sábado, 7 de abril de 2012

7 DE ABRIL: DIA MUNDIAL DA SAÚDE

Uma boa saúde acrescenta vida aos anos

Tema da Organização Mundial de Saúde - OMS para o dia de hoje.


Um relatório da OMS, divulgado na última terça-feira, 3, alertou que, em 2050, frente aos 14 milhões que havia em meados do séc. XX, haverá cerca de 400 milhões de idosos com mais de 80 ano. Preocupada, a organização quer conscientizar as pessoas quanto ao envelhecimento da população mundial. Segundo o R7 Notícias, que publicou informações divulgadas pela Agência Efe, “o envelhecimento da população está acontecendo em todos os países, embora cada um esteja em uma fase diferente desta transição”. O resultado, de acordo com o referido relatório, é que, “em questão de anos”, haverá mais idosos de 60 anos que crianças com menos de cinco. Com estes dados, a OMS adverte para o desafio do fenômeno, “uma consequência do fato de países pobres e em desenvolvimento terem se juntado no envelhecimento populacional a Europa, Japão e América do Norte, onde este fenômeno acontece há vários anos”, enquanto “os países com menor receita são ‘os que estão experimentando a grande mudança’”. A reportagem dia, ainda, que o relatório da OMS prevê que “em 2050, 80% dos idosos viverão nessas economias. Além disso, Chile, China e Irã terão uma maior proporção de idosos que os Estados Unidos”. Para a fonte de notícia, “o novo fator para a OMS é que uma transição que em países como a França e Suécia se prolongou durante décadas ‘está ocorrendo de maneira muito rápida’ nos países pobres e emergentes”. Exemplo disso é que, na França, mais de 100 anos se passaram “para que a porcentagem de idosos de 65 anos aumentasse de 7% para 14%, enquanto em sociedades como as de Brasil, China e Tailândia esse mesmo caminho demográfico foi percorrido em apenas 20 anos”. E o alerta não para por aí, já que, “apesar do envelhecimento da população poder ser interpretado como uma consequência direta do desenvolvimento socioeconômico”, é preciso estar atento para os problemas de adaptação dos sistemas sociais e de saúde para este “envelhecimento expresso”, diz o relatório. Para isso, são necessárias estratégias de redução das doenças não transmissíveis (cardíacas, câncer, diabetes e pulmonares crônicas). Ou seja, o risco de problemas crônicos de saúde nos idosos será reduzido drasticamente se desde a infância for imposta uma fórmula para a prática do exercício físico, de uma dieta saudável e para a limitação do consumo de álcool e tabaco. Segundo a diretora-geral da OMS, a médica chinesa Margaret Chan, “as pessoas com idade avançada dos países de baixas e médias economias têm hoje um risco quatro vezes maior de morte e incapacidade por doenças não transmissíveis do que as populações dos países ricos”. Por fim, o objetivo da OMS com a campanha Uma boa saúde acrescenta vida aos anos é também “reinventar o envelhecimento”, mudar as atitudes e percepções sociais para que a sociedade respeite melhor os idosos. Para Margaret Chan, a saúde precária não é a única preocupação das pessoas na medida em que elas envelhecem – há ainda os estereótipos em razão da idade, o que evita uma plena participação social. E ela dá um exemplo: — Quando um homem de 100 anos termina uma maratona, como ocorreu no ano passado, temos que reconsiderar as definições convencionais do significado de ser velho. Já não se sustentam os estereótipos de séculos passados.

Nathalie Bernardo da Câmara


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