domingo, 26 de outubro de 2014

ELEIÇÕES 2014: 2º TURNO...



O horário de verão, nas localidades onde ele não vigora, chega, às vezes, a confundir. No meu caso, hoje, por exemplo... Crente que já eram quase sete da manhã, segundo o relógio do computador, saí de casa para comparecer ao meu atual domicílio eleitoral (por questões de burocracia, transferi o meu título do Distrito Federal para o RN, já que, em meados deste ano, quis renovar o meu passaporte e, para isso, eu deveria estar quite com a dita Justiça eleitoral, ou seja, cumprir com a exigência da biometria. Desse modo, das duas, uma: ou viajava para Brasília e registrava as minhas digitais, ou transferia o meu título, realizando, onde estou, tamanha redundância!). Então... Eu ainda ignorava o horário em que as urnas seriam abertas, ou seja, às 8h. Resultado: cheguei ao meu domicílio eleitoral duas horas adiantada: as ruas desertas, os portões da escola fechados... Não contando conversa, voltei para casa, aproveitando para, prudentemente, mudar de roupa, já que eu havia saído toda de preto. Afinal, considerando que os ânimos de muitos eleitores de ambas as candidaturas à Presidência andam para lá de inflamados, vai que alguém pensasse que eu era algum black block! Mudei, portanto, de roupa, ou seja, vesti branco, inclusive as havaianas. E, às 7h45, retornei à escola, não muito distante – sempre cultivei o hábito de “bater o ponto” eleitoral pela manhã, cedo, virando logo tal página (tenho alergia à fila) e ganhando o dia livre. Isso sem falar que sempre repudiei tudo o que é obrigatório – daí ressaltar que, se o Brasil anseia ser realmente um país democrático, a legislação eleitoral deveria ser revista, com o comparecimento as urnas deixando de ser obrigatório para ser facultativo. Isso, sim, é democracia. O resto é resto, tipo a mudança no monitor da urna: nas eleições de 2010, ao lado das fotografias dos candidatos vinham os quadradinhos para o (a) eleitor (a) digitar o número de quem quer que fosse. Nestas eleições, contudo, aparece, apenas, os quadradinhos, com os números e nomes dos candidatos correspondentes escritos numa cartolina pregada na cabina de votação. Gente, pense uma mudança desnecessária! E só porque aumenta a morosidade do processo, visto que, se muitas pessoas já têm dificuldades com palavras, o que dirá com números! Por isso achar que, cada vez mais, por parte do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), tudo só tende a se tornar cada vez mais indecente, burocrático. Ignorante, até... Porém, que não seja ignorante, torpe, o comportamento dos eleitores de ambos os presidenciáveis em relação aos seus adversários políticos neste segundo turno – que haja pacificidade no convívio ao longo do dia, bem como tolerância, uns para com os outros, independentemente do resultado das eleições.


Nathalie Bernardo da Câmara

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