sexta-feira, 27 de janeiro de 2012


27 DE JANEIRO: DIA INTERNACIONAL DE LEMBRANÇA DAS VÍTIMAS DO HOLOCAUSTO


“Vivendo [os judeus] sob as trevas do Holocausto, esperando perdão por tudo o que fazem, em nome do que sofreram, me parece abusivo. Eles não aprenderam nada com o sofrimento dos seus pais e avós...”.

José Saramago (1922 - 2010)
Escritor português


Em 2009, Saramago foi duramente criticado por parte da comunidade judaica do mundo inteiro, que o acusou de anti-semitismo, apenas por causa de textos que ele escreveu a respeito dos conflitos entre Israel e Gaza, postados, à época, inclusive no blog do escritor. Ora! Acusar Saramago de anti-semita é a coisa mais insensata que já ouvi. “Afinal – escrevi em uma das postagens deste blog –, se mais da metade da população mundial admite e repudia o genocídio de milhares de judeus cometido pelo regime nazista de Hitler [(1889 - 1945)]– inclusive eu (...) –, por que, então, os judeus não admitem críticas, sejam elas individuais ou coletivas, por algumas das suas atitudes? Mesmo porque, convenhamos, os judeus são serem humanos iguais a qualquer um – nem melhores nem piores – e, como tal, podem, também, cometer os seus erros, os seus excessos, seja em que nível for! Só que eles devem aprender a receber críticas, não simplesmente rotular todas elas, não importa quais sejam nem quem as façam, de anti-semitismo”. O fato é que, no dia 01 de novembro de 2005, a Organização das Nações Unidas - ONU designou 27 de janeiro – o dia que, em 1945, os prisioneiros do campo de concentração nazista de Auschwitz-Birkenau, no sul da Polônia, foram libertados pelos soviéticos – como o Dia Internacional de Comemoração em Memória das Vítimas do Holocausto. Uma data, aliás, mais conhecida como o Dia Internacional de Lembrança das Vítimas do Holocausto. Afinal, pela lógica, não há nada a comemorar, mas, sim, reverenciar. E reverenciar a resistência daqueles que sobreviveram à sandice de Hitler, psicopata em altíssimo grau, bem como à dos seus pares, responsáveis pelo extermínio de mais de seis milhões de judeus e congêneres: ciganos, homosexuais, sem-tetos, por exemplo, ou seja, os demais “indesejados”, segundo a ONU, pelo regime do ditador nazista, de alta periculosidade, durante a Segunda Grande Guerra Mundial (1939 - 1945). Bom! Fico por aqui, tentando fazer a minha parte e, como sempre, pedindo paz, embora queira saber quando a encontraremos...

Nathalie Bernardo da Câmara




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