”. Para Mendes, há também quem entenda que o novo coronavírus “apresenta sazonalidade”, visto que a literatura referente à covid-19 e a performance do vírus em muitos países sugerem que “essa pandemia manifesta-se em ondas diferenciadas”. Não obstante, as duas posições têm algo em comum, convergem num só ponto, ou seja: “O que determina a propagação do SARS-CoV-2 são as aglomerações de pessoas e os desrespeitos às medidas de prevenção e distanciamento social”, vetores mais propícios para a proliferação do vírus, diz o estudioso.

 

Gota a gota

Segundo o balanço nacional diário do consórcio de veículos de imprensa (g1, 26/12), 142.548.160 pessoas já tomaram a segunda dose do esquema vacinal ou dose única, o que representa 66,82% da população brasileira, e a dose de reforço foi aplicada em 24.602.805 pessoas. Porém, ainda em consequência do ataque cibernético ao site oficial do Ministério da Saúde (MS), em 10/12, apenas oito estado divulgaram dados novos: Bahia (BA), Espírito Santo (ES), Mato Grosso do Sul (MS), Pará (PA), Pernambuco (PE), Piauí (PI), São Paulo (SP) e Rio Grande do Norte (RN) – cerca de 20 milhões de indivíduos ainda estão com a segunda dose da vacina atrasada (Exame, 20/12/2021). É, e aí ainda aparece um “zé ninguém” da vida criticando negativamente a vacinação de crianças, no caso, pelo instante, de cinco a 11 anos de idade...




Arte: Thiagão

 

Quem seria o “lobo mau”?



Arte: Frank Maia

 

 Grata ao chargista, poupando-me de dizer o óbvio. Só que, aí, penso nos papagaios, controversas criaturas do reino animal, que imitam e reproduzem sons, humanos ou não, já que a ave em si não fala... 




Arte: Gilmar de Oliveira Fraga

GZH e Zero Hora, 08/12/2021


Durante uma coletiva de imprensa para a divulgação das medidas a serem tomadas pelo governo brasileiro em relação aos estrangeiros que chegam nos aeroportos e/ou cruzam as fronteiras terrestres do Brasil, bem como aos nacionais que retornam do exterior, a declaração (acima, na charge) do ministro da Saúde deu o que falar. Contrariando recomendações da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o ex-presidente da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), Marcelo Queiroga, quis “justificar” a decisão do governo federal em não adotar a exigência do passaporte vacinal nas situações mencionadas, alegando que “não se pode discriminar as pessoas entre vacinadas e não vacinadas e, a partir daí, impor restrições”, ainda afirmando que quer transformar o Brasil no “paraíso do turismo mundial” (UOL, 07,12).

 

Frustrando os planos do governo, que não se importa com a saúde da população brasileira, despreza a ciência e, de todas as formas, tenta sabotar medidas de enfrentamento à pandemia, o Supremo Tribunal Federal (STF) “deu uma lição para o presidente Jair Bolsonaro” quando, no dia 15, decidiu pela exigência do passaporte vacinal. Para o jornalista Vicente Vilardaga, a decisão “é uma questão estratégica de combate ao coronavírus. O Brasil avança na vacinação em bom ritmo, imunizando sua população e precisa se proteger de novas variantes como a Ômicron e de um eventual recrudescimento da doença. Além disso, é uma questão de equilíbrio e reciprocidade, já que outros países têm a mesma preocupação e exigem os mesmos documentos dos viajantes brasileiros. O que o STF conseguiu evitar com sua decisão oportuna foi que o País se transformasse no paraíso dos infectados”. Segundo o jornalista, a decisão estabeleceu que “quem quem viajou antes de terça-feira, 14, e não tiver comprovante de vacinação, poderá apresentar o teste RT-PCR negativo e cumprir uma quarentena de cinco dias. Ao final dela, será feito um novo teste. Desde o início da pandemia, o tribunal vem trazendo racionalidade para o combate à doença, contrariando as posições anticiência e diversionista do governo. Foi o STF que garantiu autonomia para estados e municípios agirem contra a pandemia e permitiu o cumprimento das medidas de isolamento. Também atuou firme para cobrar o início da vacinação e estabelecer os grupos prioritários. Agora, com o passaporte, acertou em cheio de novo” (Istoé, 17/12). Enquanto isso...



Arte: Laerte Coutinho

Folha de S. Paulo, 14/04/2020

 

 

Charge tão atual, refletindo o que passa no vácuo de muitas mentalidades obscurantistas.

  

Por quem os sinos dobram e os fogos queimam

Já em 27/11/2021, o buscador Google afixou em sua página de abertura um doodle em homenagem as festividades de fim de ano, reforçando, assim, que todos tem de celebrar... O quê, já não o sei! Só sei que quase todas as capitais brasileiras já cancelaram, total ou parcialmente – deveria ser por completo –, as comemorações do Natal e do réveillon que se anunciam. Infelizmente, não podermos dizer o mesmo de eventos outros, sejam eles promovidos por iniciativa de órgãos públicos e/ou privados, por cidadãos e/ou empresas, pessoas físicas e/ou jurídicas. Só que, enquanto isso, as vozes que insistem em protestar contra o liberou geral no Brasil permanecem sem eco, pois não dispõe da força que detém o poderio econômico e os seus tentáculos, mais parecendo metástase. Sem falar que, ao contrário da charge do artista (abaixo) – atualíssima, por sinal, pois reflete o pensamento torto de muitos –, nada está “normal”, algo, aliás, que ignoramos quando o será...




Arte: Jean Galvão

Folha de S. Paulo, 06/12/2020




Arte: Carlos Latuff

Brasil de Fato, 2021




Arte: Gilmar de Oliveira Fraga

GZH e Zero Hora, 15/12/2021




Arte: Marian Kamensky - Áustria




Arte: Gilmar Machado

 

 

Por quem os sinos dobraram no Natal de 2021? E qual o sentido de uma queima de fogos de artifício, ou melhor, a graça, isso de maneira em geral, com uma trilha sonora de péssima qualidade, ainda mais num réveillon, o segundo, em plena pandemia? Sem dúvida alguma, um réquiem duplamente de mau gosto em memória dos que tiveram as suas vidas ceifadas pela covid-19 e um desrespeito para os que terão o desprazer de ouvi-lo. Neste final de ano, portanto, período extremamente favorável à propagação do vírus, com o espírito festivo “baixando” na maioria das pessoas, estimulando, apesar da pandemia, inconvenientes confraternizações ou mesmo inoportunas viagens; as férias, escolares ou não; os veraneios por todo o vasto litoral  brasileiro, frequentado, ainda, por um número incalculável de gente, turistas ou não, esbaldando-se nas praias, como se nada estivesse acontecendo, além do incertos meses vindouros, nos quais o espectro do carnaval (01/03) avizinha-se, pois, como se sabe, a data começa a ser comemorada dias antes, prolongando-se mesmo depois – evento que, no caso do Brasil, deveria ser cancelado em todo o país, bem como demais aglomerações –, faço minhas as palavras da infectologista brasileira Carla Guerra, proferidas após o óbito de um paciente seu que, inclusive, foi uma das primeiras vítimas fatais da covid-19 no Brasil (16/03/2020) – palavras essas que, desde o início da quarentena, viraram bordão com direito a hashtag, ou seja: #FiqueEmCasa

  

Epílogo

Infelizmente, um percentual inimaginável da população insiste em abrir alas para a hipocrisia reinante que sempre caracterizou as festividades de final de ano, que, no hemisfério sul, ilustra o début do verão, estação que, como se diz no Nordeste, é impregnado de um calor da mulesta, soberanamente dominando, infelizmente, de 21/12/2021 a 20/03/2022, ao mesmo tempo em que, pela segunda vez, divide o trono com a estupidez e a canalhice daqueles (as) que, em detrimento da vida, promovem aglomerações em plena pandemia de um vírus que não tem hora marcada para partir, assim como os hospitais de portas abertas, todos, respectivamente, de plantão...




Arte: Rogério

Humor Inteligente (31/12/2020)

 

 

Desse modo, esqueçam as festas, as aglomerações, mesmo porque não há o que comemorar... Enfim, é como já asseverou o dramaturgo e poeta alemão Bertolt Brecht (1898-1956) na peça Das leben des Galilei (A vida de Galilei), estreada em 1943: Quem ignora a verdade é simplesmente um ignorante, mas aquele que a conhece e diz que ela é uma mentira é um criminoso”. 




Arte: Dave Granlund - Estados Unidos

 

 

No caso do Brasil, a pandemia assume novas proporções por ter um genocida desgovernando o país, que, entre outras, é anti-vacina, devendo a população brasileira se vacinar não apenas contra a covid-19, mas também contra a gripe causada pelo vírus influenza, que, inicialmente, se tornou uma epidemia no Rio de Janeiro, logo se espalhando, com o pólen das flores da primavera, para outros estados, ainda mais porque, embora fato não se conteste, o governo federal não reconhece a situação endêmica que ameaça todo um país. Daí a população brasileira ter igualmente de tomar uma terceira vacina, que é a que confere imunidade contra vermes execráveis, como o que se aboleta do Executivo do país. Por fim, um alerta da Europa, onde a quinta onda da pandemia do novo coronavírus tem aumentado de volume rapidamente (Istoé Dinheiro, 22/11). Ou seja, segundo o porta-voz do governo francês, Gabriel Attal, a variante ômicron está propagando-se na “velocidade da luz”... 




Arte: Marian Kamensky - Áustria

 

 

Por fim, como disse o geneticista espanhol Fernando González Candelas, professor de genética da Universidade de Valencia e pesquisador da Fundação para o Fomento da Pesquisa em Saúde e Biomédica da Comunidade Valenciana (Fisabio), nenhum especialista se atreve a prever o que acontecerá com a ômicron: ”Pode se tornar predominante ou desaparecer, ainda não temos dados suficientes para avaliar isso” (El País, 02/12/2021). O futuro da variante do novo coronavírus também dependerá de até que ponto as vacinas serão capazes de detê-la... Voilà!

 

 

 

Porém, para quem insiste em badalar, não medindo as consequências dos seus atos...

 

Agência Fiocruz de Notícias: O Observatório Covid-19 Fiocruz lança uma nova cartilha, que sistematiza um conjunto de recomendações que orientam sobre formas mais seguras de passar o Natal e o réveillon e diminuir os riscos de transmissão da Covid-19 no período. Além da cartilha, as orientações também serão divulgadas em formato de cards informativos que possam ser compartilhados pelo WhatsApp e demais redes sociais, bem como por uma enquete nas redes, que simula um jogo para a pessoa que deseja ir a um encontro de fim de ano da maneira mais segura possível. A cartilha pode ser acessada aqui.

  

RETROSPECTIVA



Arte: Joe Heller – Estados Unidos

 

 

Certo dia, num repente de indignação em relação à alienação e/ou à má fé das pessoas em relação as aglomerações na pandemia, não esquecendo do discurso negacionista de que o mundo já está livre desse mal – ledo engano –, recordei-me de uma entrevista da CBN com a economista brasileira Monica de Bolle, que foi ao ar em 28 de março de 2020 – data, aliás, em que a Justiça Federal do Rio de janeiro concedeu uma liminar que suspendeu a veiculação por qualquer meio, físico ou digital, da campanha O Brasil não pode parar, de iniciativa do governo federal, após dias sendo compartilhada em vídeo nas redes sociais e grupos fechados de troca de mensagens, a qual minimizava o grau de letalidade da covid-19; defendia o fim da quarentena no país menos de duas semanas depois em que a pandemia foi anunciada pela OMS, com a medida devendo contemplar apenas os idosos, e incentivando o retorno ao trabalho.




Arte: Maringoni




Arte: Laerte Coutinho

 

 

Contrariando as orientações da OMS e de outras organizações globais no que concernia as medidas sanitárias, sobretudo à quarentena planetária, que já estavam sendo adotadas pelas autoridades mundiais para o enfrentamento da pandemia, o teor da campanha por si só escancarou o pensamento calamitoso do presidente Bolsonaro e o do governo federal em relação a tais medidas. Retirada de circulação, a Secretaria Especial de Comunicação Social do Governo Federal (Secom) tentou em vão justificar que a peça publicitária, isto é, o vídeo em questão, foi produzida em “caráter experimental” – justificativa essa nada convincente, pois apenas reafirmou o total descaso com o qual Bolsonaro e o seu governo iriam lidar com o problema dali em diante, ou seja, de forma “experimental”, o que, desde então, tem se confirmado.




Arte: Zé Dassilva

 

 

PhD pela London School of Economics e, durante a pandemia, por seu interesse em saúde pública, tornou-se especialista em imunologia, genética e boquímica pela Harvard Medical School, Monica de Bolle, que defende quefatores sociais, econômicos e políticos juntaram-se à alta transmissibilidade do vírus para impulsionar a pandemia de COVID-19”, de cara criticou, na entrevista à CBN, a polêmica campanha, considerando o vídeo criminoso e enfatizando que, ao induzir as pessoas a saírem da quarentena, o presidente Jair Bolsonaro promovia uma “tremenda desinformação”, além de desmentir a autoridade de infectologistas sobre a gravidade da doença: “É de uma indigência absoluta, surreal”, disse a economista, ficando óbvio que ele será responsabilizado “pelas mortes e pela sobrecarga no sistema de saúde”. 




Arte: Edgar Vasques

 

 

Não à toa, em 27/04/2021, foi instalada a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da covid-19, a fim de investigar a atuação de Bolsonaro e do seu governo diante da pandemia. Quase seis meses depois, a conclusão da CPI foi a de que o chefe do Executivo teria cometido onze crimes ao longo da pandemia. Porém, no dia 20 de outubro... 




Arte: Renato Aroeira

 

 

Depois de certos “acordos” e feita a leitura oficial do relatório final, a CPI atribuiu nove crimes a Bolsonaro, além de recomendar, entre outras deliberações, mais 80 indiciamentos pelos órgãos competentes – resta aguardar se essa mente perversa e celerada que (des) governa o Brasil será realmente punida nos rigores da lei. Não obstante, retornando a março de 2020, ainda no tocante à polêmica desencadeada pela descarada e irresponsável campanha institucional... À época, em sua entrevista à CBN, a economista Monica de Bolle, que também é pesquisadora-sênior do Peterson Institut for International Economics e docente da Johns Hopkins University, em Washington D.C., frisou, ainda, que a economia é feita de pessoas e não cuidar da saúde das pessoas iria afetar ainda mais a economia, afirmando que as medidas sanitárias eram necessárias.

 

Ocorre que, como a economia seria impactada pela quarentena, cabia ao Estado brasileiro o papel de sustentá-la. Não a população, já que, para a economista, não vivemos uma crise econômica, mas de saúde pública – crise essa que ela comparou com um asteroide caindo no mundo, causando um “estrago grande”...




Arte: Edu

 

 

Tocando em feridas da sociedade sem melindre algum, De Bolle declarou que, infelizmente, no caso do Brasil, lhe causou espanto a surdez e a cegueira, ou melhor, a paralisia do Executivo e a sua incapacidade de entender “a magnitude da crise: “Nunca imaginei que a gente fosse ver uma inércia tamanha frente a uma crise tão monumental”. Em sua coluna no jornal El País (22/03/2021), a economista confirma o que dissera quase um ano antes, isto é, “o país inteiro asfixia (...) porque continua preso na armadilha de que a economia importa mais do que as vidas que a sustentam. Não fosse assim, teríamos medidas de lockdown – não as medidas disfarçadas de lockdown que fizemos em 2020, mas as de verdade – no país inteiro” – medidas essas que, segundo ela, deveriam ter sido defendidas por todos: governos e população.




Arte: Rodrigo Brum

Tribuna do Norte, Natal (RN), em 27/03/2020

 

 

Em sua opinião, tais medidas consistiriam, “em poucas palavras”, no “fechamento do país”, com todos os serviços e estabelecimentos não essenciais fechados; a circulação de pessoas “severamente limitada”; o uso de máscaras “obrigatório” e penalidades para quem infringisse essas ordens deveriam “ser postas em prática”. De acordo com de Bolle, afetado hoje, inclusive, por variantes mais agressivas do vírus (...), o país não tem tempo a perder”, mas perde. Porém, para ela, não era possível fechar o país sem um auxílio emergencial satisfatório, que, aliás, ela sempre defendeu, e não apenas como uma medida econômica, mas uma medida de saúde pública, o que não aconteceu a contento, sobretudo na segunda e última etapa do benefício, que, inclusive, ela classificou de “completamente inadequado”.

 

Tanto que, à época, a economista questionou: “Como que as pessoas, que precisam ter meios para sobreviver sem ir aos seus locais de trabalho serão capazes de se alimentar com menos da metade do valor da cesta básica?”. Quanto à letargia e à inércia da condução do governo federal, principalmente ao despreparo do ministro da Economia, Paulo Guedes, que defende gastos mínimos por parte do Estado brasileiro, de Bolle perguntou-se: “Desde quando as contas públicas brasileiras passaram a ser mais importantes do que a maior crise sanitária já vista no país segundo a Fundação Oswaldo Cruz?”. Para ela, “as contas públicas são soberanas porque nós teimamos em separar a economia e a saúde”, algo que, no seu entendimento, não é passível de separação.

  

Armadilhas da economia

As vozes que se ergueram contra as decisões de âmbito federal, distrital, estaduais e municipais a favor das paulatinas flexibilizações do funcionamento de estabelecimentos e espaços públicos e privados de não importa qual natureza, ou a retomada gradual, entre outras, das atividades socioeconômicas, educacionais e culturais de um modo em geral no Brasil, sempre foram minoria e continuam minoria ao manterem os seus protestos de indignação em relação as autorizações escancaradas que, já tem um tempo, passaram a garantir, em muitos estados brasileiros e no Distrito Federal, o pleno funcionamento desses mesmos estabelecimentos e espaços sem que sejam exigidas a obrigatoriedade da adoção de certas medidas sanitárias. 




Arte: Vitor Teixeira

 

 

E tudo isso, é notório, em razão pura e simplesmente da economia, que não pode parar, o que, novamente, me remete à economista Monica de Bolle, quando ela diz que o Brasil asfixia “porque continua preso na armadilha de que a economia importa mais do que as vidas que a sustentam” – o que só confirma que, apesar das manifestações de preocupação com a pandemia nos discursos das autoridades, o que se constata, a olhos vistos, é a priorização da economia em detrimento da saúde pública, não sendo possível – hors de question – sentir nenhum vestígio de sinceridade nesses discursos, apenas demagogia, na política. Ou, melhor dizendo, politicagem.

  

De sanguessugas

Em 2020, enquanto dezenas de países adiaram os seus pleitos por meses ou mesmo por um ano por causa da pandemia, o que ainda foi imprudente, o Brasil, então epicentro das mortes causadas pela SARS-COV-2 no mundo, optou por andar na contramão ao realizar, no mês de novembro, as suas eleições municipais. Não abrindo mão de certo “pecado” capital, ou seja, o da gula, no caso, por votos, e com o aval do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), os candidatos pouco se importaram, na crista da segunda onda da pandemia, em promover aglomerações, tipo comícios, carreatas e boca-de-urna (proibida por lei, mas, na prática, um fato), entre outros eventos, que, a bem da verdade, colocaram em perigo à vida de muita gente. E tudo isso apenas para satisfazer às veleidades de uma elite que, mesmo numa situação periclitante como a da pandemia, não toma tino.




Arte: Duke

 

 

Sim, insistindo na desumanidade de enxergar o povo brasileiro apenas como massa de manobra ou, como acharem melhor, cabeças de gado a caminho do abate em fétidos matadouros... Daí não ter sido uma surpresa a total falta de remorso do Tribunal Soez Eleitoreiro (TSE) e dos candidatos por, deliberadamente, exporem a população, já vulnerável, a situações que só acentuaram essa vulnerabilidade, contribuindo, portanto, com a disseminação do vírus, bem como não foi uma surpresa a consciência tranquila desses mesmos candidatos após as urnas garantirem a sua eleição ou reeleição. Isso porque, convenhamos, a consciência de candidatos a pleitos públicos só é abalada quando as suas eleições ou reeleições estão em risco, ameaçando o seu status quo. Simples assim. 

  

Enquanto isso, na terra dos potiguaras

Em 12/03/2020, quando ocorreu a primeira morte pela covid-19 no Brasil, foi notificado o primeiro caso de contaminação pelo novo coronavírus do Rio Grande do Norte, com o primeiro óbito no Estado sendo registrado no dia 28 do mesmo mês. Segundo o consórcio de veículos de imprensa (g1, 26/12), já foram contabilizados 7.566 mortes e 386.062 casos desde a primeira vítima fatal da doença em solo norte-rio-grandense – dados que, na verdade, ocultam uma realidade ainda mais dramática, pois a estimativa é a de que esses números sejam maiores. Sem falar nos dois recentes ataques cibernéticos ao site do Ministério da Saúde (MS), ao aplicativo e à página do ConecteSUS, comprometendo o balanço nacional diário divulgado pelo referido consórcio.

 

Em alta (+ 33%) no dia 26/12 – percentual que, diariamente, varia, igualmente demais estados brasileiros – o que também varia praticamente todos os dias – e a exemplo do que ocorre em quase todo território nacional, o Rio Grande do Norte, faz feio pela quantidade escandalosa de eventos públicos e privados realizados a 3x4 por todos os seus confins, seja com a anuência do governo federal, estadual e/ou das prefeituras municipais, sendo, por assim dizer, um celeiro de aglomerações – inútil querer tapar o sol com a peneira, ainda mais, por exemplo, em Natal, a Cidade do Sol, capital do Estado, onde, ainda no ocaso da primavera, os termômetros já andavam superaquecidos, isto é, “uma quentura só!”, como, à ocasião, ouvi de um feirante fazendo uma entrega em domicílio.

  

De decretos e aglomerações

Desde que, em 11/03/2020, a OMS anunciou que o planeta estava à mercê de uma pandemia, o governo do Rio Grande do Norte já lançou, ao todo, 51 decretos normativos tendo em vista o combate à proliferação do novo coronavírus, com destaque para o segundo deles, o de n° 29.513, que passou a vigorar em 14/03, determinando o início da quarentena em todo o Estado, além da publicação, no dia 17, do decreto de n° 29.521, instituindo o Comitê Governamental de Gestão da Emergência em Saúde Pública. Por fim, no dia 20, em virtude da pandemia, foi decretado (n° 29.534) estado de calamidade pública no RN. Não obstante, acompanhando o andar da carruagem na maior parte das unidades da federação, não demorou para que, em 23 de junho, o decreto de n° 29.774 estabelecesse que a implantação do cronograma para a retomada gradual responsável das atividades econômicas no Estado, embora mantendo a quarentena, teria início em 1° de julho.

 

Foi quando o tempo fechou, pois, a partir daí, os setores econômicos não mais deram trégua ao governo do RN, o mesmo ocorrendo em demais estados e no Distrito Federal – cada um criou o seu próprio cronograma –, como se pouco importasse o alerta da OMS para que o Brasil redobrasse a cautela, já que o mundo vivia, continua vivendo, uma pandemia, com os casos de contaminação pelo novo coronavírus aumentando, as mortes acumulando-se, sem que, no Brasil, seja possível precisar quando, de fato, a quarentena foi “abandonada” à própria sorte... 




Arte: Cazo

 

 

O tempo, contudo, passou e, cerca de 13 meses depois, em 04/08/2021, o decreto estadual de n° 30.795 não apenas dispôs sobre a ampliação da retomada das atividades socioeconômicas no RN, fundamental “para a preservação dos empregos e da renda da população, afetados pelas necessárias restrições de funcionamento”, mas também sobre os protocolos sanitários visando assegurar a proteção da saúde do povo potiguar, embora, ao mesmo tempo, ficando sem efeito disposições anteriores relacionadas ao controle de temperatura de funcionários, colaboradores e clientes no interior de estabelecimentos abertos ao público, embora a proteção individual facial – a máscara – continuasse a ser obrigatório, apesar de o documento não mencionar se o indivíduo tivesse de portar o seu próprio álcool em gel 70% ou álcool líquido 70% nem que os estabelecimentos deixassem de oferecer essa medida protetiva aos seus funcionários, colaboradores e clientes.

 

Enfim, mesmo sem a lei obrigando-os a aferirem a temperatura, os estabelecimentos deveriam fazê-lo por respeito aos demais. O que ocorre, todavia, é que, “graças” à mesquinhez dos seus proprietários, os estabelecimentos deixaram de aferir a temperatura e de disponibilizar o álcool em gel 70% ou o álcool líquido 70% em seus pontos de acesso – a não ser que quisessem. É como se, em sua alienante lógica, que deixaram de adotar certas medidas sanitárias porque eram obrigados por lei, esses proprietários entendessem que, no caso dos clientes, por exemplo, já que, mesmo em plena pandemia, saem de casa para consumir, que o façam, portanto, por sua conta e risco. Ledo engano, porque a realidade está aí, acenando não somente para os potiguara, mas de igual modo para todos os brasileiros e para a população mundial, com o Brasil, em 19/11, batendo a marca de 22 milhões de casos de contaminação registrados desde o início da pandemia e, em 02/12, ultrapassando os 615 mil óbitos notificados desde então.

 

Sem falar na variante ômicron e em novas ondas no mundo. Desse modo, quem tem consciência e preza pela vida, a sua e a dos demais, cuida; quem só enxerga cifrões aos seu redor não cuida. Infelizmente, o que mais se vê são descuidos, gente descuidada por aí. Certos decretos? De há muito, apenas favorecendo as aglomerações que, não é de hoje, “pipocam” por toda parte...




Arte: Gilmar de Oliveira Fraga

 

 

São estabelecimentos comerciais de toda sorte; feiras, as livres, em ambientes abertos, e as de outra natureza, temáticas ou não; transportes públicos lotados, que, aliás, nunca deixaram de bater o ponto nos pontos de parada, embora, antes, suspenso o serviço em dias não úteis, embora fosse obrigatório o cumprimento do distanciamento entre os seus usuários e demais medidas sanitárias, o que, aliás, só aconteceu por um breve período, no início da pandemia... O retorno gradual as aulas, por sua vez, presencial e/ou híbrido, ou seja, de corpo presente e/ou remotamente, isso em escolas, faculdades e universidades, públicas e privadas do Rio Grande do Norte, suspensas desde o dia 17 de março de 2020, foi facultativo – nas escolas privadas, por exemplo, o retorno as aulas presenciais em todos os níveis foi autorizado por decreto mesmo ainda na primeira onda da pandemia, em setembro do ano passado... 




Arte: Nani Lucas (in memoriam) 

 

 

No dia 05 de abril do corrente, entretanto, por entender que a educação deveria ser tratada como atividade essencial, o Ministério Público do Rio Grande do Norte entrou com uma ação civil para que o Governo do Estado estendesse a obrigatoriedade do retorno das aulas presenciais não apenas nas escolas privadas, mas também nas públicas, estaduais e municipais, e “de forma híbrida, gradual, segura e facultativa”, ressaltando que os protocolos de sanitários então vigentes fossem cumpridos, assegurando com rigor as medidas de biossegurança. Daí que, em 04 de maio, mesmo afirmando que não haveria necessidade de distanciamento entre os estudantes, mas apenas evitados contatos físicos, como beijos e abraços, por exemplo, a secretaria de Estado da Educação, da Cultura, do Esporte e Lazer (SEEC/RN) permitiu o retorno gradual de 100% (+ 1, o vírus) dos alunos as unidades de ensino... 




Arte: Zé Dassilva

 

 

Porém, apesar do entendimento do Comitê Científico de Enfrentamento da Covid-19 do Estado, que opinou favoravelmente à “abertura gradual e responsável do comércio e dos serviços no âmbito local, desde que respeitados os protocolos e regras de prevenção de contágio e enfrentamento à Covid-19”; com ou sem revezamento de grupos de alunos nas aulas presenciais e a determinação do retorno híbrido e facultativo, já que os pais e/ou responsáveis que, com receio de contaminação, não concordaram com o retorno presencial, tendo o seu desejo respeitado e seguindo com o ensino remoto, a maioria das escolas não dispunha de infraestrutura para receberem os estudantes, incluindo a merenda escolar – estímulo de vital importância para boa parte do corpo discente comparecer à sala de aula, pois, é de convir, muitos dependem da merenda para garantir o seu sustento alimentar.

 

Por outro lado, em função da alta do desemprego durante a pandemia, apesar do auxílio emergencial, que só ajudava, não resolvia o problema, isso para quem o recebia, muitos pais e/ou responsáveis sequer tinham como pagar o transporte do (s) filho (s), o que, aliás, para quem podia pagar, gerava outro entrave, pois, assim como a sala de aula, os ônibus e congêneres também eram e continuam sendo espaços propícios para a transmissão do vírus. 




Arte: Nani Lucas (in memoriam)

 

 

Toda essa realidade, inclusive, fez muita gente especular, até mesmo gracejando, que quem não morresse de covid-19, morreria de fome – há quem continue especulando, pois, atualmente, nem auxílio emergencial existe mais, o que faz com que 22 milhões de brasileiros não possam mais dispor do benefício, com a situação, toda ela, permanecendo preocupante, ainda mais se acrescentarmos outro item, que é o da evasão escolar e o seu vertiginoso crescimento, o que, portanto, nesse cenário dantesco, fez que muitos recorressem aos mais diversos argumentos em defesa do retorno presencial às aulas: da compaixão à interesses econômicos, passando, evidentemente, pela evasão escolar, ainda mais porque, diante das desigualdades socioeconômicas, que se acentuaram com a pandemia, muitos alunos não dispunham e continuam não dispondo de condições para prosseguir com os seus estudos on-line... 




Arte: Salomón

 

 

Ocorre que, quer queiram, quer não, o mundo vive uma pandemia. E o Brasil não é uma exceção, não está de fora da situação, embora muitos estejam “por fora”, comportando-se como se nada disso estivesse acontecendo. Infelizmente, no caso da evasão escolar no país... 




Arte: autor não identificado

 

 

Os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNDA Contínua), divulgados em 02/12/2021, apenas confirmaram o que já se sabia, isto é, o aumento da evasão escolar, considerada, aliás, a maior de todos os tempos em todo o território nacional. O fato é que, para muitos, o retorno às aulas presenciais foi uma decisão prematura, sobretudo por promoverem aglomerações, favorecendo a proliferação do vírus. Falando em educação, outro exemplo de aglomeração foi o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), cujas provas de 2020, em função da pandemia, foram adiadas para janeiro e fevereiro de 2021, ainda mesmo durante pandemia – quem entende isso? Não à toa, é compreensível que a edição de 2020 do Enem tenha acumulado um recorde de abstenções. Já o Enem 2021, que teve as suas provas aplicadas no dia 21 e 28/11 para 2.179.559 estudantes em todo o país, registrou o menor número de participantes desde 2004.

  

Eventos, para que te quero?

Quanto à retomada das atividades relacionadas ao setor de eventos de uma maneira em geral e no Brasil como um todo, as suas respectivas liberações nos estados e no Distrito Federal foram por fases, parciais e gradativas, condicionadas, entretanto, aos indicadores das taxas de transmissibilidade do novo coronavírus e das de ocupação dos leitos clínicos e de Unidades de Tratamento Intensivo (UTIs) para pacientes com a covid-19 – lógica essa que igualmente norteou a retomada das atividades do comércio, incluindo a rede hoteleira, e de demais serviços prestados à população. No RN, entre os eventos que já começaram a ser liberados para um público de 50 pessoas já em 08/06/2020, estão os corporativos, os técnicos, os científicos e as convenções (os eventos religiosos, liberados parcialmente em 24/07 do mesmo ano, merecem alguns parágrafos à parte). Então, daí para frente, ou seja, a partir de junho do ano passado, os eventos acima mencionados foram gradualmente aumentando a sua frequência de participantes até liberar geral.

 

No que diz respeito a demais eventos, de natureza diversa e considerados atividades econômicas, melhor resumir, no intuito de evitar um processo gradual de úlcera... Então, no caso do RN, o governo do Rio Grande do Norte autorizou os eventos de massa (acima de 600 pessoas), sociais, recreativos e similares; cinemas, museus, teatros, circos, parques de diversões e afins em 17/09/2021. Porém, as realizações de tais eventos foram e estão condicionados à prévia liberação da Secretaria da Saúde Pública, com apresentação de protocolo sanitário específico e exigência de comprovação de pelo menos uma dose da vacina dos participantes, apesar de os municípios poderem exigir o passaporte da vacina para as situações que acharem necessário, a decisão, que tem prazo indeterminado, pode ser revista a qualquer hora em função do cenário epidemiológico no RN.

 

O problema é que, além dos passaportes legais, há quem venda e há quem compre passaportes falsificados, aumentando o risco de contágio nos eventos. Já nos que não exigem o documento, o perigo é ainda maior, mas, mesmo assim, tem gente que não se importa com isso. Sejam as aglomerações realizadas em ambientes fechados ou abertos, durante a semana, nos fins de semana, em datas festivas e nos feriados, que não são poucos, promovidas e desfrutadas de forma prolongada e “relaxadamente”, sobretudo nas praias do vasto litoral brasileiro, no caso, do RN também, onde o uso das máscaras, por exemplo, parece ser algo do passado...




Arte: Maringoni

 

 

O que me faz lembrar de uma frase de Cícero (106-43 a.C.) político e orador latino: A ignorância é a maior enfermidade do ser humano”. 

  

A força do agronegócio

Falando em festividades, um caso escandaloso de festa temática foi a Festa do Boi, exposição de animais, máquinas e implementos agrícolas do Rio Grande do norte, que ocorre desde o início da década de 1960 em Parnamirim, a 20km de Natal, e que, em 2020, devido à pandemia, realizou-se virtualmente, mas que, neste ano de 2021, mesmo ainda em plena pandemia, findou acontecendo do dia 13 a 20/11. Detalhe: uma espécie de “cesta básica” para o setor no RN e promovido pela Associação Norte-Rio-grandense (Anorc) em parceria com a secretaria da Agricultura, da pecuária e da Pesca (Sape) do Governo do Estado, entre outros parceiros, o evento reuniu, ao longo de oito dias, mais de 300 mil pessoas...





Sim, todas livremente circulando pelo Parque Aristófanes Fernandes em meio a exposições, shows, leilões e demais atrações garantidas pelo evento, que, para muitos, foi plenamente “justificável”, pois, afinal, movimentou mais de R$ 50 milhões em sua retomada presencial – mais uma vez a economia fazendo valer as suas vontades, evidenciando o seu pulso forte, de nada adiantando se o programa Pacto pela Vida da secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) impôs a adoção de protocolos de biossegurança pelos realizadores da festa, como, por exemplo, a exigência do comprovante de vacinação para expositores, comerciantes, prestadores de serviços e público em geral.

 

A título de curiosidade, quem quiser tomar nota dos demais parceiros que contribuíram para festa tão “essencial” em plena pandemia e, portanto, ficou desconfortável com o fato, basta ir nos links consultados ao final desta postagem para se inteirar dos nomes...

  

Devagar com o andor que o santo é de barro

Por mais que o Brasil abrigue em seu seio a maior população católica do mundo e, de quebra, tenha uma padroeira, além de religiões outras espalharem-se por todo o seu território e do sincretismo dos seus crentes ser hors concours, um espectro ora paira sobre a sua cabeça: a ideia esdrúxula de “desavisados” de plantão que, a ferro e fogo, pegando carona na pandemia, querem, através de novas leis, conferir à gama de atividades religiosas de não importa qual natureza realizadas no país o status de atividade e/ou serviço essencial para a sociedade, alegando, entre outros “benefícios”, que as mesmas promovem o bem-estar coletivo, desafiando, assim, o fato de que, acima de todos e de tudo, reside a laicidade do Estado brasileiro. E que tal devaneio é inconstitucional – exemplos de tamanho desatino andam ocorrendo nesse país de meu deus não é de hoje, cabendo ao Brasil não permitir, banindo de vez, qualquer tentativa nesse sentido.

 

Então, igualmente contempladas por leis que garantiram a sua retomada gradual no país em plena pandemia, as atividades religiosas, como missas, cultos e congêneres, foram liberadas já em 2020. Com isso, amparando todo e qualquer metro quadrado considerado religioso: igrejas, templos, terreiros, lojas maçônicas e estabelecimentos similares... 




Arte: Laerte Coutinho

 

 

No Rio Grande do Norte, por exemplo, a segunda fase dessa retomada iniciou-se em 12/08/2020, permitindo uma frequência máxima simultânea acima de 100 pessoas – o curioso é que, no dia 08, o Brasil registrou o marco de 100 mil mortes pela covid-19, com 03 milhões de casos confirmados...




Arte: Rodrigo Brum

Tribuna do Norte, Natal (RN), em 11/08/2020

 

 

Sem falar na ironia de que, ainda em 12/08/2020, dia em que a segunda fase da retomada gradual de espaços religiosos estava programada para iniciar, o governo do RN decretou luto oficial de três dias em solidariedade aos familiares das primeiras duas mil vítimas fatais da covid-19 registradas no Estado. Pior: reconhecendo que os números de casos de contaminação e óbito em todo o mundo só avançavam e que, por isso, a quarentena era a “alternativa mais adequada a ser adotada pelos governantes como política responsável de enfrentamento da COVID-19, dado seu impacto direto e significativo na curva de crescimento da pandemia”, o que permitia que mais vidas fossem salvas, além de admitir a imperativa “obrigação de coibir as aglomerações” (decreto n° 29.911/2020), o governo publicou, três dias depois, em 15 de agosto, o decreto de n° 29.927...




Arte: Cazo

 

 

Assinado um dia antes, o decreto em questão autorizou “a retomada do fluxo regular da frota de ônibus Intermunicipais”, sendo que as linhas cuja circulação abrangia a região metropolitana de Natal deveriam “voltar ao horário normal a partir do dia 21 de agosto”, inclusive em dias não úteis, revogando, ainda, certas obrigatoriedades em relação aos protocolos sanitários que, como foi dito antes, deveriam ser cumpridas pelo serviço e que estavam dispostas em decreto publicado meses antes, em 1° de abril. Daí que, cerca de 13 meses depois, o governo do RN lançou o decreto de n° 30.911 (17/09/2021), liberando “os eventos de massas, sociais, recreativos e similares, inclusive aqueles sem assento para o público ou destinados à dança (...), com público superior a 600 pessoas”...

 

Entre esses eventos preocupantes, isso em todo o Brasil, estavam e estão as festas de padroeiros (as) da Igreja católica, arrebanhando uma quantidade incomensurável de fiéis, curiosos e turistas, ou seja, ambos promovendo aglomerações – na capital do Rio Grande do Norte, por exemplo, não poderia ser diferente: apesar do dia de Nossa Senhora da Apresentação ser o 21 de novembro – a oficialização da data remonta ao ano de 1953 –, as festividades litúrgicas em homenagem à padroeira de Natal começam dez dias antes, ressaltando que, por sua magnitude, a referida data, que é feriado municipal, é considerada o evento católico de maior repercussão na região.

 

O ápice dos festejos, por seu turno, que me remete à infância, é, como se diz, “o dia da santa”, numa referência ao dia 21, sobretudo quando, no alvorecer, após navegar em procissão nas águas do rio Potengi, a imagem de Nossa Senhora da Apresentação, embalada pelo hino A madrugada surgindo, de autoria de minha avó paterna, Joana Guedes Câmara (1910-2003), ou dona Nanoca, que, há décadas, saúda a padroeira, desembarca na Pedra do Rosário, uma espécie de píer, localizada na comunidade Passo da Pátria, onde é celebrada uma missa para uma multidão. Em seguida, um cortejo segue a imagem no andor pela ladeira que é a histórica rua Quintino Bocaiúva, onde, também por décadas, morou a minha avó, devota de Nossa Senhora, até a antiga catedral, no centro da cidade...

 

Então, em respeito aos protocolos sanitários para evitar contágios pelo novo coronavírus, a Arquidiocese de Natal adaptou o calendário de atividades das duas últimas edições da festa da padroeira. E ainda que mantendo a tradicional procissão fluvial, suspendeu a missa na Pedra do Rosário e a procissão a pé, substituindo-a por uma carreata, bem como as demais procissões que costumam acontecer durante o evento. Sinceramente, deu até vontade de tirar o chapéu, ou melhor, o solidéu para a Igreja católica, mas, ao saber que as portas das igrejas foram abertas ao público, e isso mais de uma vez, malgrado o número “reduzido” de pessoas por cerimônia, com direito, inclusive, à eucaristia, desisti.

 

Isso porque, terminantemente contra todo e qualquer tipo de aglomeração na pandemia, acredito que, se realmente estivesse preocupada em não ser um vetor de transmissão do vírus, a Igreja católica deveria ter se limitado à transmissões on-line das atividades por ela realizada: dos terços, passando pelas novenas, as missas, além de demais chamarizes de fiéis. Não agindo assim, contrariou, inclusive, o teor da mensagem que, segundo a tradição oral, acompanhava a imagem de Nossa Senhora quando ela foi encontrada por pescadores locais dentro de um caixote às margens do rio Potengi no ano de 1753.

 

Isto é: Aonde esta imagem aportar, nenhuma desgraça acontecerá... Ora, sabemos que não é isso o que se sucede, sobretudo historicamente, mas, no que concerne à pandemia, a Arquidiocese de Natal pecou por ter posto a fé cristã em primeiro plano, não comungando com a vida, ainda mais porque as igrejas continuam repletas de fiéis, principalmente neste fim de ano – o mesmo vale para os cultos evangélicos que, com o seu non-sens, se esparrama igual praga de pardal além dos templos.

  

No covil dos leões

Despertando perplexidade e indignação, as atrações realizadas durante a pandemia na Arena das Dunas, espaço construído em Natal, cidade-sede da Copa de 2014 em Natal e que, após tanto desperdício de recursos para receber apenas quatro jogos do evento mundial, transformou-se, desde então, para não ficar entregue às baratas, num “complexo multiuso”, capaz das mais mirabolantes metamorfoses, onde, portanto, pode acontecer de tudo. De acordo com o site da Arena das Dunas, o espaço “promove e sedia de espetáculos (ou shows) culturais a jogos de futebol, passando por ações de marketing, eventos corporativos, políticos e religiosos, atividades esportivas, exposições, congressos, seminários e formaturas”. No que concerne à pandemia, aglomerações de um modo em geral – algumas realizadas já desde junho de 2020, quando o público era limitado a 50 pessoas (eventos corporativos, técnicos, científicos e convenções).

 

E é aí que entra o Carnatal, uma micareta, ou seja, um carnaval fora de época, no caso, segundo os seus organizadores, considerado o maior do mundo, que, aliás, apesar de ter sido cancelado em 2020, foi liberado em 2021, cuja abertura, inclusive, começou numa quinta-feira, 09/12, no largo da Arena das Dunas. Quando isso aconteceu, eu estava a escrever estas linhas, mas, ante a poluição sonora ensurdecedora, ou melhor, insuportável de um trio elétrico qualquer, que se assemelhava ao ruído ampliado de um cano de escape avariado, precisei fazer uma pausa, pois parecia que a folia estava acontecendo no quintal da minha casa, já que moro perto do local do malfadado evento, que, como o previsto, com uma programação que variou do axé ao forró, bagunçou o coreto até o domingo, dia 12.

 

Segundo o jornal Tribuna do Norte (12/12), milhares de pessoas circularam no “corredor da folia” ao longo dos quatro dias em que ocorreu a micareta, cujo acesso foi permitido apenas para quem, antecipadamente, comprovasse que estava com o ciclo vacinal de duas doses contra a covid-19 em dia. E aí, com o seu abadá e uma pulseirinha com os dizeres Tô vacinado, tô liberado, o folião ficava apto para ingressar na aglomeração do momento. Segundo o site oficial do Carnatal, esse controle foi feito mediante a Carteira de Vacinação Digital ou Certificado Nacional de Vacinação, com o folião declarando, no ato da compra do ingresso, que estava “completamente imunizado ou que completará o seu esquema vacinal contra a covid-19 até a data do evento”. O que é deveras curioso, posto que, em média, o organismo só passa a produzir anticorpos após 15 dias da aplicação da vacina – daí...

 

De qualquer maneira, apesar de o folião ser vacinado em cima da hora, apenas para cumprir uma exigência, que, a bem da verdade, não lhe garante imediata imunidade, a iniciativa caracteriza-se um privilégio concedido aos que fazem questão de brincar a trigésima edição da micareta. Enquanto isso, a maioria da população, reles mortais, tem de obedecer as normas vigentes, no caso, por exemplo, do reforço, da terceira dose de um dos imunizantes existentes, isto é, deverá ter completado o seu esquema vacinal com duas doses há pelo menos quatro meses. Sim, tem de esperar a sua vez para se vacinar, ficar na fila.

 

É, nada como um evento grandioso, como diz o próprio site do Carnatal, gerando um fluxo recorde de turistas para a cidade no período de sua realização, movimentando a economia, gerando empregos diretos e indiretos, “além de promover marcas locais e nacionais que se associam” a ele. De igual modo, nada como uma boa dose de alienação para que as pessoas sequer por um instante pensem nas ondas da pandemia, que se entrelaçam, podendo darem um caldo no mundo, e que, por exemplo, o terceiro caso de contaminação da variante ômicron no Brasil foi a de um brasileiro que, vindo da Etiópia, desembarcou no aeroporto de Guarulhos, São Paulo, no dia 27 de novembro e que, inclusive, já tinha sido vacinado com duas doses da Pfizer – fato confirmado pelo Instituto Adolfo Lutz em 1° do corrente (Repórter Rádio Nacional, 01/12/2021). 




Arte: Gilmar Machado

 

 

Sem falar que, como foi dito antes, a OMS já afirmou que a ômicron representa um risco maior de reinfecção, sendo “uma variante de preocupação”, é mais transmissível do que a variante delta e, embora seja menos letal, já anda aumentando o número de casos de contaminação, o que, obviamente, sobrecarregará os sistemas de saúdes mundiais. Nesse cenário preocupante, torna-se até surreal o fechamento do Hospital Municipal de Campanha de Natal, construído num antigo hotel da Via Costeira cedido pelo Tribunal Regional do Trabalho (TRT), cujo objetivo era o de receber pacientes com covid-19 após a sua inauguração pela prefeitura, em 04/05/2020. Ocorre que, por determinação da Justiça do Trabalho, o prédio do hospital terá de ser devolvido em menos de 90 dias – o curioso disso tudo é que, segundo a nota emitida pela Prefeitura de Natal, a cidade não mais vive um período “crítico” (g1, 18/12/2021)...

 

Porém, o mais estapafúrdio disso tudo é que, em novembro, além de já declarar que o hospital, de caráter temporário, não tinha mais serventia, o secretário de Saúde do município, o farmacêutico bioquímico George Antunes, condicionou o seu fechamento ao Carnatal (g1 RN, 17/11/2021). Segundo Antunes, especializado em administração hospitalar, gestão financeira e gestão pública, por ser um evento de grande porte, a micareta poderia ou não surpreender com novos casos de covid-19 e que, portanto, era necessário aguardar pelo menos 15 dias após o carnaval fora de época para que a decisão fosse de fato tomada. É o fim da picada, como se diz, autorizar um evento de proporções como o carnatal e condicionar o fechamento de um hospital a um eventual aumento de casos de contaminação pelo vírus durante os dias de sua realização.




Arte: Lute

 

 

Isso porque, além da irresponsabilidade de uma autorização como essa, se o acontecimento turístico recebeu “milhares” de foliões, o que garante que a sua maioria, turistas, não se infectou no local e em seguida retornou positivo para as suas cidades de origem? Ou quer dizer que só não podia adoecer em Natal? Enfim, o mais sensato seria ter cancelado o evento, a exemplo de 2020, e, mesmo assim, manter o hospital funcionando, visto que, não custa sublinhar, ainda estamos numa pandemia – a tiracolo, a nova variante, que, aliás, possui todos os pré-requisitos para se esbaldar nas passarelas da vida. Daí, não deixa de ser prematura a alegação de que o hospital já fez a sua parte. Daí entender a ira de uma cidadã, referindo-se as aglomerações na capital do Rio Grande do Norte: “Natal está um cabaré!”.

 

Eu, particularmente, acredito que um cabaré seja mais organizado, mas, enfim... O fato é que os eventos andam correndo solto por toda parte, sem rédeas. E não somente na Cidade do Sol – o que dirá no RN e em demais estrelas “naturais”! Ou anormais, citando, a título de ilustração e por considerar pertinente, alguns exemplos no universo dos desportos exatamente porque – uns mais, outros menos – os mesmos são responsáveis por formações de aglomerações em plena pandemia. Na verdade, todos entranhados na alienação vigente, muitos até fazendo pouco caso da crise de saúde pública em que o mundo vive.

  

Bola fora

Em 2020, com a pandemia interferindo nos negócios, a arrecadação dos principais clubes brasileiros de futebol foi de mais de R$ 4.5 bilhões. O montante é considerável, mas apenas representou uma redução de quase 25% em relação ao arrecadado em 2019. Daí, segundo os entendidos no assunto, um valor irrisório, já que, mundo afora, o esporte movimenta mais de US$ 300 bilhões (mais de R$ 1 trilhão) por ano – o futebol brasileiro é responsável por menos de 2% desse total. E mesmo sendo um dos maiores mercados do planeta, com 160 milhões de torcedores, o Brasil é um dos países que menos gera receitas com o esporte. Quem diria?!

 

Então, no dia 1°/04/2021, um decreto do governo do RN decretou que “os eventos esportivos de futebol profissional, previstos em agenda de campeonatos oficiais, poderiam ocorrer desde que observada a proibição de público nos locais de treinamentos e partidas, bem como a realização de testes em todos os participantes na véspera de cada disputa”. Sem tempo a perder, um dos jogos previstos pela 18ª edição da Copa do Nordeste realizou-se num estádio de futebol de Natal já dois dias após a autorização. Meses depois, foi a vez de um novo decreto estadual liberar a presença de público em todas as atividades esportivas realizadas a partir de 17 de setembro. 




Arte: Renato Peters

 

 

Com um público inicial vacinado e correspondendo a 30% da capacidade do local do evento, esse percentual, daí em diante, só foi aumentando... Sem falar que outros jogos logo entraram em pauta, aproveitando o embalo – em demais rincões do Brasil e no mundo a situação não era diferente, variando apenas o período em que os jogos foram retomados. Exemplo disso, as competições continentais realizadas em junho e julho deste ano, caso da 47ª edição da Copa América, no país de Pelé, quando a seleção brasileira, na condição de vice, pois perdeu para a Argentina, assumiu a segunda colocação no ranking da Federação Internacional de Futebol (Fifa), responsável pela atualização do desempenho dos times nas mencionadas competições.

 

Sem querer aprofundar-me no que tange à indústria do futebol, tema nada palatável, darei, mesmo assim, a título de ilustração, um breve tempo à Copa América, cancelada em 2020 por causa da pandemia, mas acontecendo em 2021... Ocorre que após a recusa da Colômbia e a da Argentina em sediarem o principal torneio masculino do esporte entre seleções da América do Sul por causa da pandemia, uma mirabolante articulação da Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol) e da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) com o governo brasileiro para que a competição fosse realizada de 13/06 a 10/07 no Brasil terminou sendo explicitamente apoiada pelo presidente Jair Bolsonaro – nenhuma surpresa.



Arte: Renato Machado

 

 

Isso porque, desonesto e inconsequente, o chefe do Executivo brasileiro não seguiu o exemplo dos países vizinhos nem, muito menos, aprendeu com a lição legada pelas autoridades brasileiras durante a gripe espanhola que, no caso, em função da pandemia da época, que desencadeou uma grave crise sanitária em todo o território nacional, recusou realizar no país o então Campeonato Sul-Americano, atualmente, Copa América, no ano de 1918, adiando o evento para o ano seguinte, indiferente, inclusive, aos protestos da recém-criada Confederação Brasileira de Desportos (CBD), atual CBF. Daí a revolta de muita gente diante do anúncio de que a Copa América 2020 seria realizada no Brasil em 2021 – anúncio esse que, óbvio, resultou num imbróglio político daqueles!


Reprodução twitter publicado pela Conmebol, em 31 de maio de 2021

 

 

Além de o evento no Brasil ser alvo de contundentes críticas, repudiando-o, e de ações que pediam ao Supremo Tribunal Federal (STF) a suspensão da Copa América no país pelos mesmos motivos alegados pela Colômbia e pela Argentina, que seria a pandemia, os jogadores da seleção brasileira, os “donos da casa”, organizaram-se e, em 09/06, de forma coordenada, publicaram um manifesto contra a decisão em seus respectivos perfis nas redes sociais – posicionamento esse que classificou o torneio de “inadequado” justo no país que é o segundo do mundo com mais mortes pela covid-19, somando, à ocasião, meio milhão de óbitos.

 

Porém, no dia seguinte, o STF findou autorizando o evento – nenhuma outra surpresa –, que aconteceria em Brasília (DF), Cuiabá (MT), Goiânia (GO) e Rio de Janeiro (RJ) – nesse ínterim, várias empresas desistiram de patrocinar a Copa América, pois não queriam os seus nomes associados à imagem negativa do torneio que, apesar das controvérsias, praticamente impôs a sua realização. Não à toa, antes mesmo do jogo de estreia do torneio (13/06), previsto para o estádio Mané Garrincha, em Brasília (DF), onde o Brasil enfrentaria a Venezuela, membros da delegação venezuelana, entre eles dez jogadores, testaram positivo para a covid-19, com atletas outros sendo convocados às pressas... 




Arte: Thiago Lucas

 

 

E não parou por aí o descalabro ao qual o evento estava fadado, já que os dados fornecidos pelo Ministério da Saúde (MS) sobre os casos de contaminação pelo novo coronavírus durante as semanas do torneio em todas as suas cidades-sedes eram controversos, confusos: ora eram 198 casos confirmados (01/07); ora 168 (06/07); ora 179 (12/07) e por aí ia. De qualquer modo, o que se sabe é que, entre jogadores, demais integrantes das delegações, prestadores de serviços (motoristas, funcionários de hotéis e pessoal dos estádios) e membros da Conmebol (arbitragem, médicos e profissionais de logística), a média de casos de covid-19 detectados foi, digamos assim, maior do que a média de gols.

 

À época, entrevistado pela Folha de S. Paulo (08/07), referindo-se, por exemplo, aos dados do dia 06 de julho, o epidemiologista Jesem Orellana, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz)/Amazônia, afirmou que 168 casos é um número baixo, “considerando que já na primeira semana do torneio foram registrados mais de 140”, ainda mais se considerarmos que o vírus espalha-se rapidamente. Para o epidemiologista, pode ter havido subnotificações, já que não foi feito o acompanhamento da situação de pessoas que possam ter tido contato com outras envolvidas no torneio, reforçando que o fato de pesquisadores não saberem de tais dados evidencia que se trata de um problema de transparência na informação. Em sua opinião, à ocasião, pareceu-lhe “uma omissão de dados proposital”.

 

O que também não seria surpresa alguma, já que, apesar de ao longo do evento os jogos terem sido interditados ao público, o mesmo não aconteceu na final entre o Brasil e a Argentina, quando, num gesto de extrema arrogância, os portões do Maracanã foram escancarados para que, mediante um teste RT-PCR negativo para o novo coronavírus, 5.000 torcedores vibrassem diante de 22 homens correndo atrás de uma bola. Ocorre que, antes do início da final, a Conmebol divulgou em suas redes sociais que detectou “testes adulterados”, mas esqueceu de dizer que, na entrada do estádio, permitiu aglomerações de torcedores e ambulantes, muitos sem máscaras, em longas filas com destino a um mesmo portão para a retirada dos ingressos... 




Arte: Mario Alberto

 

 

Enfim, outro exemplo ainda maior em sua retumbante alienação no cenário esportivo: em 29 de novembro, enquanto a variante ômicron já era notícia, pois fora reportada a OMS no dia 26 do mesmo mês e alarmava a comunidade médica e científica mundial, um “desalmado” locutor de rádio ousou falar num programa que a notícia mais importante do dia era a vitória do Palmeiras sobre o Flamengo na final da Copa Libertadores 2021, quando o time paulista e, detalhe, o mais rico do Brasil, se tornou tricampeão do torneio, em jogo realizado na tarde do dia 27 num estádio de futebol de Montevidéu, no Uruguai... O detalhe é que, em nenhum momento da sua empolgada narração, o locutor sequer mencionou o nome pandemia nem que, em meio a uma, caravanas saíram do Brasil para assistir à tal partida no país vizinho, cuja rede hoteleira, aliás, alcançou a sua lotação máxima semanas antes, e que o estádio uruguaio lotou, com 60 mil pessoas nas arquibancadas, além dos convidados...

  

Bolha olímpica?

Como demais torneios que, por causa da pandemia, não ocorreram em 2020, a 32ª edição dos Jogos Olímpicos foi adiada pelo Comitê Olímpico Internacional (COI) para 2021. Porém, apesar de o mundo ainda viver em estado pandêmico e ignorando que quase 70% da população do Japão não era favorável à realização das competições em Tóquio, o evento terminou acontecendo em solo japonês de 23/07 a 08/08 – o mesmo valeu para os Jogos Paralímpicos, realizados na capital japonesa de 24/08 a 5/09. Desse modo, fazendo jus a uma das características mais marcantes da cultura japonesa, ou seja, o minimalismo, a abertura, as competições e o encerramento das Olimpíadas deram-se sem a presença de público. Por sua vez, as equipes organizadoras, comissões técnicas, os atletas, funcionários e jornalistas presentes nas arenas e nas instalações do evento, foram submetidos a rígidas medidas de segurança para evitar a propagação do novo coronavírus, como testagens constantes, restrições de deslocamentos pela cidade, necessidade de distanciamento social e a utilização obrigatória de máscaras – no caso desta última medida, os atletas foram exceções nos treinos e nas provas.

 

Já o nome oficial dos Jogos Olímpicos realizados em 2021, permaneceu Tóquio 2020, pois representou o fim do ciclo olímpico, que dura quatro anos, no caso, subsequente a Rio 2016 – sem falar o óbvio, claro, isto é, a inviabilidade de ser lançada uma marca diferente da então licenciada para a comercialização de produtos e afins relacionada à essa edição do evento... Ocorre que, desde o início da pandemia, Tóquio estava em seu quarto estado de emergência quando da realização das Olimpíadas e, durante o evento, registrou um aumento de novos casos de contaminação – os números foram maiores do que quando atletas e delegações começaram a chegar, em 1° de julho. Para a imprensa japonesa, o aumento dos casos de covid-19 no país foi causado pelo evento, mas, para o porta-voz do COI, Mark Adams, o fato “fora da bolha” sanitária não foi desencadeado pelos jogos (BBC News Brasil, 30/07/2021). Controvérsias à parte, o fato é que houve um recorde de novos casos da doença no Japão em plena realização dos Jogos Olímpicos em Tóquio, coroados, aliás, com uma aglomeração diante da Torre Eiffel, em Paris, quando a capital japonesa passou o bastão para a capital francesa.




Arte: Duke

 

 

Com o “espírito” olímpico do novo coronavírus e contrastando com a discrição do encerramento do evento em Tóquio, o recebimento pela França do bastão para as próximas Olimpíadas protagonizou aquele que seria o único momento de aglomeração durante a mais recente edição do torneio: enquanto a prefeita de Paris, Anne Hidalgo, recebia a bandeira olímpica na cerimônia final, em Tóquio, uma multidão – muitos sem máscaras – pareceu ignorar a pandemia, apesar da exigência do certificado de vacinação ou de um teste negativo para a covid-19 a fim de que fosse permitido o acesso à área reservada ao público para presenciar o acontecimento diante de um dos ícones franceses, que é a Torre Eiffel. Enfim, entre os preparativos para a edição Paris 2024 dos Jogos Olímpicos, está a preocupação com o meio ambiente e o retorno do público ao evento, que, é esperado, seja marcado pela união e, se houver aglomerações, tudo indica que sim, que elas sejam saudáveis, pois, até lá, o mundo provavelmente já estará liberto do julgo da pandemia, favorecendo, assim, 100 anos após ter sediado a sua terceira Olimpíadas, a possibilidade de que a Cidade Luz possa brilhar sem medo. 




Arte: Gilmar de Oliveira Fraga

 

 

Ou melhor, que, em breve, o mundo possa resplandecer sem medo, apesar das perdas e dos danos nunca irreparáveis causados pelo novo coronavírus...  

  

Um breve histórico

Uma evolução genética do coronavírus, que começou na China e causou o surto de SARS-CoV (abreviação em inglês para síndrome respiratória aguda grave), infectando mais de 8.000 pessoas e provocando 775 mortes em todo o mundo em 2003, o novo coronavírus foi identificado igualmente na China, em Wuhan, capital da província de Hubei – epicentro da infecção –, em 31/12/2019, dia em que a OMS emitiu o primeiro alerta da doença. No dia 09/01/2020, foi divulgada a morte de um chinês, a primeira causada pelo novo patógeno que, em 11 de fevereiro, seria “batizado” de SARS-CoV-2 pelo Comitê Internacional de Taxonomia Viral (ICTV), dia em que a OMS nomeou a doença respiratória aguda provocada pela infecção do novo coronavírus de covid-19 – em 30 de janeiro, em decorrência da rápida disseminação do vírus, a organização já declarara emergência de saúde pública de interesse internacional. No Brasil, a Lei Federal de nº 13.979, de 06 de fevereiro, estabeleceu a quarentena como forma de enfrentamento à disseminação do novo coronavírus no país, e no dia 26 do mesmo mês, é confirmado o primeiro caso de contaminação no país, com o primeiro óbito pela covid-19 sendo registrado em 12/03/2020 – um dia, antes, contudo, uma declaração da OMS...




Arte: Cazo

 

 

Sim, em 11/03/2020, o anúncio oficial de que o planeta vivia uma pandemia, com as autoridades mundiais sendo alertadas para adotarem uma quarentena global, incluindo demais medidas sanitárias. O tempo passou e, em 17/11/2021, pouco mais de 21 meses após a primeira morte pela covid-19 no Brasil, o Senado Federal aprovou em votação simbólica um projeto que instituiu o 12 de março como o Dia Nacional em Homenagem às Vítimas da Covid-19 – impressão minha ou, ao invés de ‘homenagem’, o texto do referido projeto deveria constar ‘em memória’, já que, diante do fato em si, uma tragédia, seria mais pertinente? 

 

 

Arte Quinho

 

 

Uma tragédia da qual, em todos os sentidos, não podemos nem devemos nos permitir esquecer, muito menos que o mundo ainda continua equilibrando-se igual malabarista numa corda para lá de bamba, entranhado que está nas malhas de uma sombria pandemia, com quem sobrevivendo ganhando uma espécie de bilhete premiado da loteria...

  

Links consultados:

Covid-19/novo coronavírus – Portal da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz)

https://portal.fiocruz.br/Covid19

 

Prefeitura Municipal de Natal (atualizado diariamente):

https://coronavirus.natal.rn.gov.br/

 

Mortes e casos de coronavírus nos municípios brasileiros – g1 (atualizado diariamente):

https://especiais.g1.globo.com/bemestar/coronavirus/2021/mapa-cidades-brasil-mortes-covid/

 

Mortes e casos de coronavírus nos estados – g1 (atualizado diariamente):

https://especiais.g1.globo.com/bemestar/coronavirus/estados-brasil-mortes-casos-media-movel/

 

Centro de Ciência e Engenharia de Sistemas (CSSE) da Universidade Johns Hopkins (JHU), Baltimore, Estados Unidos (atualizado diariamente):

https://coronavirus.jhu.edu/map.html

 

Brasil registra 27 mortes por Covid-19 em 24 horas; média móvel cai para 92 – g1 (26/12/2021):

https://g1.globo.com/saude/coronavirus/noticia/2021/12/26/brasil-registra-27-mortes-por-covid-19-em-24-horas-media-movel-cai-para-92.ghtml

 

Vacinação contra a covid: mais de 142,5 milhões estão totalmente imunizados; 18 estados e o DF não divulgaram os seus dados – g1 (26/12/2021):

https://g1.globo.com/saude/coronavirus/vacinas/noticia/2021/12/26/vacinacao-contra-a-covid-mais-de-142-milhoes-estao-totalmente-imunizados.ghtml

 

Variante ômicron é detectada em 110 países – Agência Brasil/RTP, Genebra (24/12/2021):

https://agenciabrasil.ebc.com.br/internacional/noticia/2021-12/variante-omicron-e-detectada-em-110-paises

 

Variante ômicron: veja quais países já têm casos da nova linhagem da covid-19, por Lucas Rocha, Giulia Alecrim, Emylly Alves e João de Mari – CNN Brasil, São Paulo (27/11/2021 – atualizado em 23/12):

https://www.cnnbrasil.com.br/saude/variante-omicron-veja-quais-paises-ja-tem-casos-da-nova-linhagem-da-covid-19/

 

Após 13 dias fora do ar, ConecteSUS volta a funcionar, diz Ministério da Saúde, por Tiago Tortella – CNN Brasil (23/12/2021):

https://www.cnnbrasil.com.br/saude/apos-13-dias-fora-do-ar-conectesus-volta-a-funcionar-diz-ministerio-da-saude/

 

Brasil registra 95 mortes por Covid-19 em 24 horas, média móvel cai para 100 com apagão de dados – g1 (23/12/2021):

https://g1.globo.com/saude/coronavirus/noticia/2021/12/23/brasil-registra-95-mortes-por-covid-19-em-24-horas-media-movel-cai-para-100-com-apagao-de-dados.ghtml

 

Brasil tem 62,29% da população com vacinação completa contra covid – Exame/Estadão (20/12/2021):

https://exame.com/brasil/brasil-tem-6629-da-populacao-com-vacinacao-completa-contra-covid/

 

Bolsonaro: “Vacina em crianças só com autorização dos pais” – Poder 360 (19/12/2021):

https://www.poder360.com.br/governo/bolsonaro-vacina-em-criancas-so-com-autorizacao-dos-pais/

 

Prefeitura anuncia fechamento do Hospital de Campanha de Natal após Justiça determinar devolução do prédio – g1 (18/12/2021):

https://g1.globo.com/rn/rio-grande-do-norte/noticia/2021/12/18/prefeitura-anuncia-fechamento-do-hospital-de-campanha-de-natal-apos-justica-determinar-devolucao-do-predio.ghtml

 

Passaporte da vacina: STF dá surra em Bolsonaro e aprova obrigatoriedade, por Vicente Vilardaga – Istoé (17/12/2021):

https://istoe.com.br/o-passaporte-da-discordia/?fbclid=IwAR2ITmh2jdudnrJQhR95p_OlOtsGHdhG2e6A4VMgSkYnm4EM2CS4bqlgc1o

 

Ômicron se propaga a ritmo inédito, diz OMS, por Tiago Pereira – Rede Brasil Atual (14/12/2021):

https://www.redebrasilatual.com.br/saude-e-ciencia/2021/12/omicron-se-propaga-a-ritmo-inedito-diz-oms/

 

Fiocruz lança nova cartilha para as festividades de fim de ano, por Pamela Lang – Agência Fiocruz de Notícias (13/12/2021):

https://agencia.fiocruz.br/fiocruz-lanca-nova-cartilha-para-festividades-de-fim-de-ano

 

Ômicron pode levar a nova onda de infecções mesmo em vacinados, diz estudo – Poder 360 (13/12/2021):

https://www.poder360.com.br/coronavirus/omicron-pode-levar-a-nova-onda-de-infeccoes-mesmo-em-vacinados-diz-estudo/

 

Como evitar os riscos da covid-19 nas festas de fim de ano, por Gabriel Valery – Rede Brasil Atual (12/12/2021):

https://www.redebrasilatual.com.br/saude-e-ciencia/2021/12/festas-fim-ano-covid/

 

Edição de 30 anos do Carnatal chega ao último dia de festa; veja programação – Tribuna do Norte (12/12/2021):

http://www.tribunadonorte.com.br/noticia/edia-a-o-de-30-anos-do-carnatal-chega-ao-aoltimo-dia-de-festa-veja-programaa-a-o/527523

 

Carnatal começa nesta quinta-feira (09), na Arena das Dunas – Tribuna do Norte (09/12/2021):

http://www.tribunadonorte.com.br/noticia/carnatal-comea-a-nesta-quinta-feira-09-na-arena-das-dunas/527219

 

Após ataque, Saúde diz que não tem previsão de retorno do sistema, por Anna Gabriela Costa – CNN Brasil (10/12/2021):

https://www.cnnbrasil.com.br/saude/apos-ataque-saude-diz-que-nao-tem-previsao-de-retorno-do-sistema/

 

‘Melhor perder a vida do que a liberdade”, diz Marcelo Queiroga – Istoé Dinheiro/Ansa (08/12/201):

https://istoe.com.br/melhor-perder-a-vida-do-que-a-liberdade-diz-marcelo-queiroga/

 

Queiroga: ‘Como diz o presidente, é melhor perder a vida do que a liberdade’ – UOL, em São Paulo (07/12/2021):

https://noticias.uol.com.br/saude/ultimas-noticias/redacao/2021/12/07/e-melhor-perder-a-vida-do-que-perder-a-liberdade-diz-queiroga.htm

 

“Às vezes é melhor perder a vida do que a liberdade”, diz Queiroga – Henrique Rodrigues – Revista Forum (07/12/2021):

https://revistaforum.com.br/politica/as-vezes-melhor-perder-vida-que-a-liberdade-queiroga/

 

OMS alerta países sobre Ômicron: ‘preparem-se para aumento de casos’ – Exame/Estadão (04/12/2021):

https://exame.com/mundo/oms-alerta-paises-sobre-omicron-preparem-se-para-aumento-de-casos/

 

Com ômicron e quarta onda avançando no mundo, Brasil passa de 615 mil mortes – Portal digital da CUT/Rede TVT/Rede Brasil Atual (03/12/2021):

https://www.cut.org.br/noticias/com-omicron-e-quarta-onda-avancando-no-mundo-brasil-passa-de-615-mil-mortes-3de2

 

Brasil alcança maior taxa de crianças e jovens fora da escola – Portal do Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino no Estado de São Paulo (SIEEESP), em 03/12/2021:

https://www.sieeesp.org.br/index.php?mact=News,cntnt01,detail,0&cntnt01articleid=2785&cntnt01returnid=57

 

Da alfa à ômicron: como variantes do coronavírus se impuseram ou ficaram pelo caminho, por Pablo Linde – El País (02/12/2021):

https://brasil.elpais.com/ciencia/2021-12-02/da-alfa-a-omicron-como-as-variantes-do-coronavirus-se-impuseram-ou-ficaram-pelo-caminho.html

 

Confirmado terceiro caso de brasileiro contaminado pela Ômicron, por Dayana Vitor – Rádio Repórter Nacional, Brasília (01/12/2021):

https://agenciabrasil.ebc.com.br/radioagencia-nacional/saude/audio/2021-12/confirmado-terceiro-caso-de-brasileiro-contaminado-pela-omicron

 

Ômicron: o que se sabe sobre os cinco casos confirmados no Brasil, por André Biernath – BBC News Brasil, São Paulo (01/12/2021):

https://www.bbc.com/portuguese/brasil-59497622

 

Covid-19: Boletim destaca relevância de cuidados no final do ano, por Regina Castro – Agência Fiocruz de Notícias (29/11/2021):

https://portal.fiocruz.br/noticia/covid-19-boletim-destaca-relevancia-de-cuidados-no-final-de-ano

 

Enem 2021 tem o menor número de participantes desde 2004 – Folha de S. Paulo (28/11/2021):

https://www1.folha.uol.com.br/educacao/2021/11/enem-2021-tem-o-menor-numero-de-participantes-desde-2004.shtml

 

OMS declara a B.1.1.529 como ‘variante de preocupação’ e da nome o nome de ‘ômicron’ – g1 (26/11/2021):

https://g1.globo.com/saude/noticia/2021/11/26/oms-declara-a-b11529-como-variante-de-preocupacao-e-da-o-nome-de-omicron.ghtml

 

O que se sabe sobre a nova variante ômicron do coronavírus – Terra/ Deutsche Welle (26/11/2021):

https://www.terra.com.br/noticias/coronavirus/o-que-se-sabe-sobre-a-nova-variante-omicron-do-coronavirus,53d267db871870133419ee7c4f6944b0pvk4dnqs.html

 

Ômicron: o que se sabe sobre a nova variante do coronavírus detectada na África do Sul, por James Gallagher – BBC News Brasil (25/11/2021):

https://www.bbc.com/portuguese/geral-59425728

 

Covid-19: Descoberta variante com o dobro das mutações da Delta – Ao Minuto Brasil/Lifestyle (25/11/2021):

https://www.noticiasaominuto.com.br/lifestyle/1863410/covid-19-descoberta-variante-com-o-dobro-das-mutacoes-da-delta?utm_medium=email&utm_source=gekko&utm_campaign=morning

 

Scientists warn of new Covid variant with high number of mutations /Cientistas alertam sobre nova variante de Covid com alto número de mutações, por Ian Sample – The Guardian (24/11/2021):

https://www.theguardian.com/world/2021/nov/24/scientists-warn-of-new-covid-variant-with-high-number-of-mutations

 

Mundo está entrando em quarta onda de Covid-19, diz diretora da OMS, por Ítalo Lo Re, do Estadão – CNN Brasil (23/11/2021):

https://www.cnnbrasil.com.br/saude/mundo-esta-entrando-em-quarta-onda-de-covid-19-diz-diretora-da-oms/

 

5ª onda de Covid na França começou “na velocidade da luz”, diz governo, Filipe Prado – Istoé Dinheiro (22/11/2021):

https://www.istoedinheiro.com.br/5a-onda-de-covid-na-franca-comecou-na-velocidade-da-luz-diz-governo/

 

Diretora da OMS diz que mundo está entrando em quarta onda de covid-19, por Jonas Valente – Agência Brasil, Brasília (22/11/2021):

https://agenciabrasil.ebc.com.br/saude/noticia/2021-11/diretora-da-oms-diz-que-mundo-esta-entrando-em-quarta-onda-de-covid-19

 

Festa da padroeira se encerra hoje – Tribuna do Norte (21/11/2021):

http://www.tribunadonorte.com.br/noticia/festa-da-padroeira-se-encerra-hoje/525824

 

Fiéis celebram dia de Nossa Senhora da Apresentação, padroeira de Natal; veja fotos – g1 RN (21/11/2021):

https://g1.globo.com/rn/rio-grande-do-norte/noticia/2021/11/21/fieis-celebram-dia-de-nossa-senhora-da-apresentacao-padroeira-de-natal-veja-fotos.ghtml

 

Festa da padroeira de Natal tem celebrações neste domingo (21); veja programação – g1 RN (19/11/2021):

https://g1.globo.com/rn/rio-grande-do-norte/noticia/2021/11/19/festa-da-padroeira-de-natal-tem-celebracoes-neste-domingo-21-veja-programacao.ghtml

 

Brasil chega a 22 milhões de casos de Covid registrados; média móvel de mortos é a menor desde abril de 2020 – g1 (19/11/2021):

https://g1.globo.com/saude/coronavirus/noticia/2021/11/19/brasil-chega-a-22-milhoes-de-casos-de-covid-registrados-media-movel-de-mortos-e-a-menor-desde-abril-de-2020.ghtml

 

Portal do Laboratório de Inovação Tecnológica em Saúde (LAIS) coronavírus RN (18/11/2021):

https://covid19.saude.rn.gov.br/

 

Hospital de Campanha pode ser fechado após carnatal – Tribuna do Norte (18/11/2021):

http://www.tribunadonorte.com.br/noticia/hospital-de-campanha-pode-ser-fechado-apa-s-carnatal/525608

 

Natal autoriza retorno de 100% de alunos em escolas e universidades – Tribuna do Norte (18/11/2021):

http://www.tribunadonorte.com.br/noticia/natal-autoriza-retorno-de-100-das-atividades-presenciais-em-escolas-e-universidades/525637

 

Com novo formato, Arena das Dunas 360 recebe Bruno & Marrone, Taty Girl e Dorgival Dantas no sábado (20) – Tribuna do Norte (18/11/2021):

http://www.tribunadonorte.com.br/noticia/com-novo-formato-arena-das-dunas-360-recebe-bruno-marrone-taty-girl-e-dorgival-dantas-no-sa-bado-20/525672

 

Eventos de massa devem seguir protocolos sanitários – Portal covid-19 – Estado do Rio Grande do Norte (18/11/2021):

https://portalcovid19.saude.rn.gov.br/noticias/eventos-de-massa-devem-seguir-protocolos-sanitarios/

 

Hospital de Campanha deve ser fechado após o Carnatal, diz secretário de Saúde de Natal – g1 RN (17/11/2021):

https://g1.globo.com/rn/rio-grande-do-norte/noticia/2021/11/17/hospital-de-campanha-deve-ser-fechado-apos-o-carnatal-diz-secretario-de-saude-de-natal.ghtml

 

Primeiro caso de covid-19 no mundo completa dois anos – Exame (17/11/2021):

https://exame.com/ciencia/primeiro-caso-de-covid-19-no-mundo-completa-dois-anos/

 

Senado prova dia de homenagem às vítimas de covid-19 – Agência Senado (17/11/2021):

https://www12.senado.leg.br/noticias/materias/2021/11/17/senado-aprova-dia-de-homenagem-as-vitimas-de-covid-19

 

Senado aprova dia nacional em homenagem às vítimas da covid-19 – Tribuna do Norte/Agência Brasil (17/11/2021):

http://www.tribunadonorte.com.br/noticia/senado-aprova-dia-nacional-em-homenagem-a-s-va-timas-da-covid-19/525588

 

Solenidade de abertura oficializa início da festa do boi em Parnamirim – Tribuna do Norte (13-15/11/2021):

http://www.tribunadonorte.com.br/noticia/solenidade-de-abertura-oficializa-ina-cio-da-festa-do-boi-em-parnamiriim/525385

 

Rio Grande do Norte ultrapassa 70% de imunizados, por Felipe Salustino – Tribuna do Norte (09-10/11/2021):

http://www.tribunadonorte.com.br/noticia/rio-grande-do-norte-ultrapassa-70-de-imunizados/525002

 

UTIs do Rio Grande do Norte voltam a ter 50% de ocupação, por Bruno Vital – Tribuna do Norte (04/11/2021):

http://www.tribunadonorte.com.br/noticia/utis-do-rio-grande-do-norte-voltam-a-ter-50-de-ocupaa-a-o/524545

 

Tragédia mundial: mortes por covid-19 ultrapassam a barreiras dos 5 milhões – Correio Braziliense (02/11/2021):

https://www.correiobraziliense.com.br/mundo/2021/11/4959808-tragedia-mundial-mortes-por-covid-19-ultrapassam-a-barreira-dos-5-milhoes.html

 

Cinco milhões de mortes por covid, marca simbólica que ainda provoca muitas perguntas – SWI swissinfo.ch/AFP (01/11/2021):

https://www.swissinfo.ch/por/cinco-milh%C3%B5es-de-mortes-por-covid--marca-simb%C3%B3lica-que-ainda-provoca-muitas-perguntas/47074196

 

Covid: Casos aumentam em outubro, mas RN registra menor número de morte desde abril de 2020 – Inter TV Cabugi/g1 Rio Grande do Norte (01/11/2021):

https://g1.globo.com/rn/rio-grande-do-norte/noticia/2021/11/01/covid-casos-aumentam-em-outubro-mas-rn-registra-menor-numero-de-mortes-desde-abril-de-2020.ghtml

 

Auxílio emergencial chega ao fim e deixa 22 milhões sem benefício, por Filipe Prado – Istoé Dinheiro (31/10/2021):

https://www.istoedinheiro.com.br/auxilio-emergencial-chega-ao-fim-e-deixa-22-milhoes-sem-beneficio/

 

Pandemia de Covid-19 vai acabar “quando o mundo decidir acabar com ela”, diz diretor da OMS – RFI/AFP (24/10/2021):

https://www.rfi.fr/br/mundo/20211024-pandemia-de-covid-19-vai-acabar-quando-o-mundo-decidir-acabar-com-ela-diz-diretor-da-oms

 

Festa do Boi prevê R$ 50 milhões de negócios na retomada de forma presencial – g1 RN (21/10/2021):

https://g1.globo.com/rn/rio-grande-do-norte/noticia/2021/10/21/festa-do-boi-preve-r-50-milhoes-em-negocios-na-retomada-de-forma-presencial.ghtml

 

‘Passaportes’ da vacina falsos são vendidos em grupos anti-vacina de aplicativos – O Dia (14/10/2021):

https://odia.ig.com.br/rio-de-janeiro/2021/10/6255080-passaportes-da-vacina-falsos-sao-vendidos-em-grupos-anti-vacina-de-aplicativos.html

 

Aulas presenciais retornam com 100% dos alunos no Rio Grande do Norte – Tribuna do Norte (04-05/10/2021):

http://www.tribunadonorte.com.br/noticia/aulas-presenciais-retornam-com-100-dos-alunos-no-rio-grande-do-norte/522325

 

Futebol mundial movimenta mais de US$ 300 bilhões, mas Brasil representa menos de 2% desse total, por Flavio Souza – Torcedores.com (01/10/2021):

https://www.torcedores.com/noticias/2021/10/futebol-brasileiro-receitas-mundo

 

Decretos do Governo do RN no enfrentamento ao coronavírus – Assecom/RN, Portal do Governo do RN (01/10/2021):

http://rn.gov.br/Conteudo.asp?TRAN=ITEM&TARG=227627&ACT=&PAGE=&PARM=&LBL=Reportagens

 

Governo do RN libera eventos de massa, mas exige passaporte da vacina – g1 RN (17/09/2021):

https://g1.globo.com/rn/rio-grande-do-norte/noticia/2021/09/17/governo-do-rn-libera-eventos-de-massa-mas-exige-passaporte-da-vacina.ghtml

 

Fiocruz conclui estudo que mostra eficácia de vacinas contra covid, por Victor Ribeiro – Agência Brasil/Rádio Nacional de Brasília (17/09/2021):

https://agenciabrasil.ebc.com.br/radioagencia-nacional/saude/audio/2021-09/fiocruz-conclui-estudo-que-mostra-eficacia-das-vacinas-contra-covid

 

Governo do RN libera eventos de massa, mas exige passaporte da vacina – g1 RN (17/09/2021):

https://g1.globo.com/rn/rio-grande-do-norte/noticia/2021/09/17/governo-do-rn-libera-eventos-de-massa-mas-exige-passaporte-da-vacina.ghtml

 

Governo do RN libera presença de torcedores nos estádios a partir desta sexta-feira (17), mas somente vacinados – g1 RN (16/09/2021):

https://g1.globo.com/rn/rio-grande-do-norte/noticia/2021/09/16/governo-do-rn-libera-presenca-de-torcedores-nos-estadios-a-partir-desta-sexta-feira-17-mas-somente-vacinados.ghtml

 

Com turbulências, Copa América fecha com prejuízo de R$ 78 milhões, por Rodrigo Mattos – UOL (17/08/2021):

https://www.uol.com.br/esporte/futebol/colunas/rodrigo-mattos/2021/08/17/com-turbulencias-copa-america-fecha-com-prejuizo-de-r-78-milhoes.htm

 

Paris 2024 assume o bastão: o que esperar dos próximos Jogos Olímpicos de Verão – por Xiaofei Xu – CNN Brasil (09/08/2021):

https://www.cnnbrasil.com.br/esporte/paris-2024-assume-o-bastao-o-que-esperar-dos-proximos-jogos-olimpicos-de-verao/

 

Olimpíada de Tóquio 2021: recorde de casos de covid liga alerta, mas tem ligação com Jogos?, por Lourdes Heredia, do Serviço Mundial da BBC em Tóquio e colaboração de Eddy Duan (30/07/2021):

https://www.bbc.com/portuguese/geral-58025512

 

Entre o vírus e o vazio, o esporte – El País (23/07/2021):

https://brasil.elpais.com/opiniao/2021-07-23/entre-o-virus-e-o-vazio-o-esporte.html

 

Brasil cai perante a Argentina no Maracanã, que quebra jejum de títulos e vence a Copa América 2021, por Diego Mancera e Diogo Magri – El País (11/07/2021):

https://brasil.elpais.com/esportes/copa-america-futebol/2021-07-10/brasil-x-argentina-a-final-da-copa-america-2021-ao-vivo.html

 

Copa América falha em transparência sobre casos de Covid, afirmam pesquisadores, por João Gabriel – Yahoo Esportes/Folhapress (08/07/2021):

https://esportes.yahoo.com/noticias/copa-am%C3%A9rica-falha-em-transpar%C3%AAncia-211300494.html?guccounter=1&guce_referrer=aHR0cHM6Ly93d3cuZ29vZ2xlLmNvbS8&guce_referrer_sig=AQAAAJDD-0SAeaq82cSafJPM_vTQcnz-7dh6VL0KljWoXGeP2CCID2-KGD8AM_PpVI2N2rGG-bEAdLghYRSYTwEYiYGzONhWgnsh43iOJQdlWq_-JdFEi1o0ob81toiDVw8kGvXqd6DN22ygVVCpazESux3lu1YNzszmStQRAz3yhcw2

 

Com quatro vezes mais casos de covid-19 do que gols, Copa América abre quartas de final amanhã – Rede Brasil Atual (01/07/2021):

https://www.redebrasilatual.com.br/esportes/2021/07/mais-casos-de-covid-19-do-que-gols-copa-america-quartas-de-final/

 

STF autoriza Copa América no Brasil – DW (11/06/2021):

https://www.dw.com/pt-br/stf-autoriza-copa-am%C3%A9rica-no-brasil/a-57850787#:~:text=Ministros%20do%20Supremo%20Tribunal%20Federal,visavam%20impedir%20competi%C3%A7%C3%A3o%20de%20sele%C3%A7%C3%B5es.&text=O%20Supremo%20Tribunal%20Federal%20(STF,no%20Brasil%20devido%20%C3%A0%20pandemia.

 

Jogadores da seleção publicam manifesto contra Copa América no Brasil, por Nathalia Fonseca – CNN Brasil, São Paulo (09/06/2021):

https://www.cnnbrasil.com.br/esporte/jogadores-da-selecao-publicam-manifesto-contra-copa-america-no-brasil/

 

Hospital de Campanha de Natal completa um ano e registra mais de 1.600 altas – portal da Prefeitura Municipal de Natal (03/05/2021):

https://www.natal.rn.gov.br/news/post/34471

 

Fim da pandemia pode ser só em 2023, diz diretor de pesquisas do Butantan, por Guilherme Waltenberg e Valquíria Homero – Poder 360 (22/04/2021):

https://www.poder360.com.br/coronavirus/fim-da-pandemia-deve-ocorrer-de-2022-a-2023-diz-diretor-de-pesquisas-do-butantan/

 

Pensar no Brasil é largar os corrimões, por Monica de Bolle – El País (19/04/2021):

https://brasil.elpais.com/opiniao/2021-04-19/pensar-o-brasil-e-largar-os-corrimoes.html

 

MP pede voltas das aulas presenciais ‘de forma híbrida, gradual, segura e facultativa’ na rede pública e privada do RN – g1 RN (06/04/2021):

https://g1.globo.com/rn/rio-grande-do-norte/noticia/2021/04/06/mp-pede-volta-das-aulas-aulas-presenciais-de-forma-hibrida-gradual-segura-e-facultativa-na-rede-publica-e-privada-do-rn.ghtml

 

A roleta russa da covid no Brasil, por João Gado F. Costa, Francisco J. Ricci, Amanda Gorziza e Renata Buono – Revista Piauí/Folha (05/04/2021):

https://piaui.folha.uol.com.br/roleta-russa-da-covid-no-brasil/

 

O que diz a decisão de Nunes Marques que liberou missas e cultos religiosos na pandemia – BBC News Brasil (03/04/2021):

https://www.bbc.com/portuguese/brasil-56628488

 

Governo autoriza realização de jogos de futebol profissional no RN – Redação do ge (01/04/2021):

https://ge.globo.com/rn/noticia/governo-autoriza-realizacao-de-jogos-de-futebol-profissional-no-rn.ghtml

 

Enem 2020: resultados edição impressa, digital e PPL – Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP) – Brasília, Distrito Federal (29/03/2021):

https://download.inep.gov.br/enem/resultados/2020/apresentacao_resultados_finais.pdf

 

Economia e saúde jamais foram inseparáveis, por Monica de Bolle, El País (22/03/2021):

https://brasil.elpais.com/brasil/2021-03-22/economia-e-saude-jamais-foram-separaveis.html?rel=mas

 

O bate-boca entre Armínio Fraga e Monica de Bolle sobre o auxílio emergencial – Veja (25/02/2021):

https://veja.abril.com.br/blog/radar-economico/o-bate-boca-de-arminio-fraga-e-monica-de-bolle-sobre-o-auxilio-emergencial/

 

Projeto define atividades religiosas como serviços essenciais em período de calamidade – Agência Câmara de Notícias (10/02/2021):

https://www.camara.leg.br/noticias/726297-projeto-define-atividades-religiosas-como-servicos-essenciais-em-periodo-de-calamidade/

 

Novas variantes virais: por que o mundo deve se preparar para as pandemias crônicas, por Monica de Bolle – Peterson Institute for International Economics (22/02/2021):

https://www.piie.com/blogs/realtime-economic-issues-watch/novel-viral-variants-why-world-should-prepare-chronic-pandemics

 

Mutação, variante, cepa e linhagem: entenda o que significam os termos ligados à evolução do coronavírus, por Mariana Garcia e Lara Pinheiro – g1 (29/01/2021):

https://g1.globo.com/bemestar/coronavirus/noticia/2021/01/29/mutacao-variante-cepa-e-linhagem-entenda-o-que-significam-os-termos-ligados-a-evolucao-do-coronavirus.ghtml

 

Pandemia e desrespeito à vida: “O povo está sendo matado por falta de conhecimento” – Jornalistas Livres (05/01/2021):

https://jornalistaslivres.org/pandemia-e-desrespeito-a-vida-o-povo-esta-sendo-matado-por-falta-de-conhecimento/

 

O lado oculto de uma pandemia: a terceira onda da covid-19 ou o paciente invisível, por Eugênio Vilaça Mendes (2020):

https://www.conass.org.br/wp-content/uploads/2020/12/Terceira-Onda.pdf

 

Festa da padroeira de Natal encerra celebrações neste sábado (21); veja programação – g1 RN (20/11/2020):

https://g1.globo.com/rn/rio-grande-do-norte/noticia/2020/11/20/festa-da-padroeira-de-natal-encerra-celebracoes-neste-sabado-21-veja-programacao.ghtml

 

Arquidiocese divulga programação da festa da padroeira de Natal – Tribuna do Norte (08-09/10/2020):

http://www.tribunadonorte.com.br/noticia/arquidiocese-divulga-programaa-a-o-da-festa-da-padroeira-de-natal/492009

 

Congresso derruba veto de Bolsonaro ao uso obrigatório de máscaras em lojas e escolas – Agência Câmara de Notícias – (19-20/08/2020):

https://www.camara.leg.br/noticias/685851-congresso-derruba-veto-de-bolsonaro-ao-uso-obrigatorio-de-mascaras-em-lojas-e-escolas/

 

Lupa na ciência: novo estudo indica potencial de assintomáticos para transmitir covid-19, por Jaqueline Sordi – Folha de S. Paulo/Revista Piauí (12/08/2020):

https://piaui.folha.uol.com.br/lupa/2020/08/12/lupa-na-ciencia-assintomaticos-coreia/

 

Ministro do STF determina que prazo entre as fases de retomada das aulas presenciais no RN volte a ser de 28 dias – g1 RN (03/08/2021):

https://g1.globo.com/rn/rio-grande-do-norte/noticia/2021/08/03/ministro-do-stf-determina-que-prazo-entre-as-fases-de-retomada-das-aulas-presenciais-no-rn-volte-a-ser-de-28-dias.ghtml

 

Bolsonaro sofre nova queixa no Tribunal Penal Internacional: e agora? – BBC News Brasil (28/07/2020):

https://www.bbc.com/portuguese/brasil-53574157

 

Bolsonaro veta uso obrigatório de máscara no comércio, em escolas e em igrejas – Agência Senado (03/07-21/10/2020):

https://www12.senado.leg.br/noticias/materias/2020/07/03/bolsonaro-veta-uso-obrigatorio-de-mascara-no-comercio-em-escolas-e-em-igrejas

 

Lei que obriga o uso de máscaras em todo o País é sancionada com 17 vetos – Portal Câmara dos Deputados – Agência Câmara de Notícias (03/07/2020):

https://www.camara.leg.br/noticias/673471-lei-que-obriga-o-uso-de-mascaras-em-todo-o-pais-e-sancionada-com-17-vetos/

 

Primeira morte por coronavírus no Brasil aconteceu em 12 de março, diz Ministério da Saúde – g1 (27/06/2020):

https://g1.globo.com/bemestar/coronavirus/noticia/2020/06/27/primeira-morte-por-coronavirus-no-brasil-aconteceu-em-12-de-marco-diz-ministerio-da-saude.ghtml

 

“Fadiga da quarentena” leva até os defensores do isolamento a se arriscarem contra as regras, por Joana Oliveira – El País (24/06/2020):

https://brasil.elpais.com/brasil/2020-06-24/fadiga-da-quarentena-leva-ate-os-defensores-do-isolamento-a-se-arriscarem-contra-as-regras.html

 

Saiba como cada estado está retomando as atividades econômicas no país, por Jonas Valente, Ludmilla Souza e Mariana Tokarnia – Repórteres da Agência Brasil, Brasília (22/06/2020):

https://agenciabrasil.ebc.com.br/saude/noticia/2020-06/saiba-como-estados-brasileiros-est%C3%A3o-retomando-a-atividade-economica

 

Pessoas sem sintomas infectam por 8 dias, aponta estudo em Wuhan, por Cecília do Lago – CNN Brasil (27/05/2020):

https://www.cnnbrasil.com.br/saude/pessoas-sem-sintomas-infectam-durante-8-dias-aponta-estudo-em-wuhan/

 

Comparison of clinical features of patients with asymptomatic vs symptomatic coronavirus disease 2019 in Wuhan, China, por Zhu N, Zhang D, Wang W, et al – Rede Jama (27/05/2020):

https://jamanetwork.com/journals/jamanetworkopen/fullarticle/2766237?utm_source=For_The_Media&utm_medium=referral&utm_campaign=ftm_links&utm_term=052720

 

Semelhanças entre a Gripe Espanhola e o Coronavírus no Brasil – Jornal Atibaia Hoje (26/04/2020):

https://www.atibaiahoje.com.br/saude/semelhancas-entre-a-gripe-espanhola-e-o-coronavirus-no-brasil

 

Quarentena, isolamento e pragas (epidemias e pandemias[1]), por Gisele Leite – Jornal Jurid (24/04/2020):

https://www.jornaljurid.com.br/colunas/gisele-leite/quarentena-isolamento-e-pragas-epidemias-e-pandemias1

 

Bolsonaro nega genocídio e justifica ignorar OMS: ‘diretor não é médico’ – UOL, São Paulo(23/04/2020):

https://noticias.uol.com.br/saude/ultimas-noticias/redacao/2020/04/23/bolsonaro-nega-genocidio-e-justifica-ignorar-oms-diretor-nao-e-medico.htm

 

Aras diz que campanha “O Brasil Não Pode Parar” não foi confirmada e arquiva processo contra o governo – Estado de Minas/Estadão (14/04/2020):

https://www.em.com.br/app/noticia/politica/2020/04/14/interna_politica,1138350/aras-diz-que-campanha-o-brasil-nao-pode-parar-nao-foi-comprovada.shtml

 

Economistas divergem sobre uso de coronavoucher e ou renda básica emergencial, por Nivaldo Carboni – Poder 360 (10/04/2020):

https://www.poder360.com.br/economia/nova-disputa-entre-economistas-coronavoucher-ou-renda-basica-emergencial/

 

RN tem sexta maior incidência de casos do país, diz Ministério da Saúde, por Rafael Barbosa e Leonardo Erys – g1 RN (06/04/2020):

https://g1.globo.com/rn/rio-grande-do-norte/noticia/2020/04/06/rn-tem-sexta-maior-incidencia-de-casos-de-coronavirus-do-pais-diz-ministerio-da-saude.ghtml

 

Monica de Bolle: “Hoje, dane-se o Estado mínimo, é preciso gastar e errar pelo lado do excesso”, por Heloísa Mendonça – El País (1˚/04/2020):

https://brasil.elpais.com/economia/2020-04-01/monica-de-bolle-hoje-dane-se-o-estado-minimo-e-preciso-gastar-e-errar-pelo-lado-do-excesso.html

 

Em liminar, ministro Barroso proíbe campanha “O Brasil não pode parar”, por Danilo Vital – Consultor Jurídico (31/03/2020):

https://www.conjur.com.br/2020-mar-31/liminar-barroso-proibe-campanha-brasil-nao-parar

 

Secretaria de Saúde confirma primeira morte por coronavírus no Rio Grande do Norte – g1 RN (29/03/2020):

https://g1.globo.com/rn/rio-grande-do-norte/noticia/2020/03/29/secretaria-de-saude-confirma-primeira-morte-por-coronavirus-no-rio-grande-do-norte.ghtml

 

Atividade religiosa é serviço essencial? Mateus, 6, 5-8, diz que não!, por Lenio Luiz Streck – Consultor Jurídico (28/03/2020):

https://www.conjur.com.br/2020-mar-28/streck-atividade-religiosa-servico-essencial-mateus-nao

 

Justica proíbe campanha “O Brasil não pode parar”, por Renato Rogenski – Meio & Mensagem (28/03/2020):

https://www.meioemensagem.com.br/home/comunicacao/2020/03/28/justica-proibe-campanha-o-brasil-nao-pode-parar.html

 

“Um país em colapso por causa de uma epidemia sem controle é mais difícil de reconstruir”, por Kennedy Alencar – CBN (28/03/2020): https://cbn.globoradio.globo.com/default.htm?url=%2Fmedia%2Faudio%2F296375%2Fum-pais-em-colapso-por-causa-de-uma-epidemia-sem-c.htm

 

Governo lança campanha “Brasil Não Pode Parar” contra medidas de isolamento – CNN Brasil (27/03/2020):

https://www.cnnbrasil.com.br/politica/governo-lanca-campanha-brasil-nao-pode-parar-contra-medidas-de-isolamento/

 

Bolsonaro inclui atividades religiosas em lista de serviços essenciais, por André Siqueira – Veja (23/03/2020):

https://veja.abril.com.br/politica/bolsonaro-inclui-atividades-religiosas-em-lista-de-servicos-essenciais/

 

RN tem primeiro caso confirmado do novo coronavírus, diz Secretaria Estadual de Saúde – g1 RN (12/03/2020):

https://g1.globo.com/rn/rio-grande-do-norte/noticia/2020/03/12/rn-tem-primeiro-caso-confirmado-do-novo-coronavirus-diz-secretaria-estadual-de-saude.ghtml

 

Gripe espanhola: 100 anos da mãe das pandemias, por Natalia Pasternack Taschner – Veja (atualizado: 11/03/2020 – publicado: 24/04/2018):

https://saude.abril.com.br/blog/cientistas-explicam/gripe-espanhola-100-anos-da-mae-das-pandemias/

 

Lei nº 13.979, de 06 de fevereiro de 2020 – Diário Oficial da União, edição 27, Seção 1, página 1, 07/02/2020:

https://www.in.gov.br/en/web/dou/-/lei-n-13.979-de-6-de-fevereiro-de-2020-242078735

 

Coronavírus: o que significa a OMS declarar emergência global de saúde pública – BBC News Brasil (30/01/2020):

https://www.bbc.com/portuguese/internacional-51198297

 

Cronologia da expansão do novo coronavírus descoberto na Chinag1 (22/01/2020):

https://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2020/01/22/cronologia-da-expansao-do-novo-coronavirus-descoberto-na-china.ghtml

 

Revisitando a espanhola: a gripe pandêmica de 1918 no Rio de Janeiro, por Adriana da Costa Goulart – Dossiê Gripe Espanhola no Brasil • Hist. cienc. saúde-Manguinhos 12 (1) • Abr 2005:

https://www.scielo.br/j/hcsm/a/Wkqm45R4ptVzTqSpKxJhfRh/?lang=pt

 

Gripe espanhola, por Daniel Neves Silva – História do Mundo:

https://www.historiadomundo.com.br/idade-contemporanea/gripe-espanhola.htm

 

L’influenza Hespagneule, por Commendadeur Ici je t’espère – Careta n° 537, p. 15 e 27 (05/10/1918):

http://memoria.bn.br/docreader/DocReader.aspx?bib=083712&pagfis=20566

 

 



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