O MAESTRO DE CUBA
“O mundo do futuro tem de ser comum para todos...”.
Desde a derrocada do general cubano Fulgencio Batista (1901 - 1973), promovida magistralmente pela revolução nacionalista comandada pelo líder cubano Fidel Castro, juntamente com o seu fiel escudeiro, o médico Che Guevara (1928 - 1967), nascido na Argentina, mas naturalizado cubano, à frente de uma legião de revolucionários, em 1959, a política do governo comunista de Cuba e o viver dos cubanos são um dos mais controversos do mundo. Não apenas porque, dependendo do ponto de vista de cada um, eles sejam melhores ou piores do que, por exemplo, países não comunistas, mas, simplesmente, porque o ego pernicioso do governo norte-americano, o mais arrogante do planeta, sempre se sentiu neuroticamente ameaçado pelo modelo econômico implantado na ilha pelo governo do Partido Comunista de Cuba - PCC.
Em janeiro de 1961, por exemplo, os Estados Unidos rompem relações diplomáticas com Cuba, que, por sua vez, estreita os seus laços com a ex-União Soviética. Não deu outra! Em abril, mais precisamente no dia 19, encampada pelos Estados Unidos, é posta abaixo uma tentativa de invasão ao território cubano. Dias depois, Fidel Castro anuncia, publicamente, o caráter socialista da revolução cubana implantada por ele e pelos seus camaradas. Em 1962, um embargo de todos os matizes é oficializado pelos Estados Unidos a Cuba, isolada, aliás, desde 1960. O fato é que o bloqueio, sanção ou embargo – tenha o nome que tiver – é condenado pela Assembléia Geral das Nações Unidas, que, inclusive, já promoveu inúmeros protestos reivindicando o seu término, embora, infelizmente, os Estados Unidos insistam com essa teimosia.
Bom! Nesta terça-feira, 19, cinqüenta anos após a derrota dos americanos e das tropas aliadas na Baía dos Porcos, Fidel Castro anunciou oficialmente o seu desligamento total do Comitê Central do PCC, no qual ocupava o mais alto cargo político do país desde a criação do partido, em 1965, sendo, no caso, substituído pelo seu irmão, Raúl Castro, atual presidente de Cuba. Enfim! Quem quiser que fale mal de Fidel e dos seus camaradas, da sua revolução socialista e da política do governo cubano – é um direito –, mas é bom conhecer a História e saber das atrocidades cometidas contra os direitos humanos, por exemplo, pelo ex-ditador Fulgencio Batista, apoiado que era pelo governo norte-americano, antes do seu merecido e necessário declínio. De qualquer modo, como diria Fidel, temos de defender o socialismo dos Estados Unidos. Vida longa, camarada!
Nathalie Bernardo da Câmara
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