A INSENSATEZ ANDA À SOLTA
“Em alguns dias, o governo da Bolívia poderá aprovar a construção de uma gigantesca rodovia que atravessará um parque nacional protegido e território indígena, acelerando, assim, a exploração da Amazônia, cada vez mais ameaçada pela especulação e desenvolvimento descontrolado...”.
Avaaz.org
Organização sem fins lucrativos sustentada por doções de pessoas física, não governos ou empresas.
Com certa frequência que muito me agrada, já que sou simpatizante das suas causas, costumo receber e-mails da equipe da Avazz.org sempre alertando para a tentativa de evitarmos males que, de certa forma, ameaçam ora a natureza, ora dado sistema político, entre outros temas de interesse global. Desta vez, a pauta é a Amazônia.
Nathalie Bernardo da Câmara
Segundo a organização: “Em apenas alguns dias, o governo da Bolívia poderá dar o sinal verde para a construção de uma gigantesca estrada ilegal que passará por uma área protegida da floresta amazônica, mas os bolivianos estão lutando contra isso – cerca de dois mil indígenas e suas famílias saíram em uma marcha de 600km – e estão apelando para que a nossa comunidade se junte a eles e nós podemos ajudá-los a ganhar essa causa!
Clique abaixo para assinar a urgente petição para impedir a construção da estrada. Entregaremos a petição junto com nossos amigos indígenas no final da marcha em La Paz e diretamente ao gabinete do presidente Evo Morales:
O presidente Evo Morales está permitindo que empresas estrangeiras repartam a Amazônia, cortando árvores, explorando minérios e desenvolvendo a agricultura em grande escala no fértil solo da Amazônia. Morales está a ponto de aprovar a construção de uma estrada enorme que iria alimentar ainda mais esse ataque à floresta mais importante do mundo, mesmo tendo que violar suas próprias leis para fazer isso acontecer. Mas agora que as últimas permissões estão sendo avaliadas, as vozes dos cidadãos estão pedindo que o governo busque rotas alternativas para a estrada e Morales está começando a sentir a pressão.
O Território Indígena e Parque Nacional Isiboro Sécure, mais conhecido como TIPNIS, é a jóia preciosa da Amazônia boliviana, famosa por suas árvores enormes, surpreendente vida animal e suas reservas de água fresca. Seu incrível significado natural e cultural mereceram o status de área duplamente protegida como parque nacional e como reserva indígena. Sendo assim, segundo a lei boliviana e internacional, os líderes indígenas são as autoridades locais dessa terra e têm o direito de serem consultados. Entretanto, Morales tem evitado abrir um processo de consulta apropriado ignorando completamente a oposição dos indígenas em relação à construção da estrada dentro da reserva. Ao mesmo tempo, alega falsamente que a estrada seria para o próprio benefício de tais comunidades.
O governo boliviano não fez nenhum estudo de rotas alternativas para essa destruidora estrada. Ao invés disso, Evo insistiu na aprovação da construção, infringindo a lei, fazendo empréstimos pesados do Brasil, e colocando em perigo a sobrevivência da sua própria população. Tudo isso para abrir uma estrada que servirá para futuras explorações minerais e petrolíferas, além de negócios de grande escala nas áreas industriais e de agricultura. O governo tem ridicularizado aqueles que se opõem a uma estreita faixa de asfalto, insistindo que é necessário conectar o resto do país à densa selva. Mas a estrada é apenas o começo da destruição – será uma artéria envenenada designada para sugar o vivo sangue da Amazônia e de seu povo.
Por trás do discurso de desenvolvimento, a estrada servirá para a queima e exploração ilegal de madeira, crescimento de plantações de coca e fomentará a exploração de petróleo que já asfixia TIPNIS. Um estudo recente diz que 64% do parque poderá ser desflorestado até 2030 se a estrada for construída”.
Afinal, “o Território Indígena e Parque Nacional Isiboro Sécure, mais conhecido como TIPNIS, é a jóia preciosa da Amazônia boliviana, famosa por suas árvores enormes, surpreendente vida animal e suas reservas de água fresca. Seu incrível significado natural e cultural mereceram o status de área duplamente protegida como parque nacional e como reserva indígena.
Depois de anos de crítica a este projeto, a pressão está chegando ao seu limite com a marcha dos indígenas e dos cidadãos, e ex-ministros do governo argumentando contra o projeto. Até Alberto Acosta, um renomado líder político do Equador, já pediu a Morales que pare com a construção. Vamos juntar nossas vozes em nome da proteção da Amazônia e o respeito às comunidade indígenas.
Repetidamente, a proteção da terra, da qual todos nós dependemos, e os direitos dos povos indígenas são sacrificados por nossos governos em nome do desenvolvimento e crescimento econômico. Nossos líderes escolhem a mineração e desflorestamento ao invés da nossa própria sobrevivência, frequentemente beneficiando empresas estrangeiras. No futuro que todos nós queremos, o meio ambiente e a vida de pessoas inocentes estão em primeiro lugar. O Presidente Evo Morales tem a chance agora de apoiar seu povo, salvar a Amazônia e repensar como deve ser o verdadeiro desenvolvimento na América Latina”.
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