quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

NÃO É NENHUMA PIADA!


“Não pôr fim ao que tem remédio e denunciar as coisas com um simples murmúrio torna-nos cúmplices da nossa miséria...”.

José Saramago (1922 - 2010)
Escritor português



Em minha vã ignorância, pois mesmo não dispondo de apenas dois neurônios ignoro muitas coisas, eu sempre quis entender o motivo de chamarem o Ministério da Fazenda de Ministério da Fazenda. Não podia ser granja, sítio, chácara ou qualquer outro nome que o valha? Enfim! Costumo receber em meu e-mail uma versão eletrônica da revista Época Negócios, que hoje, aliás, me enviou uma chamada para uma matéria nada simpática, intitulada Mínimo diferente de R$ 540 será vetado, diz Mantega. Engraçado, Lula vai embora e ainda nos lega um encosto! Nenhuma surpresa. Afinal, quem já não sabia que a medida provisória baixada por ele antes de supostamente deixar o governo, aumentando em quase nada o salário mínimo, foi apenas um tapa na cara do povo brasileiro, em agradecimento por tê-lo feito presidente do país durante oito e miseráveis anos, praticamente chamando esse mesmo povo de idiota? Então...

Segundo Guido Mantega, ministro da Fazenda, se referindo ao mínimo, “se vier algo diferente disso, vamos simplesmente vetar”. Para ele, “um aumento acima disso pode provocar expectativas negativas, até mesmo de inflação”. Ninguém merece tanto abuso de poder nem de cinismo! E os investimentos de Lula em seus próprios pares, com recursos públicos – diga-se de passagem –, os favorecendo e aumentando os seus salários já graudos em mais de 60% antes de, oficialmente, deixar de ser presidente? Isso não afeta a inflação? Bom! Não entendo de economia, mas tenho bom senso e sei o que é injustiça. E não acho que seja “temerário”, como disse Mantega, um mínimo acima de R$ 540. O mais grave, contudo, é la presidenta Dilma Rousseff dizer que vai erradicar a miséria no Brasil. Duvido muito! Ainda mais com um ministro como Mantega e uma política econômica não favorável aos seus aparentes propósitos. Não vai, mesmo! Sinceramente, fico sem palavras.

Nathalie Bernardo da Câmara



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