O horário de verão, nas localidades onde ele não vigora, chega,
às vezes, a confundir. No meu caso, hoje, por exemplo... Crente que já eram
quase sete da manhã, segundo o relógio do computador, saí de casa para
comparecer ao meu atual domicílio eleitoral (por questões de burocracia, transferi
o meu título do Distrito Federal para o RN, já que, em meados deste ano, quis
renovar o meu passaporte e, para isso, eu deveria estar quite com a dita
Justiça eleitoral, ou seja, cumprir com a exigência da biometria. Desse modo, das
duas, uma: ou viajava para Brasília e registrava as minhas digitais, ou
transferia o meu título, realizando, onde estou, tamanha redundância!).
Então... Eu ainda ignorava o horário em que as urnas seriam abertas, ou seja,
às 8h. Resultado: cheguei ao meu domicílio eleitoral duas horas adiantada: as
ruas desertas, os portões da escola fechados... Não contando conversa, voltei
para casa, aproveitando para, prudentemente, mudar de roupa, já que eu havia
saído toda de preto. Afinal, considerando que os ânimos de muitos eleitores de
ambas as candidaturas à Presidência andam para lá de inflamados, vai que alguém
pensasse que eu era algum black block! Mudei, portanto, de roupa, ou seja,
vesti branco, inclusive as havaianas. E, às 7h45, retornei à escola, não muito
distante – sempre cultivei o hábito de “bater o ponto” eleitoral pela manhã,
cedo, virando logo tal página (tenho alergia à fila) e ganhando o dia livre. Isso
sem falar que sempre repudiei tudo o que é obrigatório – daí ressaltar que, se
o Brasil anseia ser realmente um país democrático, a legislação eleitoral
deveria ser revista, com o comparecimento as urnas deixando de ser obrigatório
para ser facultativo. Isso, sim, é democracia. O resto é resto, tipo a mudança
no monitor da urna: nas eleições de 2010, ao lado das fotografias dos
candidatos vinham os quadradinhos para o (a) eleitor (a) digitar o número de
quem quer que fosse. Nestas eleições, contudo, aparece, apenas, os quadradinhos,
com os números e nomes dos candidatos correspondentes escritos numa cartolina
pregada na cabina de votação. Gente, pense uma mudança desnecessária! E só porque
aumenta a morosidade do processo, visto que, se muitas pessoas já têm
dificuldades com palavras, o que dirá com números! Por isso achar que, cada vez
mais, por parte do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), tudo só tende a se tornar
cada vez mais indecente, burocrático. Ignorante, até... Porém, que não seja
ignorante, torpe, o comportamento dos eleitores de ambos os presidenciáveis em
relação aos seus adversários políticos neste segundo turno – que haja pacificidade
no convívio ao longo do dia, bem como tolerância, uns para com os outros,
independentemente do resultado das eleições.
Nathalie Bernardo da Câmara
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