Recentemente, em maio, José Sarney (PMDB-AP) teria desabafado a amigos que estava desencantado com a política, arrependido de ter concorrido à Presidência do Senado e que pretendia renunciar ao mandato de senador, marcando a data da renúncia: o seu aniversário de oitenta anos, no dia 24 de abril de 2010. Mais recentemente, ainda, mudou de idéia: apesar dos desgastes provocados pelos últimos escândalos, quer concluir o mandato e reestruturar o Senado. Ninguém lhe merece, Zé!
Como ninguém também merece que ele ataque os jornalistas, dizendo-se perseguido apenas porque apóia Lula e o seu governo. Balela! Sarney apoiaria qualquer um que estivesse no poder, independentemente de quem nele estivesse e do partido ao qual pertencesse. Afinal, em toda a sua vida pública, ele só quis ser privilegiado pelas benesses que, supostamente, um dado poder tem de conferir. E, no Brasil, onde esse poder estiver, ele, Sarney, não pretende arredar o pé...
Como também não pretende arredar o pé do Senado o seu ex-diretor geral, Agaciel Maia, cujos atos secretos foram o estopim de todos os escândalos que têm vindo à tona, desmoralizando ainda mais a Casa. Tanto que o seu afastamento foi apenas por noventa dias. E um afastamento remunerado, já que o regimento único dos servidores públicos assegura esse direito por assiduidade. Ora! É óbvio que Maia tinha de ser assíduo. Afinal, se não o fosse, como poderia se envolver em tais atos secretos?
E, agora, todos querem
a renúncia de Sarney...
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