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REQUIEM AETERNAM?
“Eu não estou conseguindo aceitar...”.
Antonella Pareschi, violinista brasileira
Desde o início do desaparecimento do vôo 447 da Air France, sobretudo pelas primeiras e subseqüentes informações divulgadas pela imprensa, eu já supunha, de posse da minha vã ignorância, que o Airbus A330 só poderia ter caído onde caiu, ou seja, nas proximidades do arquipélago de São Pedro e São Paulo, no cerne do Atlântico, sobretudo porque, com eu disse em minha recente postagem, Vôo 447, do dia 2 de junho, algo de muito sério, de fato, aconteceu, a ponto de impedir “o piloto de retornar e aterissar no aeroporto de Fernando de Noronha ou prosseguir um pouco mais e aterrissar no aeroporto de Espargos, na ilha do Sal, em Cabo Verde – as duas únicas possibilidades diante da localização em que se encontrava a aeronave”.
Ainda mais se considerarmos a experiência do piloto e o fato do Airbus A330 ser uma máquina inteligente, transmitindo, sozinha e automaticamente, acho que aos controladores de vôos, níveis de óleo, combustível etc. Ocorre que os fenômenos climáticos foram impiedosos: chuvas, trovões, turbulências e raios – eu soube até que, no espaço aéreo da região, onde foram encontrados os primeiros destroços da aeronave, o tamanho de um granizo é igual e, às vezes, até maior do que um pulso humano, sendo, ainda, a localização uma das mais hostis do Oceano Atlântico, com ondas de mais de dois metros de altura e profundidades que variam de três a quatro mil metros, além de cadeias montanhosas no fundo do mar e de fortes correntes marítimas.
A linha do Equador
Assim, praticamente impossível sobreviver em caso de um acidente. No ar e no mar. Segundo o jornal Le Monde, o piloto aposentado Jean-Pierre Moutté, disse que a rota Rio-Paris é bastante arriscada, sobretudo a passagem pela linha do Equador. Para ele, o pior momento da rota, onde as condições climáticas são implacáveis, especulando que uma possível causa do acidente teria sido a entrada da aeronave em uma nuvem que a categoria chama de cumulo-nimbus, de impiedosa tempestade, embora os aviões costumem ter dois radares para evitar esse tipo de confronto: “Os núcleos dessas nuvens são altamente instáveis, com ventos ascendentes e descendentes e gelo”, afirmou.
Segundo o presidente Lula, “um país que acha petróleo a seis mil metros de profundidade pode achar um avião a dois mil”, acrescentando que o governo brasileiro fará “o possível e o impossível” para localizar os destroços da aeronave. Gente! Quanta preocupação com o avião! Com os destroços do avião! E os corpos? Nada? Quer dizer que resgatar a fuselagem do Airbus A330 é mais importante do que resgatar nem que sejam os destroços dos passageiros? Isto é! Se os tubarões que habitam as águas da região já não devoraram as duzentas e vinte oito pessoas que, no fatídico dia, nem de casa deveriam ter saído! Sorte de quem perdeu o vôo, adiou ou desistiu, em cima da hora, de embarcar. Cabe à França, agora, investigar o que aconteceu. E o Brasil vai colaborar.
Segundo o G1, em Brasília, o ministro da Defesa, Nelson Jobim, que não duvida que a queda do avião tenha se dado onde foram identificados os primeiros vestígios do Airbus A330, ainda “não foram encontrados corpos ou sobreviventes”. De acordo com o ministro, “os corpos que apresentarem ‘abdome íntegro’, ou seja, sem perfurações, podem voltar à superfície entre 48h e 70h. Já os corpos que tiveram o abdome perfurado, explicou ele, não retornam à superfície. Na avaliação de Jobim, é ‘muito difícil’ encontrar corpos no fundo do mar. "Serão recolhidos os que bóiam," disse. O ministro informou, ainda, que o mar, naquela região, possui profundidade entre dois mil e três mil metros. Ele não excluiu a hipótese de haver tubarões na região. Nem poderia, porque é real. E a região possui duas espécies...
Dados pessoais:
Tubarão-baleia
(rhincondon typus)
&
Tubarão-martelo
(sphyrna mokarran)
De qualquer modo, o mesmo mini-submarino que localizou o Titanic, já se encontra a caminho das proximidades do arquipélago de São Pedro e São Paulo, a fim de localizar a caixa-preta do avião, que é pequena e não flutua. Mas, e os corpos? Só pensam nos destroços da aeronave e na caixa-preta! Que diacho! Vão deixar tudo para os tubarões da região? E por que certas famílias não autorizaram a inclusão de parentes, que estavam no vôo 447, na lista oficial de passageiros, divulgada nesta quarta-feira, 3, pela Air France? Por acaso os ocupantes do Airbus A330 não tinham amigos, só família? E quem ainda não sabe que eles estavam no vôo? Como o saberão se não for através da lista? É importante, sim, divulgar os nomes dos passageiros e compartilhar certas informações.
Infelizmente, até agora, nada de corpos, muito menos de sobreviventes – o que não impede reverências, homenagens, tributos... O meu? Vai para o compositor e regente brasileiro Silvio Barbato, um dos passageiros do vôo 447, músico de renome internacional, que, com apenas vinte e cinco anos, regeu Tosca (1900), do compositor italiano Puccini (1858 - 1924). Encantou. Encantou-se. E, por sua precocidade, ganhou um apelido...
O Maestro menudo
“A grande emoção eu vivo durante todo
o processo de preparação de um espetáculo.
O que sinto na hora é resultado de toda essa
batalha que travamos pela arte,
para levá-la ao público”.
Silvio Barbato
Polivalente, na música e na vida, quando não estava com uma batuta à mão, estava com uma colher de pau, pois gostava de cozinhar, ou uma prancha de surf, que praticava nas horas vagas, ou, ainda, com uma bandeira do flamengo, desfraldando-a, aos gritos, de preferência, no Maracanã, e, apesar de carioca, mantinha uma relação atávica com Brasília, sem o menor interesse de cortar o cordão umbilical que o unia a cidade, costumando dizer com propriedade: “Sou o maestro de Brasília!”. E era. Foi. Regente e diretor artístico da Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional, onde trabalhou por doze anos, foi, ainda, regente titular do Theatro Municipal do Rio de Janeiro de 1998 a 2006, ano em que passou a ser diretor musical da Sala Palestrina em Roma, construída em 1650.
Barbato criou, também, a sua própria orquestra, a Camerata do Brasil, para os seus projetos pessoais. A sua mais nova ópera, Chagas, sobre a vida do cientista brasileiro Carlos Chagas (1879 - 1934), estreou em Roma em 2008 e estava prevista para ser encenada no Brasil em outubro deste ano. Disse “estava” porque ninguém nunca sabe. Antes disso, compôs O Cientista, ópera baseada na vida do sanitarista brasileiro Oswaldo Cruz (1872 - 1917). Barbato era, ainda, padrinho de honra do Instituto Karinha de Criança, uma Organização não-governamental que funciona na cidade de Cruzeiro, no Vale da Paraíba, a 220 quilômetros de São Paulo, que ele também costumava ajudar financeiramente, enviando doações revertidas de suas apresentações.
“A dedicação, o coral e a música são objetos de transformação de cidadania e inclusão social”.
Silvio Barbato
Um dos seus parceiros mais freqüentes, o violinista Turiba Santos, lamentou a sua perda, dizendo que Barbato está “na primeira linha dos regentes brasileiros, com reconhecimento internacional”. Não era à toa que Barbato estava no vôo 447 justamente porque iria apresentar a sua ópera Carlos Chagas em Kiev, capital da Ucrânia, onde também faria uma palestra sobre a música russa e brasileira. No centenário de morte do compositor e maestro brasileiro Carlos Gomes (1936-1896), a convite de plácido Domingo, foi o curador da ópera O Guarani, que, à época, abriu a temporada da Washington Opera. No Conservatório Giuseppe Verdi, em Milão, recebeu o Diploma de Alta Composição na classe do compositor italiano Azio Corghi. De origem italiana, Barbato era conhecido pela irreverência e personalidade forte.
Sangue quente, vibrante e, ao mesmo tempo, inusitado e controverso... Certo dia, Barbato foi vaiado por atrasar o início de um concerto. Pegou o microfone e disse que vaia de petista não valia. Arriscou-se. Arriscava-se: “Sou assanhado e não me responsabilizo por mim. Há quatro anos, namorava a violinista brasileira Antonella Pareschi, que, em entrevista, revelou que costumava dizer que os dois ficariam “velhinhos juntos, mas ele dizia ‘é ruim, hein? Vou pegar onda no Leblon! Se quiser ficar com as suas dores, fica, mas eu vou sumir’”. E sumiu. Não nas águas do mar do Leblon, onde ele costumava surfar, mas nas do Oceano Atlântico, com ondas de mais de dois metros de altura, em cujas cristas ele, com certeza, ia querer deslizar. Não desafinar, como uma flauta fora do tom, nada mágica...
Causou polêmica, contudo, a opinião do compositor e regente brasileiro Ricardo Prado sobre o desaparecimento do amigo e colega de profissão. Em seu blog Clube do maestro, no dia primeiro de junho, sob o título Silvio Barbato: a perda irreparável da música na tragédia aérea, ele escreveu:
“O maestro Silvio Barbato estava no vôo da Air France desaparecido sobre o Atlântico na noite de ontem. Uma tragédia para todos, de todas as nacionalidades. Mas uma perda imensa, jovem, talentosa e promissora para a música brasileira. Este é um vôo sempre cheio de músicos e artistas; eu mesmo já me encontrei, indo ou vindo, com o próprio Silvio e com Ernani Aguiar.
Silvio Barbato era compositor e regente. Foi Regente Titular da Orquestra Sinfônica do Theatro Municipal do Rio de Janeiro e Diretor Artístico do Teatro Nacional Claudio Santoro, em Brasília. Santoro foi o grande mestre e incentivador de Silvio Barbato que estudou também no Conservatório Giuseppe Verdi em Milão, onde recebeu o diploma de Alta Composição na classe de Azio Corghi. Freqüentou a classe de Franco Ferrara e colaborou com o maestro Romano Gandolfi no Teatro Alla Scala. Em Chicago, realizou seu PhD em Ópera Italiana sob a orientação de Philip Gossett. Em 2006 Silvio estreou sua ópera "O Cientista", sobre o cientista Oswaldo Cruz.
A morte operou seu ridículo, seu grotesco, sua falta de gosto e de humor, sua violenta interrupção de promessas, buscas e esforços, sua sempre precoce diagonal de tudo o quanto importa. A morte foi outra vez injusta, violenta, inescrupulosa, deselegante, sempre como sua fidelíssima e vagabunda imitadora – a estupidez.
Fica dele [Barbato] essa imagem sorridente de um artista realizador, e a memória da música que ele, generoso, semeou entre nós”.
E postou uma foto de Barbato. Ocorre que a sua opinião sobre a morte gerou polêmica e, no dia seguinte, 2, ele escreveu e postou outro texto, O Sinal que dá nome às notas, respondendo à altura das divergências:
“Fiquei ao mesmo tempo feliz e surpreso com as reações provocadas pelo meu comentário de ontem sobre a perda do maestro Silvio Barbato. Muitos leitores se manifestaram sobre ele, sobre sua carreira, sua vida, sobre a falta que ele fará à sua família, à música, ao Brasil. No entanto, outros se manifestaram a respeito do que escrevi sobre o que penso da morte, algumas vezes de forma que transborda do sagrado direito de manifestação pública. Gostaria, então, de esclarecer algumas coisas que me parecem importantes.
A primeira delas é que esse Clube do Maestro é um blog de opinião. Tento noticiar, informar, mas quem frequenta o blog de forma continuada parece, segundo o histórico dos comentários, buscar aqui a minha opinião; o que pensa o maestro sobre um pouco do que vai pelo mundo da música e o que ela nos propicia de oportunidades de reflexão sobre a vida. Esse é um lugar em que um artista opina, tenta informar e, com prazer, debate. Como o Clube do Maestro é um blog, ele espera, ele deseja a opinião dos seus leitores. É esse diálogo e essa proximidade que a ferramenta permite o que se quer e dele ela se enriquece. No entanto, alguns comentários dirigiam-se - até ao próprio Silvio - de forma inaceitável, inclusive numa tentativa tola de chamar atenção para blogs pessoais que pretendem gerar tráfego de leitores sem gerar conteúdo. Esses foram bloqueados. Vários reagiram divergindo e a eles eu respondi agradecendo a opinião, ainda que discordante. Outros, ainda, buscaram polemizar sobre o que ontem escrevi sobre a morte. A eles eu quero dar uma resposta pública e geral.
Ontem, subitamente, fomos informados que 228 pessoas desapareceram em algum ponto do Atlântico. O que fora até momentos antes um imenso avião que levava a Paris 228 trabalhadores, estudantes, sonhadores, noivos, turistas, famílias, um colega meu - e entre eles sete crianças e um bebê - desfez-se entre 11 mil metros de altitude e até 5.000 metros de profundidade. Quem já fez essa rota tantas vezes como eu, e que passou o dia de ontem ouvindo os especialistas e as autoridades, não discute sobre chances de sobrevivência. Aquelas são circunstâncias que me permitem, neste espaço e para além de qualquer direito permanente à opinião, falar da morte com revolta, com ira - ou como eu quizer.
Polêmica vem do grego polemus, que significa guerra, confronto. Existe mesmo uma ciência que estuda as guerras e que se chama polemologia. Ou seja, a polêmica não quer o debate, a troca, até mesmo o contraponto de idéias. Ela não quer entender, compreender. A polêmica não quer revelar, nem ocultar; não pretende conhecer, aprender ou saber; não percebe o que é gesto, palavra, silêncio ou suspiro. Ela quer a derrota, a anulação do outro, do que diverge, do que pensa e sente diferente. Ela quer uma hegemonia. Ela quer uma posição de força.
Ela parece muito um certo Brasil destes tempos, que pode, rapidamente, avançar para ainda pior, especialmente por querer parecer ser o Brasil inteiro. Um certo pedaço de Brasil que se parece muito com um garoto arrivista de blog sensacionalista: ambiciona o tráfego, valoriza a bravata, usa o grito e despreza o conteúdo. Os meios de comunicação que buscam a interlocução com seus públicos têm sido alvos de manifestações que, por detrás de um véu pálido de crítica gaguejada, não escondem uma certa militância. Lamento pelos colegas que, na cobertura e na opinião política e econômica, lidam com a bravataria ora juvenil, ora profissional. O Clube do Maestro quer falar das músicas; as Adjacências que abraça em seu título são o humor, a sensibilidade, a invenção. O resto não é desejado aqui e aqui não encontrará bom convívio. Ontem e hoje elas foram bloqueadas e, se voltarem a ocorrer, voltarão a ser bloqueadas. Os outros comentários - elogiosos e críticos, concordantes e discordantes - estão aí e aí continuarão, como sempre por mim bem-vindos e agradecidos.
Acredito que os vínculos com o sagrado, com o mistério e com a morte consagram sentimentos e idéias de Deus que permitem a revolta, a angústia, o medo, a paixão - em toda a complexidade que essa palavra ilumina, especialmente quando tratamos da morte. No mais alto do céu e no mais fundo do mar, onde se mapeia tanta perda, a minha esperança ainda resiste. Não pela improvável sobrevivência mas pela necessária benção do mistério, da ira e do medo, pela memória e pela paixão. Pela complexidade e pelo repúdio a toda simplificação. Por isso mesmo, nunca pela polêmica. No mais, a música”.
E aproveitou para postar três vídeos nos quais Barbato rege três óperas: Requiem, de Mozart; Requiem, de Verdi, e Requiem, de Brahms. É, parece que tem gente que não sabe o que significa liberdade de opinião. Eu, particularmente, não conheço pessoalmente o maestro Ricardo Prado, mas já ouvi falar em seu nome, e concordo com ele, em gênero, número e grau, quando esculacha a morte. Afinal, quem foi o doido que defendeu a morte? Só mesmo sendo muito estúpido para criticar negativamente alguém que mete a lenha em algo que, arbitrariamente, nos tira toda e qualquer possibilidade de vida, de emoção, de sentimentos, de sonhos e esperanças, ou seja, a morte, esse algo de caráter degradante, que só sabe gerar o medo em qualquer pessoa considerada dentro dos padrões da dita normalidade.
Mas, deixemos as polêmicas de lado e transcrevamos uma frase do regente e compositor Barbato: “A música dos mestres se inspira no povo, na cultura da terra em que vivem. Nela, não existe eruditismo”.
“Sílvio foi um artista que se sentia absolutamente à vontade nas grandes salas de concerto da Europa e nos espaços musicais mais humildes e acanhados de qualquer cidade do interior brasileiro”.
Ricardo Noblat, jornalista
No dia 2 de junho, o tenor brasileiro Thiago Arancam dedicou em seu blog um espaço para homenagear Barbato, maestro e amigo, intitulando-o Addio amico Silvio Barbato!! e sub-título Grazie Maestro Barbato!!!! Sarai sempre nei nostri cuori.... Ei-lo:
Iríamos nos encontrar no dia 9 de junho em Roma, estávamos organizando uma grande tournée para o Brasil em 2010 e também conversávamos sobre a sua mais nova Ópera Simão Bolívar, ao qual seria o seu protagonista. Agora o que nos resta e' muita tristeza e uma enorme saudade da alegria, do sorriso, da vontade de ‘criar musica’ que sempre o acompanhava.
Da minha parte e da parte da minha esposa Michela, gostaríamos de expressar os nossos pesares e nossas sinceras condolências à Antonella, aos filhos e a família do nosso querido Maestro Silvio Barbato".
O presidente da república brasileira em exercício,
José de Alencar, decretou luto oficial de três dias
em tributo as vítimas do desastre aéreo com o vôo 447...
A lista oficial de passageiros (dos cinqüenta e oito, faltaram cinco) é a seguinte:
ADRIANA HENRIQUES; ADRIANA SLUIJS; ANA CAROLINA SILVA; ANA LUISA CURTY; ANGELA CRISTINA DE OLIVEIRA SILVA; ANTONIO AUGUSTO GUEIROS; BIANCA COTTA; BRUNO PELAJO; CARLOS MATEUS; CARLOS EDUARDO DE MELLO; DEISE POSSAMAI; EDUARDO MORENO; FERDINAND PORCARO; FRANCISCO VALE; GUSTAVO MATTOS; IZABELA KESTLER; JEAN CLAUDE LOZOUET; JOAO MARQUES SILVA; JOSE SOUZA; JOSE GREGORIO MARQUES; JOSE ROBERTO GOMES DA SILVA; JULIA CHAVES DE MIRANDAS CHMI; JULIANA DE AQUINO; LEONARDO DARDENGO; LEONARDO PEREIRA LEITE; LETICIA CHEM; LUCIANA SEBA; LUIS CLAUDIO MONLEVAD; LUIS ROBERTO ANASTACIO; MARCELA PELLIZZON; MARCELO OLIVEIRA; MARCIA MOSCONDE FARIA; MARCO MENDONCA; MARIA VALE; MARIA TERESA MARQUES; MATEUS ANTUNES; NELSON MARINHO; OCTAVIO ANTUNES; PATRICIA ANTUNES; PAULO VALE; PEDRO LUIZ DE ORLEANS E BRAGANCA; ROBERTO CHEM; SILVIO BARBATO; SIMONE ELIAS; SOLU WELLINGTON VIEIRA DE AS; SONIA FERREIRA; SONIA MARIA CORDEIRO PORCARO; TADEU MORAES; VALNIZIA BETZLER; VANDERLEIA CARRARO; VERA CHEM; VERONICA IVANOVITCH E WALTER CARRILHO JUNIOR.
A ESMERALDA DO ATLÂNTICO
Américo Vespúcio (1454 - 1512)
Navegador italiano
Esta semana, Fernando de Noronha ficou em evidência devido o desaparecimento do Airbus A300, da Air France, vôo 447, que havia decolado do Rio de Janeiro com destino a Paris, mas que, depois de sobrevoar o arquipélago, desapareceu dos radares... Uma tragédia de proporções impressionantes, cuja causa permanece um mistério. Porém, apesar do dramático desfecho do desaparecimento da aeronave, reportei-me, saudosa, a uma viagem que fiz a Noronha, em 1996, a bordo de um bi-motor – e haja coragem! –, em função de uma pesquisa que eu estava realizando e que recebeu o apoio do Projeto Tamar – uma experiência indescritível.
Afinal, uma das primeiras terras localizadas pelas expedições portuguesas no Novo Mundo, Noronha foi localizada no dia 10 de agosto de 1503 – feito atribuído ao navegador italiano Américo Vespúcio, que, de Lisboa, partiu em uma expedição, comandada pelo navegador português Gonçalho Coelho (séc. XV - séc. XVI) para o Brasil, achando, “casualmente”, o arquipélago, tal qual se conta como se deu o achamento do Brasil, ou seja, meramente por acaso. E, assim, como reza a tradição cristã, resolveram batizá-lo de ilha de São Lourenço – nome de santo... No ano seguinte, o arquipélago passou a ser chamar Fernan de Loronha (séc. XV - séc. XVI).
Paesi Novamente retrovati et Novo Mundo,
de Alberico Vesputio Florentino intitulato.
Cum Privilegio, Vizenza, 1507.
E quem foi Fernan de Loronha? Um fidalgo português que financiou a expedição capitaneada por Gonçalho Coelho ao arquipélago e se tornou o seu primeiro arrendatário, obtendo a concessão da exploração dos recursos naturais do Brasil, inclusive a do pau-brasil. Ainda em 1504, o arquipélago foi elevado à categoria de Capitania Hereditária, a primeira da coroa portuguesa no Brasil. Porém, o desinteresse do fidalgo em tomar posse de suas terras, aliado a sua privilegiada localização nas rotas de ligação entre o Brasil e a Europa, atraiu a cobiça de muitos povos, ficando à mercê de invasores, como os holandeses, ingleses e franceses.
Foi somente em 1737, por intermédio da Capitania de Pernambuco, que Portugal expulsou os últimos invasores, os franceses... Dessa época é a Vila dos Remédios e o costume de utilizar o local como colônia correcional para presos comuns. Em 1938, o Governo Brasileiro requisitou a ilha para instalar um presídio político, fato que se repetiu durante a ditadura militar a partir dos anos sessenta.
Tornando-se território federal em 1942, o arquipélago, que pertencia ao Rio Grande do Norte, reintegrou-se, por força da Constituinte, em 1988, a Pernambuco. E, na condição de Distrito Estadual, dista de Natal cerca de 360 Km e 510 de Recife. Desse modo, a sua localização, no limite do mar territorial sobre a dorsal mediana do Atlântico, uma cadeia de montanhas submersas, faz dele o maior aquário natural do mundo. E um celeiro de histórias. Tipo a que ouvi de uma senhora que me hospedou em sua pousada. Segundo ela, durante muito tempo, a ilha funcionou como presídio. Quem cometesse algum crime no continente, não tinha como escapar! Ia para Noronha.
E a senhora acrescentou: “Com muita sorte, por bom comportamento, como se dizia na época, poucos conseguiam sair da prisão, mas continuavam a morar na ilha, porque já não tinham mais o que fazer lá fora. Foi o caso do meu marido...”, suspirou, prosseguindo: “Mas, até doutores, homens de bem”, foram aprisionados em Noronha. “Agora, o que esses doutores [políticos presos na época da Ditadura Militar no Brasil] fizeram eu, até hoje, não sei! Não roubaram, não mataram, mas que vieram, vieram! E aqui ficaram por muito tempo”, acrescentando que o arquipélago já foi chamado até de Terra Maldita e de Ilha do Diabo”, o que, para muitos, devia ser mesmo...
Quanto à vida no arquipélago [à época, 1996], “está mais tranqüila, mas a vida continua difícil. Principalmente a comida! Sim, pra ela chegar aqui, a comida, a gente tem de esperar o avião ou o navio, e nem sempre dá pra todo mundo. Aí, é aquela confusão!”. Ela apaga o cigarro de palha na sola da sandália de couro trançado e prossegue: “Esse, sim, é o maior problema da ilha, ou seja, a falta de comida! Mas, bebida que é bebida, essa não falta! Aqui, em Noronha, se bebe muito, todo dia, o dia inteiro... Pois é! Comida pode faltar, mas bebida... E esse também é um problema sério! O pessoal começa cedo...”. Será que não tem Lei Seca em Noronha?
Bom! Perguntei quais as opções de lazer no arquipélago, além das praias, óbvio. Segundo ela, quase nenhuma. Terminei o meu café da manhã e fui caminhar na praia, optando pelo mar de dentro, lado voltado ao continente brasileiro, enquanto o mar de fora é voltado ao continente africano. Flanando, senti-me vagando no calendário. O tempo passava, mas eu não o sentia passar e, apesar dos espaços físicos já estivessem definidos pela natureza e os limites territoriais estabelecidos pelo homem, não tive a sensação de estar em uma prisão, confinada, como, provavelmente, se sentiram os antigos prisioneiros que lá ficaram retidos, sem a menor possibilidade de fuga. Ao contrário! Afinal...
O objetivo da minha viagem a Fernando de Noronha, em 1996, era o de pesquisar in loco o arquipélago e as suas histórias, a fim de obter material que subsidiasse um roteiro de filme de ficção que eu estava escrevendo, intitulado Olhos em chamas, cuja narrativa foi inspirada na estrutura da Divina comédia (1306 - 1321), do escritor italiano Dante Alighieri (1265-1321) e conta a história de um escritor que entra em conflito com os seus próprios infernos, purgatórios e paraísos, adoecendo do olhar. Infelizmente, apesar do projeto já ter sido aprovado pela Lei do Audiovisual, do Ministério da Cultura do Brasil, e de ter uma produtora, ainda não disponho dos recursos necessários para a sua realização. O texto abaixo, portanto, é a transcrição de uma das falas do poeta:
“Diferentemente da nostalgia, que sinto apenas como uma boa recordação de alguém, de algo ou de algum lugar, a saudade é a dor de uma ausência. De alguém, de algo ou de algum lugar. Uma das mais poéticas palavras e uma das mais tristes da língua portuguesa, a saudade estanca o tempo e, também, nos faz estancar. Na África, contudo, encontramos a mais dramática de todas as saudades, já que, para o povo africano, a saudade expressa um sentimento arrebatador de perda, solidão e tristeza. Até mesmo porque, no continente africano, ela é conhecida como banzo, um derivado do substantivo banzar, oriundo do Quimbundo, língua falada em Angola, que seria, digamos, uma espécie de nostalgia mortal... Pelo sabido, o substantivo banzo começou a ser difundido em outros países quando o negro africano, sobretudo o angolano, foi transformado em escravo, traficado do seu país de origem e subjugado algures. Assim, distante de seu povo, da sua cultura, dos seus hábitos e costumes, sem nenhuma possibilidade de retorno, muitos não conseguiam resistir à dor da opressão, manifestando inicialmente certa apatia, seguida de fastio, inanição e, por fim, da própria morte...”.
E o meu roteiro Olhos em chamas, onde narro a história de um escritor em busca de si mesmo, aproveito para abordar a problemática das tartarugas marinhas, pelas quais sempre tive uma grande simpatia. A passagem que ora transcrevo, portanto, foi extraído, também, do referido roteiro: “O arquipélago de Fernando de Noronha é um Patrimônio Natural da Humanidade, um Parque Nacional Marinho, protegido por uma instituição federal de proteção ambiental, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis - IBAMA. Como Parque Nacional, toda a fauna e flora de Noronha, assim como as suas belezas naturais, são utilizadas apenas com fins educacionais, recreativos ou científicos, sendo proibida qualquer forma de exploração dos seus recursos naturais.
Anos 80. Para tentar solucionar o problema da ameaça de extinção das tartarugas, não somente em Noronha, mas, também, no continente brasileiro e em todo o mundo, o IBAMA criou o Projeto Nacional de Proteção às Tartarugas Marinhas, o Projeto TAMAR, um dos mais importantes programas de preservação ambiental existentes no Brasil. Infelizmente, não faz muito tempo, o mesmo IBAMA divulgou que as tartarugas não estão mais ameaçadas de extinção, liberando, portanto, a sua comercialização... No entanto, a coisa não é tão simples assim. Por exemplo: mesmo que as tartarugas não estejam mais ameaçadas de extinção, o IBAMA não deveria liberar a pesca e o consumo tão rapidamente, porque a ganância dos comerciantes é tão grande que, se brincarmos, o problema da extinção pode vir a se repetir.
Caso fosse diferente, elas ainda não estariam sofrendo grandes ameaças na maior parte do mundo, já que, apesar de acompanharmos a desova, ver o ninho nascer, alimentar e preservar as duas espécies que normalmente são encontradas em Noronha, os resultados não são imediatos. Até porque o ciclo evolutivo da tartaruga é muito lento! De cada mil tartaruguinhas que entram no mar, por exemplo, uma ou duas chegam a idade adulta, que requer trinta anos para isso acontecer. Curiosamente, uma das medidas de uma campanha criada para arrecadar recursos para o TAMAR foi a da adoção simbólica de uma tartaruga, já que quem adota não pode levar a adotada para casa.
Pode conhecê-la, escolher um nome para ela, fazer uma foto para guardar de lembrança, mas, de todo modo, ela permanece no mar. O interessante é que tem gente que adota tartaruga até pelos Correios! Em Noronha, por exemplo, existe uma espécie de espaço cultural, onde, inclusive, funciona uma lojinha que vende produtos promocionais do TAMAR: camisetas, chaveiros, adesivos, bonés, fotografias, vídeos, entre outros, todos com motivos ecológicos variados. Existe, ainda, uma loja virtual, disponibilizando aos internautas os mesmos produtos das lojinhas com motivos ecológicos.
Quanto as espécies que ainda existem no mundo... Aproximadamente, 200 espécies, embora, no Brasil, somente cinco são encontradas e preservadas pelo TAMAR. No caso de Fernando de Noronha, existem apenas duas: a tartaruga-de-pente e a tartaruga verde. À oportunidade em que estive em Noronha, acompanhei uma bióloga em seu trabalho cotidiano e pude conhecer e entender como é feito o controle o registro das tartarugas marinhas. Antes de tudo, cada tartaruga que visita ou transita por Noronha recebe uma plaqueta que é presa à nadadeira e que consiste em sua carteira de identidade. Por exemplo, caso ela seja encontrada ou capturada em qualquer lugar do mundo, a base do TAMAR em Noronha, onde ela foi catalogada, pode receber informações sobre o seu paradeiro. Tanto que, de um lado do grampo, tem o número individual da tartaruga e as letras BR, que quer dizer Brasil; do outro lado, a caixa postal do TAMAR.
Bom! Conheci, assim, uma Eretmochelys imbricata, mas conhecida por Aruanã ou Zangada – o formato da sua cabeça se assemelha ao bico do papagaio –, a famosa tartaruga-de-pente, que, durante muito tempo, foi a mais ameaçada de extinção no mundo inteiro, principalmente pela beleza da sua carapaça, utilizada na confecção de armações de óculos, anéis e demais adornos. Além disso, outra grande ameaça era a matança das fêmeas, ao saírem do mar, quando elas iam desovar nas praias, e do roubo e consumo dos seus ovos! Hoje em dia, ela é protegida praticamente no mundo inteiro. O trabalho de marcação das espécies, para identificá-las, por sua vez, dá-se da forma que se segue.
No caso das fêmeas, que são marcadas quando retornam ao mar, após deitarem os seus ovos, esse trabalho é feito para que seja possível observar aspectos comportamentais relacionados à desova, ao tamanho da população e ao estudo de rotas migratórias, o que já não acontece facilmente com os machos que, sempre na água, dificultam o trabalho de marcação. Já os filhotes levam aproximadamente cinqüenta dias para nascerem. Nascidos, são contados, identificados e liberados ao longo das praias, mas não sem antes ser feita a marcação da espécie. Depois, alguns exames de biometria, através dos quais pode ser feita uma análise comparativa entre os dados da captura anterior e as posteriores. Finalmente, feitos os exames, a tartaruga é devolvida ao mar, livre, para bater as suas nadadeiras ao seu bel prazer...
Acesse o site do Projeto TAMAR:
www.tamar.org.br/
Acesse o site infantil do TAMAR:
http://www.souamigodomar.com.br/
“A tartaruga não vai ser a mesma criatura daqui a milhões de anos. Em algum momento ela vai precisar mudar para sobreviver, assim como todos os seres vivos. O organismo que não se adaptar desaparece. Essa é a única lei da natureza e não está escrita em lugar algum, está na frente dos nossos olhos o tempo todo! Precisamos nos libertar da explicação mais fácil e preguiçosa que a Bíblia fornece. Precisamos estudar e usar a lógica observando a natureza. Veja o vírus da gripe suína. Ele se adaptou para sobreviver e se tornou mais agressivo atingindo humanos. Quando o ambiente muda, ele se adapta e se multiplica mais forte.
Alex Peres, matemático brasileiro
Dizem que existem mais de dois bilhões de estrelas. Porém, em minha visita a Fernando de Noronha, além do Cruzeiro do Sul, a menor, a mais brilhante e uma das mais belas constelações, eu aproveitei para contemplar uma em especial, ou seja, Alphard, chamada de a estrela solitária ou, ainda, o nariz da Hydra – animal mítico chamado de serpente do mar. Simbolizando o coração da serpente, Alphard pode ser vista a olho nu, sozinha, brilhando, no hemisfério sul, a 90 anos-luz da terra...
O seu nome vem do árabe قلب الفرد qalb al-fard e significa solitário. Já na Bandeira do Brasil, eu soube, Alphard representa o estado de Mato Grosso do Sul. Por outro lado, a Hidra Fêmea nos remete à lenda de Hércules e seu segundo trabalho: matar a Hidra de Lerna, uma serpente de sete cabeças, um monstro terrível! Mas, essa é outra história... Vamos aos planetas!
Os mais conhecidos, contudo, são: a Lua, que rege todo mistério, toda magia, paixão e criação; Mercúrio, o menor dos planetas visíveis e o que preside as atividades humanas e as almas dos que cultivam à glória; Vênus, o mais brilhante dos astros, depois do Sol e da Lua, evidentemente, considerado o planeta do amor, louco ou divino; o Sol, a fonte fecunda de onde provém toda energia, a luz dos espíritos sábios, o fogo ardente, o calor, o facho que ilumina e que dá magnetismo e ritmo à vida; Marte, o planeta vermelho, o mais enigmático; Júpiter, o maior planeta do nosso sistema solar, o planeta dos justos e piedosos, e Saturno, o planeta branco que, por seu deslocamento lento e a sua luz calma, pouco vacilante, é a estrela dos espíritos contemplativos.
O signo desta que vos fala...
Já uma das menores constelações, Áries conta com apenas uma única estrela brilhante, Hamal, que, em árabe, significa Cabeça de Carneiro... Outrora, antes do nascimento do Cristo, o Sol evoluía no início da Primavera em Áries, de sorte que o Ponto Vernal, ou seja, o Ponto Primaveril se chamava Ponto de Áries. Assim, no início da Primavera, a constelação de Áries se levanta e se põe com o Sol, sendo, portanto, diurna e invisível.
No Outono, torna-se noturna, ou seja, visível de noite. Curiosamente, quando o Sol e a Lua se encontram, um em Áries, o outro em Balança, constelações opostas, e ambos estão na mesma linha do horizonte, um se levantando, o outro se pondo, eles fazem cintura do horizonte, em equilíbrio com o Zênite. —ela se vira para os alunos. — Infelizmente, além de quase imperceptível, o fenômeno não dura muito tempo, já que o Sol e a Lua mudam imediatamente de Hemisfério.
Natal só sai na mídia se acontece alguma tragédia na cidade. Agora, é a notícia, anunciada oficialmente pela FIFA, no dia 31 de maio, de que ela vai ser uma das doze sedes da Copa de 2014, juntamente com Belo Horizonte, Brasília, Cuiabá, Curitiba, Fortaleza, Manaus, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo - outra tragédia... De acordo com Ancelmo Gois, do jornal O Globo, a última vaga ficou entre Natal e Florianópolis, mas a capital do Rio Grande do Norte ganhou por questões “políticas e logísticas”.
Segundo Ancelmo, a final do Mundial será realizada no Maracanã, como em 1950. A abertura está prevista para ser em São Paulo, mas Belo Horizonte ainda briga para abrir a Copa no Mineirão. Em Natal, o atual estádio de futebol, o Machadão, será substituído pela Arena das dunas, que será erguida em uma área de 45 hectares, onde também haverá bosque, hotéis, teatro, estacionamentos subterrâneos, prédios comerciais, shopping center e centros administrativos.
Segundo informação publicada hoje, 4 de junho, “a governadora Wilma de Faria sancionou o projeto de lei, de autoria do Executivo e aprovado no Legislativo, que autoriza o Estado a fazer um empréstimo de R$ 300 milhões ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social - BNDES. A publicação foi feita hoje no Diário Oficial do Estado. Os recursos são dirigidos para projetos na área social, sanitária, ambiental e de infra-estrutura viária”.
Pela lei, “o Governo está autorizado a oferecer como garantias para a instituição financeira recursos próprios”. Toda essa sangria desatada para sediar a Copa de 2014, como se Natal tivesse estrutura espacial para isso. Tanto não tem que está crescendo verticalmente, com complexos e mais complexos de edifícios, sobretudo residenciais, porque não tem mais como crescer horizontalmente. Demais recursos para tentarem estruturar a cidade virão da Prefeitura de Natal e de instituições públicas e privadas.
Projeto do Arena das dunas
Segundo a imprensa, a ministra chefe da Casa Civil da Presidência da República, Dilma Roussef, já confirmou para a Governadora Wilma de Faria que duas importantes obras para o Rio Grande do Norte – expansão da adutora Mossoró e a implantação do veículo leve sobre trilhos (VLT), o chamado metrô de superfície – foram, oficialmente, incluídas no Plano de Aceleração do Crescimento - PAC do governo federal. Vai ser bala, mesmo! Quando o trem passar no Paço da Pátria, nem bairro nem favela, um canteiro de obras, segundo me disseram, ou na favela do Mosquito, ambas em Natal, haja bala!
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O PI (π) é um número matemático que representa a razão entre o perímetro de uma circunferência e o seu diâmetro. O seu valor é aproximadamente igual a 3,14. O dia do PI comemora-se a 14 de Março (mês 3, dia 14).
Outra definição...
O pi é a 16ª letra do alfabeto grego e corresponde ao som fonético "p" no alfabeto latino. Ele é, também, a inicial da palavra grega periphéreia, que significa circunferência. Por isso passou a ser usado para designar a divisão (razão) entre o valor da circunferência de um círculo e o seu diâmetro (o comprimento da reta que atravessa o seu centro).
ACENDAM A LUZ!
Se nos compararmos à multiplicidade do grão de areia, veremos que não somos nada. Imagine, então, diante dos demais mistérios da natureza e dos mistérios do próprio universo. Ah! Somos partículas tão pequeninas, tão frágeis, mas, igualmente, tão belas, tão fortes. Daí termos de viver. E amar, já que, apesar de breves, estamos vivos.
Nathalie Bernardo da Câmara
Da cama...
Gostei muito dessas linhas...
ResponderExcluirUm curto comentário sobre a morte na minha opinião.
ResponderExcluirSão três etapas da nossa vida. Nascer, viver e morrer. Não sabemos quanto tempo durará a nossa permanência aqui. A morte é inevitável. Não gosto muito de pensar que um dia ela vai chegar. Também não sei como a receberei.
Se existe vida pós morte que ela seja muito agradável.
Um breve comentário sobre a morte.
ResponderExcluirNós temos três etapas a seguir: Nascer, viver e morrer.
Não sabemos quanto durará as duas últimas, pois a primeira dura nove meses. Não gosto de pensar nela apesar da vinda dela ser inevitável. Não gosto da figura que simboliza a morte.
Deveria ser mais agradável.
Nathalie você que é muito criativa crie uma figura simpática.