sábado, 7 de abril de 2012

7 DE ABRIL: DIA NACIONAL DOS JORNALISTAS

“A censura, a supressão de informação, a intimidação e a interferência constituem uma negação da democracia e são obstáculos para o desenvolvimento e uma ameaça para a segurança de todos...”.

Kofi Annan
Diplomata ganês, ex-secretário-geral da Organização das Nações Unidas - ONU e Prêmio Nobel da Paz de 2001, que, neste domingo, 8 de abril, completa 74 anos de idade.


Segundo o jornal O Estado de S. Paulo, o Brasil, Cuba, Venezuela, Índia e Paquistão derrubaram, fins de março do corrente, em reunião da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura - Unesco, em Paris, o texto básico de uma resolução da Organização das Nações Unidas - ONU que estabelece um novo plano de ação para garantir maior segurança aos jornalistas no mundo. De acordo com o jornalista brasileiro Ricardo Setti, o Itamaraty defendeu a posição do Brasil, afirmando que o país “não é contra o plano, mas o rejeitava devido a procedimentos irregulares”, tipo “não aceitava votar sem ser ouvido e nem aprovar um texto que já chegou pronto à assembleia. Além disso, e contrariando a maior parte das estatísticas conhecidas, os diplomatas brasileiros alegam que ‘a grande maioria dos casos [de morte de jornalistas] verificados no Brasil não guarda relação direta com o exercício da atividade’”. Na última terça-feira, 3, contudo, segundo ainda o Estadão, entidades ligadas à defesa da liberdade de imprensa protestaram contra a decisão do Brasil: — Estamos consternados por ver que uma oportunidade histórica para tomar medidas concretas nessa área tenha sido frustrada, disse nos Estados Unidos Guillén Kaiser, diretor do Comitê de Proteção aos Jornalistas - CPJ. Para Marcelo Moreira, diretor do International News Safety Institute - Insi, a decisão brasileira “é negativa, porque impede a criação de projetos que possam investir em programas antiviolência” no País. Em nota, de acordo com o periódico, a Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo - Abraji “lamenta a decisão (...) porque entende que as supostas imprecisões do documento são menores diante de sua importância e sua oportunidade”, podendo o plano, chancelado por dezenas de países, dar relevância ao tema na sociedade e ser mais um estímulo para a responsabilização e punição dos assassinos. Enfim! Somente em 2012, dois jornalistas já foram assassinados no Brasil.




Valeu la presidenta Dilma Rousseff! Infelizmente, hoje, pela omissão dos seus ditos diplomatas, os jornalistas brasileiros não têm nada a comemorar...

Nathalie Bernardo da Câmara




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