(1889 - 1977)
Nascido num 16 de abril de muita luz, criatividade e humor, disposto, apesar das adversidades, a fazer as pessoas sorrirem, Charles Chaplin foi mímico, roteirista, ator, diretor e produtor britânico. Patrocinador de todos os seus filmes, se considerava um cidadão do mundo.
Um dos mais autênticos artistas do séc. XX, transitando com desenvoltura do cinema mudo ao falado, Chaplin conjuga o burlesco, a sátira e a emoção em seus trabalhos. O filme O Vagabundo (The Tramp), de 1915, se torna um marco em sua carreira. Carlitos, como é conhecido no Brasil (na França e em países francófonos é Charlot), vem a ser a mais famosa das suas personagens: uma caricatura de um andarilho que, apesar de pobretão, se comporta como um gentleman, sempre a portar um fraque preto e esgarçado, calças e sapatos desgastados, mais largos que as suas medidas, um chapéu-coco, uma bengala e um minúsculo bigode, a sua marca registrada. No filme O Grande ditador (The Great dictator), de 1940, a sua primeira obra cinematográfica falada e uma das mais polêmicas, Carlitos ataca a onda de perseguições raciais na Europa, destilando, em especial, uma crítica mordaz ao ditador nazista Hitler (1889 - 1945), político alemão nascido na Áustria, que, infelizmente, também é nativo de Áries. Só que um ariano do mal, um fruto podre ou, ainda, alguma aberração genética. Mas, bom! Em 1953, Chaplin é contemplado com o Prêmio Internacional da Paz (International Peace Prize), distribuido pelo World Peace Council; em 1962, recebe o título de Doutor Honoris Causa da Universidade de Oxford e, em 1971, é condecorado pela Légion d’Honneur francesa. Em 1972, vinte anos depois de confiscado o seu visto americano, Chaplin é convidado a retornar aos Estados Unidos, já que, na cerimônia de entrega do Oscar, ele seria homenageado com um prêmio honorário não somente pelo conjunto da sua obra, mas, também, por suas inúmeras contribuições à sétima arte. À oportunidade, é ovacionado – a maior aclamação já vista em toda a história da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas dos Estados Unidos. Três anos depois, em 1975, ele recebe uma honraria concedida a poucos: é condecorado Cavaleiro do Império Britânico pela rainha Elizabeth II, que lhe concede o título de Sir. Para Charles Chaplin: “O caminho da vida pode ser o da liberdade e o da beleza. Porém, nos desviamos dele: a cobiça e a violência envenenaram a alma dos homens...”.
*Extraído da postagem Aleluia, senhor, Aleluia – Parte I – Ariano manso, publicada neste blog no dia 13 de abril de 2012.
Para quem quiser acessar a íntegra da postagem, basta clicar no link abaixo:
Nathalie Bernardo da Câmara
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