quarta-feira, 21 de março de 2012

21 DE MARÇO:
DIA MUNDIAL DA ÁRVORE E DIA MUNDIAL DA FLORESTA


“É muito simples: nós não sobreviveremos sem as florestas...”.

Jan McAlpine
Chefe do Secretariado do Fórum das Nações Unidas sobre Florestas


O Dia Mundial da Árvore e o Dia Mundial da Floresta são comemorados anualmente com o intuito de sensibilizar as pessoas da importância do verde para a Terra. No caso das florestas, a criação da data que as homenageiam tem a sua origem no culto ancestral das árvores, remotamente praticado por sociedades primitivas que as consideravam místicas e sagradas. Atualmente, contudo, a grande e pertinente preocupação não somente dos ambientalistas com a conservação e preservação das árvores das nossas florestas, mas, também, de quem tem um mínimo de bom senso, reside na alta incidência dos desmatamentos desenfreados e criminosos que, igualmente, têm atentado contra a sustentabilidade do meio ambiente, de há muito, aliás, em desequilíbrio – o aquecimento global, que já mudou a gravidade da Terra, é um exemplo dessa triste realidade –, ameaçando, inclusive, a sobrevivência de todo ser vivo que habita o nosso planeta.





O fato é que a matéria-prima de inúmeros produtos que a nossa sociedade diariamente consome é oriunda das árvores e de demais recursos naturais encontrados nas florestas, embora, muitas vezes, não atentemos para isso e sequer pensamos no que faríamos, ou melhor, no que deixaríamos de fazer, caso houvesse escassez de tais recursos ou restrições de acesso aos mesmos. O que dirá admitirmos a possibilidade de, um dia, nos vermos totalmente privados desses recursos! Assim, para que isso não venha a acontecer, se tornando uma realidade que pode ser irreversível, urge não apenas coibir, mas, sobretudo, proibir, por lei, com direito, inclusive, a fiscalizações ininterruptas, os desmatamentos considerados ilegais, bem como demais ações de natureza predatória que, aleatoriamente ou não, ocorrem a 3x4 nas florestas do planeta, permitindo, unicamente, a exploração racional dos seus recursos naturais.






Habitat natural de um sem fim de espécies dos reinos animal e vegetal, além dos minerais – a água, por exemplo, que é imprescindível para a sobrevivência de todo e qualquer ser vivo –, as florestas devem ser protegidas a não importa qual custo, visto que, entre outros, protege, no caso do exemplo mencionado acima, ou seja, a água, os seus mananciais. As árvores em si, por sua vez, são de vital importância para o meio ambiente e, de uns tempos para cá, na medida do possível, para o seu reequilíbrio, já que, em sua fotossíntese, elas têm a capacidade de captar CO² e o transformar em oxigênio, se tornando, portanto, em grandes aliados para que possamos combater o efeito estufa e a má qualidade do ar. Não é à toa que, durante muito tempo – acredito que hoje não mais –, a Amazônia foi chamada de pulmão do mundo pelo simples fato de, graças aos seus altos índices de evaporação, desempenhar relevante papel no processo de resfriamento global.






Infelizmente, querer proteger as nossas florestas e falar de conservação e preservação do nosso meio ambiente pelo viés da ética não desperta a sensibilidade daqueles que não se conscientizam nem assumem responsabilidades no que concerne aos cuidados em questão nem encontra eco nos seus empedernidos corações. Daí a importância, no caso do Brasil, de ser aprovado pelos seus parlamentares um Código Florestal que contemple não somente benefícios ambientais, mas, também, benefícios econômicos, sociais e culturais que abranjam os interesses de todo um povo, de todo um país. Não apenas os interesses de uma minoria, ou seja, de uma suspeita elite que, além de desconhecer o que seja ética, não pensa noutra coisa a não ser nas suas escusas ambições e nos seus bolsos. Um desafio? Sim, mas vale a pena a batalha, embora ainda não exista uma data precisa para a votação do referido documento.





Enfim! No dia 15 de janeiro de 2011, publiquei no meu blog a postagem intitulada A Química das florestas (http://abagagemdonavegante.blogspot.com/2011/01/quimica-da-floresta_15.html), na qual mencionei o fato de que as florestas cobrem 31% de toda a área terrestre do planeta, merecendo, portanto, serem mais valorizadas no sentido não de acúmulo de dividendos por parte dos que as devastam sem a menor preocupação com o que diz respeito as consequências de tamanha agressão, mas valorizadas por seu relevante papel no processo do desaquecimento global. À ocasião, informei também que, segundo o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente - Pnuma, “trezentos milhões de pessoas de todo o mundo têm como abrigo as florestas, que garantem, ainda, de forma direta, ‘a sobrevivência de 1,6 bilhões de seres humanos e 80% da biodiversidade terrestre’”. Vamos, então, cuidar, antes que seja tarde demais?

Nathalie Bernardo da Câmara


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