segunda-feira, 7 de maio de 2012


A MIOPIA DO OLHAR*

 
“Há momentos na vida onde perdemos a bússola, onde perdemos o norte e a realidade torna-se um conflito. Porém, o mais grave é que, na fronteira entre o real - o plano concreto - e o imaginário - o nosso abstrato -, não conseguimos vivenciar essa realidade, ou seja, distinguir o que é real e o que é imaginário, muito menos superar o conflito. É por isso que, muitas vezes, precisamos derivar para que possamos sobreviver, já que é imperativo sermos felizes! - senão sempre, que o sejamos às vezes, cabendo ao 'doente', cujos olhos estão perfeitos (as suas funções visuais estão perfeitas), tentar descobrir a razão das suas querelas, o motivo que faz com que ele sinta o seu olhar aparentemente desfocado. Não sair em busca de um oftalmologista, mas em busca de si mesmo, olhando um pouquinho mais e melhor para dentro de si mesmo, para dentro do seu coração - não importa a natureza do incômodo que, supostamente, aparenta ser visual, mas não o é. Nesse caso, nenhum oftalmologista, com os seus optotipos e demais instrumentos de acuidade visual vai encontrar a solução para o que quer que seja, visto que não são os olhos que estão míopes, mas o olhar. Daí a cura não vir de fora, mas de dentro de cada um de nós. Afinal, ninguém cura ninguém...". - Fala de uma dada personagem de um roteiro (longa-metragem) de minha autoria, intitulado Olhos em chamas, que, apesar de devidamente registrado no Escritório de Direitos Autorais - EDA da Fundação Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro, se encontra inédito.

Nathalie

* 7 de maio: Dia Nacional do Oftalmologista

  

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