"Viva o Brasil onde o ano inteiro é primeiro de abril!".
(1924 - 2012)
Jornalista, cartunista, humorista, dramaturgo, escritor e tradutor brasileiro
Des goûts et des couleurs il ne faut pas discuter
Cada um é livre para ter as suas preferências (tradução literal).
No bom e arcaico português: Questão de gosto não se discute.
Se dantes “todo dia era dia de índio”, como já soltou a voz em canção homônima a compositora e cantora brasileira Baby Consuelo, de há muito também não se faz mais índio como antigamente... O fato, contudo – inconteste –, é até compreensível, considerando os mais 500 anos de exploração branca que os índios brasileiros sofreram desde que os portugueses, sobretudo os jesuítas, puseram os seus insolentes pés numa terra que não lhes pertencia, mas que eles, no afã da ganância e da soberba, da mais pura arrogância, se acharam no direito de usurpá-las para si – primeiro exemplo de grilagem de terra que aconteceu no Brasil. Depois disso, ou seja, depois dos primeiros colonizadores lusos e os de demais nacionalidades pintarem o 7 por aqui, se lambuzando como bem entendiam das riquezas que aqui encontraram, os que vieram depois e continuam vindo encarregaram-se de retomar e prosseguir com o processo de descaracterização dos nativos dos risonhos lindos campos floridos dessas imensas terras garridas, com os seus bosques repletos de vida, mas que, infelizmente, de há muito igualmente sofrem com o desmatamento desenfreado que comprometem não somente o habitat do heróico e gentil povo indígena, que é a floresta em si, mas também todos os demais ecossistemas existentes no nosso planeta. Chega! Vou parar por aqui. Caso contrário, elaboro uma tese. E, nesses casos, de extrema complexidade, temos de ser práticos, não teóricos.
*O Dia Nacional do Índio, 19 de abril, foi criado pelo presidente Getúlio Vargas (1882 - 1954) através do decreto-lei nº 5540 de 1943.
Nathalie Bernardo da Câmara
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