Capa do Novo Jornal,
em sua edição do dia 25 de março de 2014.
Em tempo: a construção –
com dígitos a perder de vista – do novo aeroporto internacional do Rio Grande
do Norte, no município de São Gonçalo do Amarante – inclusas a das suas vias de
acesso – traduz apenas a megalomania de empresários e políticos gananciosos –
repugnantes –, justificando a sua edificação em função de uma Copa para lá de
dispendiosa e desnecessária (não se esquecendo q 2014 também é ano de eleições),
e, de carona, o incremento do turismo neste e em anos vindouros, não representando,
portanto, no frigir dos ovos – sejamos sensatos –, nenhum legado para a população
do Estado: legado seria investir em hospitais, escolas e demais benefícios
diretos e emergenciais para essa mesma população – não sejamos tolos. Na verdade,
o único legado do novo aeroporto, bem como do estádio Arena das Dunas – e haja derramamento de dinheiro – e de demais
obras onerosas, a maioria de fachada – mais sangria –, não se resume que a um dote para
empresários, de não importa qual nacionalidade, e políticos de todos os matizes.
Isso sem falar que, por causa do novo aeroporto, cuja abertura está marcada
para o dia 10 de maio, o tradicional, localizado em Parnamirim, que também
possui status de internacional, será – tudo indica – desativado em agosto. E
sem precisão, sobretudo se considerarmos os recursos que, ao longo de mais de
meio século, foram investidos em um sem fim de reformas, acrescentando
melhorias para, de repente, por mera ganância e capricho de empresários e
políticos sem consciência, perder a serventia, escoando tudo pelo ralo. Sinceramente,
se há um sistema econômico nojento, ele se chama capitalismo.
Nathalie Bernardo da
Câmara
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