terça-feira, 13 de setembro de 2011

O MINISTÉRIO DA SAÚDE ALERTA


“O nacionalismo é uma doença infantil: é o sarampo da humanidade...”.

Albert Einstein (1879 - 1955)
Físico alemão



Recebo em meu celular uma mensagem de texto do Ministério da Saúde, alertando para que até o próximo dia 16 (término da segunda fase da campanha de 2011), haverá vacinação contra o sarampo para crianças maiores de 1 ano de idade e menores de 7. Maiores informações no site www.saude.gov.br

Segundo informações fornecidas pelo Ministério da Saúde, o sarampo é uma doença infecciosa aguda, de natureza viral, grave, transmissível e extremamente contagiosa, muito comum na infância. A viremia, causada pela infecção, provoca uma vasculite generalizada, responsável pelo aparecimento das diversas manifestações clínicas, inclusive pelas perdas consideráveis de eletrólitos e proteínas, gerando o quadro espoliante característico da infecção. Além disso, as complicações infecciosas contribuem para a gravidade do sarampo, particularmente em crianças desnutridas e menores de 1 ano de idade.

Para o Ministério da Saúde, o sarampo, que pertence ao gênero Morbillivirus, família Paramyxoviridae, tem como único reservatório o homem, sendo, no campo das doenças infecto-contagiosas, uma das principais causas de morbimortalidade entre crianças menores de cinco anos de idade, sobretudo as desnutridas e as que vivem em países subdesenvolvidos. O óbito, por sua vez, é decorrente de complicações, especialmente a pneumonia.

Outras complicações podem ocorrer como a otite média, broncopneumonia, diarréia e encefalite. A encefalite pode ocasionar danos permanentes e se apresenta em aproximadamente 1 de cada 1.000 casos de sarampo. A Panencefalite Esclerosante Subaguda (PEESA) é uma doença rara, degenerativa do sistema nervoso central, caracterizada pelo deterioramento da conduta, intelecto e convulsões.

Essa doença é resultado de uma infecção persistente do vírus do sarampo.

Com a utilização da vacina contra o sarampo e a eliminação da doença, essa complicação tende a desaparecer.

Com distribuição universal, com variação sazonal, o sarampo é uma doença que acomete ambos os sexos, independente da idade, desde que sejam suscetíveis (não vacinados ou que já tiveram a doença).

Já o comportamento endêmico-epidêmico varia de um local para outro e depende do grau de imunidade e a suscetibilidade da população, bem como da circulação do vírus na área. A incidência, a evolução clínica e a letalidade são influenciadas pelas condições sócio-econômicas, estado nutricional e imunitário do paciente, bem como lugares com aglomeração, independente de que seja em domicílio, escola, universidade, empresa etc. Atualmente os países das Américas não apresentam casos autóctones de sarampo. A meta é eliminar a transmissão do vírus autóctone da região, mesmo considerando que o vírus circula em praticamente todos os outros continentes.

No Brasil, desde 2001 não existe circulação autóctone do vírus. Entre 2001 e 2006 foram registrados 67 casos confirmados de sarampo, sendo que quatro foram casos importados (Japão, Europa e Ásia) e 63 relacionados aos casos importados. Somente em 2006 foram confirmados 57 casos no estado da Bahia, onde mesmo conseguindo identificar o vírus responsável pelo surto (D4) não se conseguiu identificar o caso importado. O surto ocorreu no interior, a cerca de 500 km da capital do estado, em 5 municípios que estão na mesma área geográfica.

Vale ressaltar que nenhuma das pessoas acometidas pelo sarampo tinha o registro vacinal. A cobertura vacinal desses municípios estava em torno de 95%, porém não refletia o todo do município, ou seja, foram identificados bolsões de suscetíveis nas localidades da ocorrência do surto.

Em relação aos sintomas, o paciente apresenta febre baixa, linfoadenopatia retroauricular, occipital e cervical, acompanhado de exantema maculo-papular, sendo a diretamente de pessoa a pessoa, por meio das secreções nasofaríngeas expelida pelo doente ao tossir, respirar, falar ou respirar. Já o tratamento é assintomático e vacinar é o meio mais eficaz de prevenção contra o sarampo.

A vacina está disponível nos postos de saúde para crianças a partir de 12 meses de idade.


Nathalie Bernardo da Câmara



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