Capa do Novo
Jornal (22/05/2014).
“De gustibus et coloribus non disputandum...”.
Provérbio dos escolásticos da Idade Média, transformado em
provérbio francês, ou seja: “Des goûts et des couleurs, il ne faut pas
discuter...”, que significa: — Cada um é livre de pensar, de agir segundo as
suas preferências...
Certa “taça” estará sendo
exposta hoje, ao longo do dia, em Natal, capital do Rio Grande do Norte, uma
das cidades-sedes da Copa de 2014...
Outro
dia, certo cara exaltou-se num bate-papo de uma dada rede social, bradando que,
como a realização do megaevento no Brasil já era fato, não cabia mais ninguém
torcer contra a seleção brasileira. Ora, as pessoas são livres para torcerem a
favor ou contra o que elas bem entenderem – não importa as suas motivações. E
isso vale para tudo na vida. No caso da seleção brasileira, não tem lei nenhuma
que obrigue todos a se comportarem uniformemente – nem uma manada de boi sem
comporta assim –, esgoelando-se por gol, pouco importando se ela irá participar
da Copa, que, apenas por mero detalhe, ocorrerá em solo tupiniquim.
Tem
gente, por exemplo, que até gosta de futebol, mas não de certo futebol que, aliás,
nada tem de amadorismo, embora a FIFA insista em dizer q é uma federação
internacional de futebol amador. Tem gente, ainda, que, independentemente de o
evento vir a acontecer no Brasil, nunca torceu pela vitória da seleção em
qualquer que fosse o país em que ela tenha jogado. Ultimamente, contudo, tem
gente que não torce a favor em sinal de protesto contra tudo o que a Copa vem
simbolizando de negativo para o povo brasileiro e para o país. Outro exemplo é
que também tem gente que simplesmente não curte esse tipo de, digamos, “entretenimento”.
Enfim!
Os motivos são vários. E todos válidos. Que as diferenças, as preferências e os
gostos de cada um sejam, então, respeitados. Na verdade, atualmente, torcer contra
a seleção brasileira não é ser contra o Brasil, mas, sim, vestir a sua camisa, numa
postura crítica, politicamente correta, protestando contra os subsequentes estupros
sofridos pelo país e por seu povo – seria redundância enumerá-los aqui – cometidos,
acintosamente, por empresários e políticos de má fé para que a Copa – uma fraude
– tenha como cenário não somente os gramados dos nossos estádios, mas cada
metro quadrado que nos pertence, transformando o país num caos.
Chega
de ufanismo piegas, não é, ou melhor, de falso ufanismo, que, aliás, só tem sido conivente com a corrupção da nossa brasilidade?
Nathalie Bernardo da
Câmara
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