“É,
pois, à clarividência do povo da Cidade
Luz que o mundo deve a locomoção aérea...”.
Alberto Santos Dumont (20 de julho de 1873 - 23 de julho de 1932)
Inventor e aviador brasileiro, pioneiro da
aviação, nas notas O Que eu vi, o que
nós veremos (1918).
Obra do arquiteto Stephen Sauvestre (1847 - 1919) e do engenheiro Gustave Eiffel (1832 - 1923), ambos franceses, destinada a ser a porta de entrada da Exposição Universal, no Champ de Mars, em Paris, no anos de 1889, quando das
comemorações do centenário da Revolução Francesa, e mesmo sendo uma atração
temporária do evento, a Torre Eiffel, foi alvo de inúmeras
polêmicas, por parte de intelectuais da época, que, durante os dois anos, dois meses e cinco dias que levou para a sua conclusão, questionavam a utilidade e a proposta
estética da intervenção, considerada uma “desonra” para Paris – a edificação era deveras
ousada para o período em que foi idealizado e construído: pesava mais de dez mil toneladas, com uma escada de 1.710 degraus, mais de
dezoito mil barras de metal e 2,5 milhões de rebites. De qualquer modo, independentemente
da resistência, a estrutura metálica, chamada de a “dama de ferro” de Paris,
tinha prazo de validade: o seu desmonte 20 anos depois – ação essa evitada,
aliás, porque, inicialmente, uma antena de rádio foi instalada pelas forças armadas
francesas em seu ponto mais elevado. Enfim! Quando da sua inauguração, às 13h30
do dia 31 de março, um domingo, do ano em questão, ou seja, 1889, Eiffel alcançou o degrau de número 1.710 da torre de 300 metros de altura, que
separava o nível térreo do terceiro andar, içando a bandeira da França em seu
cume, acrescentando 24 metros à edificação, sendo, no momento do seu gesto,
saudado por 21 disparos de canhão – natural o monumento ter caído não no chão,
mas no
agrado dos parisienses, transformando-se não somente num ícone
da arquitetura moderna, mas, sobretudo, num símbolo da Cidade Luz, recebendo,
ainda, a cada sete anos, uma repaginada no seu visual. À ocasião, portanto, da
sua construção, a Torre Eiffel foi considerado o edifício mais alto do mundo. Porém,
em 1930, o monumento perde o status para o Chrysler Building, em Nova York, com
trezentos e dezenove metros de altura. Em 2004, com a conclusão do
Viaduto de Millau, no sudoeste da França, com 343 metros de altura, a “dama de
ferro” de Paris, passou a ser a segunda maior edificação francesa. Nesse ínterim, contudo, em 1964, a Torre
Eiffel entrou para a lista de monumentos históricos de Paris e, hoje, no dia 31
de março de 2014, sendo considerada uma obra-prima da engenharia civil e do
design arquitetônico, completa 125 anos de idade.
Nathalie Bernardo da Câmara
Pico de poluição
"apaga" torre Eiffel da paisagem de Paris
Paris vive pico de poluição
desde segunda-feira, 10 de março.
videos.tf1.fr
RFI – 12
de Março de 2014
O
calor incomum para o mês de março no centro e no norte da França, inclusive na
capital, provoca um pico de poluição por partículas finas que alterou a
paisagem de Paris nesta quarta-feira (12). A torre Eiffel, um dos principais
pontos turísticos da cidade, chega a parecer apagada do horizonte parisiense.
Os centros regionais de
monitoramento da qualidade do ar despertaram o alerta máximo para a poluição
por partículas com diâmetro inferior a 10 mícrons. O fenômeno é potencializado
por uma inversão de temperaturas que ocorre nos últimos dias nessas regiões,
com noites frias seguidas por dias com temperaturas acima da média. O país está
a duas semanas da primavera.
Em um clima normal, a
temperatura do ar diminui com a altitude, permitindo uma dispersão vertical dos
poluentes. Porém, com a variação alta de temperaturas, o solo se esfria intensamente
durante a noite, no inverno, enquanto que de dia podem se formar camadas de ar
quentes em altitude, deixando os poluentes “presos” sobre as cidades.
A expectativa é de que a
situação comece a melhorar somente na sexta-feira, quando as temperaturas devem
cair a índices mais próximos do normal para a estação. Na região de
Ile-de-France, onde se encontra a capital, o pico se iniciou ontem e deve se
prolongar até amanhã.
Riscos para a saúde
O nível de alerta máximo
pressupõe uma concentração de partículas superior a 80 microgramas de partícula
por metro cúbico de ar. Nestas condições, as autoridades incitam à diminuição
da velocidade dos veículos em trânsito e à proibição do uso de lareiras. Também
recomendam à população que evite fazer atividades físicas ou esportivas
intensas ao ar livre e limite a circulação de crianças menores de 6 anos nas
ruas.
A poluição por
partículas finas é comum no inverno, devido ao aumento das emissões pelo
aquecimento das casas. Muitas residências ainda utilizam lareiras e milhares de
aparelhos são abastecidos com óleo combustível, uma poluição que se soma à
emitida pela indústria e os transportes. As partículas podem provocar asma,
alergias e outras doenças cardiorespiratórias. As mais finas entre elas, com
menos de 2,5 mícrons de diâmetro, penetram nas ramificações mais profundas e
delicadas das vias respiratórias e sanguíneas, e foram classificadas como
cancerígenas pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
Sugestão
de leitura:
No dia
22 de julho de 2012, publiquei a postagem A QUANTAS ANDA O CORAÇÃO DE DUMONT? Instigante
leitura sobre Santos Dumont...
NBC
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Aceita-se comentários...