EXAME – 07/05/2015
Por Mariana Desidério
São Paulo – O
Brasil vive uma epidemia de dengue com mais de 745 mil casos só neste
ano. Mas esta não é a única doença transmitida
pelo mosquito aedes aegypti que tem trazido dor de cabeça às autoridades
brasileiras.
Nos últimos
meses, o país passou registrar casos de duas “primas” da dengue. Elas atendem
pelos nomes exóticos de chikungunya e zika, são transmitidas pelo mesmo
mosquito e têm alguns sintomas semelhantes.
Mas não se engane: as doenças são diferentes. Veja a seguir quais são os sintomas de cada uma delas.
Mas não se engane: as doenças são diferentes. Veja a seguir quais são os sintomas de cada uma delas.
Dengue
Doença: Dentre as três, é a mais conhecida e presente no
Brasil. O país vive hoje uma epidemia da doença com 367,8 casos para cada 100
mil habitantes registrados até o dia 18 de abril.
Transmissão: O vírus da dengue é transmitido pela picada do
mosquito aedes aegypti.
Sintomas: Febre alta
(geralmente dura de 2 a 7 dias), dor de cabeça, dores no corpo e articulações,
prostração, fraqueza, dor atrás dos olhos, erupção e coceira na pele. Nos casos
graves, o doente também pode ter sangramentos (nariz, gengivas), dor abdominal,
vômitos persistentes, sonolência, irritabilidade, hipotensão e tontura. Em
casos extremos, a dengue pode matar - até 18 de abril foram registrados 229
óbitos.
Tratamento: A pessoa com
sintomas da dengue deve procurar atendimento médico. As recomendações são ficar
de repouso e ingerir bastante líquido. Não existem remédios contra a dengue.
Caso apareçam os sintomas da versão mais grave da doença, é importante procurar
um médico novamente.
Chikungunya
Doença: Até 18 de
abril deste ano, foram registrados 1.688 casos de chikungunya. Os primeiros
casos “nativos” da doença no Brasil apareceram em setembro do ano passado em
Oiapoque, no Amapá. Antes disso, já haviam sido detectados casos de pessoas que
contraíram a virose fora do país. A origem do nome chikungunya é africana e
significa “aqueles que se dobram”. É uma referência à postura dos doentes, que
andam curvados por sentirem dores fortes nas articulações.
Transmissão: É transmitida
pelos mosquitos aedes aegypti (presente em áreas urbanas) e aedes albopictus
(presente em áreas rurais).
Sintomas: O principal
sintoma é a dor nas articulações de pés e mãos, que é mais intensa do que nos
quadros de dengue. Além disso, também são sintomas febre repentina acima de 39
graus, dor de cabeça, dor nos músculos e manchas vermelhas na pele. Cerca de
30% dos casos não chegam a desenvolver sintomas. Segundo o Ministério da Saúde,
as mortes são raras.
Tratamento: Como no caso da
dengue, não há tratamento específico. É preciso ficar de repouso e consumir
bastante líquido. Não é recomendado usar o ácido acetil salicílico (AAS) devido
ao risco de hemorragia.
Zika
Doença: A doença pode ter sido detectada na Bahia, mas ainda
não está confirmada. A suspeita é de que ela tenha sido trazida para o Brasil
durante a Copa do Mundo.
Transmissão: Mais uma vez, o
aedes aegypti é o vilão da história. Mas o vírus também é transmitido pelo
aedes albopictus e outros tipos de aedes.
Sintomas: O vírus não é
tão forte quanto o da dengue ou da chikungunya e os pacientes apresentam um
quadro alérgico. Os sintomas, porém, são parecidos com os das doenças “primas”:
febre, dores e manchas no corpo. Quem é infectado pelo zika também pode
apresentar diarreia e sinais de conjuntivite.
Tratamento: Assim como nas
outras viroses, o tratamento consiste em repouso, ingestão de líquidos e
remédios que aliviem os sintomas e que não contenham AAS.
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