terça-feira, 16 de agosto de 2011

LOURINHO, O FLAMENGO E XUXA

“A língua é uma arma com munição infinita...”.

Claudiney Ribeiro
Filósofo brasileiro


Ele é uma graça! Mal a sua dona chega, uma amiga, ele reconhece a sua presença e fala o seu nome, a saudando, todo sedutor, e, de repente, do alto do seu pedestal, nos surpreendendo, se vira para a convidada, eu, e, imponente, diz: — bom dia! Porém, quando menos se espera, entre um café e outro, me espanto quando ele, cuja ração é a palavra, começa a entoar o hino do Flamengo, time de futebol brasileiro, do qual é torcedor doente – uma espécie de identificação, tipo RG. Lá pelas tantas, ainda, como se fosse algo banal, a coisa mais normal do mundo, cantarola Ilá, Ilá, Iláriê, clássico infantil da atriz e apresentadora brasileira Xuxa Meneghel – quem aguenta isso sem rir? Só que, segundo me consta, ninguém ensinou nada ao presepeiro do papagaio, que a minha amiga chama de Lourinho, logo passando a debochar de um e de outro e que, pelo visto, é autodidata. Podia até, quem sabe, fazer dobradinha com o companheiro de cena da apresentadora brasileira Ana Maria Braga, o Louro José, que, por sua vez, torce pelo Corinthians.


Segundo Marta Brito Guimarães, veterinária brasileira do Ambulatório de Aves da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da USP (Universidade de São Paulo), em matéria da jornalista brasileira Camila Fernandes, do R7, a ave [papagaio] da família dos psitacídeos, da qual também fazem parte os periquitos, maritacas, cacatuas e araras, tem uma grande capacidade de imitar sons dos mais variados tipos, principalmente a voz humana.

— Os papagaios não falam, eles imitam, reproduzem o que ouvem. Essas aves possuem um órgão chamado siringe, que fica localizada na traqueia e que tem a mesma função das cordas vocais nos seres humanos, explica a veterinária.

O papagaio pode aprender a falar a partir dos dois meses de idade até se tornar adulto, mas no primeiro ano de vida ele assimila melhor o que ouve.

Existem alguns animais que falam mais que os outros, alguns mais introspectivos e outros mais “falantes”. O temperamento da ave vai depender da personalidade e do incentivo do dono para que o animal reproduza os sons.

Aliás, incentivar o papagaio a falar é considerado saudável, se feito de maneira correta.

— É importante a interação com as pessoas, pois assim a ave se mantém ativa e distraída, mas o estímulo para a imitação não pode ser num volume alto, de forma intensa e com grande variedade de palavras. O papagaio deve ser estimulado com um vocabulário pequeno no início, repetidas vezes, e ganhar um brinde ou alimento que mais goste depois de repetir corretamente. Caso o estímulo seja constante e alto, ele pode ficar estressado, não imitar os sons e ainda apresentar doenças, explica Marta.

Antes de adquirir um papagaio é bom saber que essa ave é um animal silvestre e que para ser considerado legal deve ser comprado em algum criadouro registrado no Ibama [Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis], ter nota fiscal e uma anilha de identificação. Caso contrário o animal é considerado ilegal, podendo a pessoa portadora da ave responder pela lei de crimes ambientais, além de ter que pagar uma multa e ter o animal apreendido.




Para rir...


O motoqueiro ia indo pela estrada quando, de repente, sente alguma coisa batendo em seu capacete. Ele parou a moto e, quando olhou para trás, viu que tinha sido um papagaio que tinha batido em seu capacete. Ele fez de tudo para reanimar a ave desfalecida... Nada! Atrasado para o trabalho, o motoqueiro pegou o bichinho, voltou para casa e o colocou em uma gaiola com agua e comida. Duas horas depois, o papagaio acordou. Olhou para um lado e olhou para o outro. Ninguém. Vendo-se sozinho, supostamente atrás de grades, pensou: ai, caramba, matei o motoqueiro!


Nathalie Bernardo da Câmara


Nenhum comentário:

Postar um comentário

Aceita-se comentários...