quinta-feira, 25 de agosto de 2011

SAUDADE DE UM TEMPO QUE SE FOI...


“A morte não é a maior perda da vida. A maior perda da vida é o que morre dentro de nós enquanto vivemos...”.

Pablo Picasso (1881 - 1973)
Pintor espanhol




A vida passa mais dolorosa quando pensamos nas perdas que já tivemos. É a idade passando, o tempo... Algumas perdas foram marcantes. Três delas de jovens mulheres, precocemente morrendo, por nada. Uma de um acidente vascular cerebral - AVC, aos 33 anos de idade, e outras duas, com 40 e poucos anos, com um tumor no cérebro – ando a lembrar das minhas amigas (quantas boas lembranças). Perdas irreparáveis. Às vezes, quando me lembro da vitalidade que emanava das suas outrora ativas vidas, excomungo Deus e o Diabo – uma injustiça. E sinto saudade. Dói sentir saudade – o banzo do angolano. E, definitivamente, saudade é um troço que parte o nosso coração. Já o é de gente viva, imagine, então, de quem já perdemos de verdade, cuja distância é irreversível! A gente envelhece por dentro, verga mais do que o habitual – não é normal vergar um corpo... 


Nathalie Bernardo da Câmara


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