Edição
de hoje, 22 de janeiro de 2014, do Novo
Jornal.
Pode-se dizer que, hoje, finalmente, a Arena das Dunas é nossa! Nada
dispendiosa – foram “investidos” (que se saiba), aproximadamente, R$ 400 milhões
oriundos – tudo indica – dos fundos do BNDS (e a danada ainda tem retoques por fazer)
–, a arena receberá nesta gloriosa e pavoneada noite nada mais, nada menos do que
la presidenta Dilma Rousseff, que,
para o desespero dos ambientalistas de plantão, dará o primeiro dos muitos chutes
que ainda virão num dos exemplares do indefeso tatu-bola (Tolypeutes
tricinctus), ameaçado de extinção, ali, parado, feito um dois de paus, no centro
do gramado, oficializando aquele que, de longa data, já é considerado o pior
dos pesadelos da fauna potiguar – cadê o IBAMA? Ah! Para quem ignora, a escolha
de tão nobre horário deu-se em respeito aos hábitos noturnos da espécie
silvestre, quando ela sai da toca, apesar de saber que, para sobreviver, sempre
terá de driblar o assédio da sua maior predadora, ou seja, a jaguatirica –
outra que é noctívaga –, cuja brabeza, aliás, até os colombianos temem. Enfim!
O fato é q o circo está armado e, como não poderia deixar de ser, a cidade está
em romaria, alerta, de prontidão, igualmente à espera: na capital potiguar, estão
previstos piquetes, protestos, palavras de ordem, mascarados por toda parte, todos
à espreita – na verdade, apenas querendo dá um rolé...
Nathalie Bernardo da Câmara
Uma explicação pertinente...
Durante o dia de hoje, sempre que, no facebook, inclusive neste blog (o texto acima), postei algo referente à bola da Copa de 2014, chamei-a de tatu-bola. Só que o fiz conscientemente. E por dois motivos: nunca simpatizei com Brazuca, o nome verdadeiro do objeto de forma circular, nem, muito menos, com Fuleco, nome da mascote do evento que, além de brega, é para lá de pejorativo, embora a sua composição, saibamos, tenha sido inspirada, esta sim, no tatu-bola. Daí que na postagem Copa de 2014: um gol contra o Brasil, publicada no meu blog no dia 10 de maio de 2012 (http://abagagemdonavegante.blogspot.com.br/2012/05/copa-de-2014-um-gol-contra-o-brasil.html), eu já ter dito que tais escolhas foram infelizes. Desse modo, apenas para contrariar, todas as vezes em que me refiro à bola, chamo-a de tatu-bola, mesmo porque, convenhamos, se seguirmos certa lógica...
NBC
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