“A educação é a arma mais poderosa que você pode usar para mudar o mundo...”.
(18 de julho de 1918 – 05 de dezembro de 2013).
Nelson Mandela nasceu no clã Madiba no vilarejo de Mvezo, no antigo território de Transkei, sudeste sul-africano. Advogado e ativista político, foi preso em 1962 pelo apartheid e condenado à prisão perpétua em 1964. Porém, liberto em 1990, recebeu o Nobel da Paz de 1993, ano da derrocada do regime racista do seu país, no poder desde 1948, sendo eleito presidente da África do Sul em 1994 – o primeiro negro a ascender ao cargo no país. Em 2009, a Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), instituiu o Dia Internacional de Nelson Mandela, devendo ser comemorado a cada 18 de julho, data do aniversário do líder pacifista. No ano seguinte, o filme Invictus (2009), dirigido pelo norte-americano Clint Eastwood, que mostra como, em 1995, o então presidente da África do Sul (1994 - 1999), interpretado pelo ator norte-americano Morgan Freeman, investiu na promoção do time sul-africano de Rúgbi para dinamizar o seu processo de unificação nacional. O título do longa-metragem, por sua vez, foi inspirado no poema homônimo do escritor britânico William Ernest Henley (1849 - 1903), que o escreveu em 1875, cuja leitura foi, durante muitos anos, a única companheira de cela de Mandela. Não obstante, nesta quinta-feira, Madiba, como ficou conhecido, faleceu aos 95 anos de idade, na sua casa, em Joanesburgo, após lutar, abnegadamente, quase toda a sua vida, “pela dignidade humana, pela igualdade e pela liberdade”, como bem o disse o diplomata Ban Ki-moon, secretário-geral da ONU, ou seja, “um cidadão global exemplar”...
Um tributo
Foto: Jonathan Burton
“O mundo perdeu um dos verdadeiros gigantes do século passado...”.
Morgan Freeman
Release – nome da escultura de grande porte criada, em 2012, pelo artista sul-africano Marco Cianfanelli em homenagem a Nelson Mandela na região de KwaZulu-Natal, na África do Sul, no local exato onde, cinquenta anos antes, o ativista político foi capturado pelas forças do regime racista do seu país quando se dirigia à casa do então presidente do Congresso Nacional Africano (ANC) em busca de apoio para a luta contra o apartheid: “a escultura consiste em 50 colunas de aço pintado, cortadas a laser e com cerca de 9,5 metros de altura. Da maior parte dos ângulos de observação, a sua organização parece ser aleatória, mas, num determinado ponto, a 35 metros da estrutura, ela alinha-se, fazendo surgir o perfil de Nelson Mandela”, descreve o fotógrafo norte-americano Jonathan Burton, autor do vídeo abaixo, que registra o processo de criação da monumental obra de arte. Vale conferir o link!
Nathalie Bernardo da Câmara
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